A Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão deu início a uma manobra para livrar a diretora adjunta de Recursos Humanos da Casa, a advogada e empresária Luana de Saboia Almeida, da condição de funcionária fantasma.
Leia também:
– Mulheres de Marcelo Tavares e Ted Lago ganham juntas quase R$ 30 mil na AL-MA
– Cúpula do PCdoB do Maranhão entre os funcionários fantasmas da AL-MA
– Nora de presidente do TCE-MA era lotada no gabinete de Glaubert Cutrim
Na última quinta-feira 14, o RH da AL-MA recebeu um carimbo para validar documentos que deverão ser assinados por Luana, como forma de ludibriar o Ministério Público do Maranhão. Após obter na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís a relação completa de todos os deputados e lotados na Casa, o órgão apura agora a quantidade, nomes e valores de todos que recebem pelo Poder Legislativo estadual, para entrar com um pedido de ressarcimento aos cofres públicos de todo o dinheiro embolsado de forma ilícita pelos fantasmas, e de improbidade contra seus empregadores.
Contudo, a AL-MA pretende usar o carimbo para criar a falsa impressão de que Luana assinou e carimbou documentos na Casa durante esse período em que permanece como fantasma, como forma de tentar fazer o MP-MA acreditar que ela sempre trabalhou.
Lotada justamente no cargo responsável por cuidar do quadro de pessoal da Assembleia, Luana de Saboia Almeida está entre os parentes de membros do Tribunal de Justiça do Maranhão que não precisam comparecer à AL-MA para receber seus vencimentos em dia. Seu pai é o juiz Luiz Gonzaga de Almeida Filho, que em evento recente de magistrados ameaçou processar quem divulgar a sinecura da filha. Filiada ao PMDB desde 2007, Luana é quem comanda o diretório municipal da legenda em Humberto de Campos, onde a sua mãe e esposa de Gonzaga Almeida, Maria Neide de Saboia Almeida, disputa o controle da prefeitura da cidade nas eleições deste ano, pelo PSDB.
Foi durante investigações sobre a sinecura da filha do magistrado, inclusive, que o editor do ATUAL7 foi expulso por seguranças do setor de RH da AL-MA, em ato de abuso de autoridade ordenado pelo diretor de Comunicação Social da Casa, Carlos Alberto Ferreira.
Pelo alto cargo, a advogada e empresária embolsa religiosamente o salário de salário de R$ 9.707,19 (nove mil, setecentos e sete reais e dezenove centavos), o que já lhe rendeu o total de R$ 155.315,04 (cento e cinquenta e cinco reais, trezentos e quinze mil e quatro centavos) do total de R$ 1.177.716,60 (hum milhão, cento e setenta e sete mil, setecentos e dezesseis reais e sessenta centavos) retirado dos cofres públicos da AL-MA, de fevereiro do ano passado a junho deste ano, para bancar ela e outros filhos e até sobrinhos de desembargadores maranhenses.