O governador Flávio Dino (PCdoB) correu para as redes sociais, na manhã desta terça-feira 12, para atribuir como "censura" a declaração dada pelo juiz Paulo de Assis Ribeiro, titular da Comarca de Vargem Grande, que o criticou em despacho sobre o uso exacerbado das redes em defesa da manutenção da presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo.
"Talvez se o Governador do Estado passasse menos tempo em redes sociais justificando e apoiando a má gestão dos outros, os problemas da gestão estadual seria menor e já tivéssemos um defensor público para atender o jurisdicionado da comarca", criticou Ribeiro.
Para o governador, a declaração do magistrado faz "parte dos tempos fascistas que estamos vivendo". "Tentativas tolas de censura fazem parte dos tempos fascistas que estamos vivendo. Mas tudo isso passa. Viva a Constituição e a Democracia", disse.
Sem defesa diante do vício criticado pelo juiz Paulo Ribeiro, o governador do Maranhão ainda agiu de forma debochada, declarado "aos que se preocupam com tempo" que ele consegue "andar e mascar chiclete simultaneamente". Sem apontar qual, o comunista ainda alfinetou o magistrado por um possível erro gramatical em sua decisão.
Em tempo: o mesmo Flávio Dino que se diz censurado por ser aconselhado a trabalhar em vez de amanhecer e dormir nas redes sociais é o que está movendo quatro ações cíveis e uma criminal contra o editor do Atual7, Yuri Almeida.
Abaixo, os tweets do comunista contra o conselho do titular da Comarca de Vargem Grande:
Tenho não só o direito, tenho o dever, de me comunicar com a sociedade, prestando contas sobre ações administrativas e posições políticas.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) April 12, 2016
Tentativas tolas de censura fazem parte dos tempos fascistas que estamos vivendo. Mas tudo isso passa. Viva a Constituição e a Democracia.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) April 12, 2016
Aos que se preocupam com tempo, informo que consigo andar e mascar chiclete simultaneamente. Aprendi na escola, junto com a boa gramática
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) April 12, 2016