A mídia nacional voltou-se, desde essa quinta-feira 15, para as eleições municipais de São Luís. Porém não para acompanhar o dia-a-dia dos candidatos ou mesmo para acompanhar o pós-Sarney e o surgimento e tentativa de domínio de uma nova dinastia na capital do Maranhão.
Quem acessou os sites de Época e de Veja viu que dois dos principais veículos de notícias do país passaram a mirar, na verdade, no candidato a prefeito pela coligação “Por Amor a São Luís”, Wellington 11 (PP).
Há informações de que outros veículos nacionais, como O Globo, Isto É e Estadão, também teriam recebido o mesmo dossiê contra o candidato. Nos bastidores, circula a informação de que a documentação teria partido do deputado federal black bloc Weverton Rocha, presidente estadual do partido do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, o PDT.
Época
Primeira a iniciar com os ataques, a Época trouxe na Coluna Expresso, do jornalista Murilo Ramos, a delirante informação de que Wellington estaria escondendo o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), por este ser do mesmo partido do progressista. A nota é assinada pelo colaborador Nonato Viegas.
Ocorre que, como é de conhecimento público não somente em São Luís, mas em todo o estado, Waldir é umbilicalmente ligado ao governador Flávio Dino (PCdoB), a quem obedece ordens de como agir na Câmara e nos bastidores da política. E Dino, também de conhecimento público, tem como postulantes a prefeitura de São Luís os candidatos Eliziane Gama (PPS) e Edivaldo Júnior, como afirmou ele próprio e seu primeiro-ministro, o secretário de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry Barroso.
Waldir Maranhão também, como se sabe, embora tenha aceito a filiação de Wellington no PP, para negociar com o Palácio dos Leões mais na frente a negação de legenda, acabou perdendo o comando do partido ao seguir os conselhos de Flávio Dino durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma na Câmara, e tentou tomar o partido logo depois, por diversas vezes, justamente para não permitir que Wellington pudesse concorrer ao Executivo municipal.
A notícia publicada por Época, portanto, não tem fundamento, e teve clara intenção de queimar o candidato a prefeito Wellington, de aumentar sua rejeição junto à população ludovicense, ao tentar ligá-lo a um político apontando como um dos mais corruptos do país.
Veja
Já a Veja, por sua vez, em notinha publicada na coluna Radar On-line, do jornalista Maurício Lima, requentou a notícia delirante e ainda caiu na esparrela barrigada de que o candidato a prefeito da coligação “Por Amor a São Luís” teria tentado vender um terreno localizado nas proximidades da Via Expressa por R$ 6 milhões.
Falsa, a notícia já havia sido publicada inicialmente num blog de jornalista edivaldo-dinista, Raimundo Garrone, que de forma honesta se retratou em post posterior, informando ter errado sobre a acusação da venda do terreno, como pode ser conferido na imagem em destaque. Na nova postagem, Garrone, revela que foram anexados documentos de outro processo no repassado a ele contra Wellington.
“Na verdade, a placa de venda foi colocada pela [imobiliária] Ronierd Barros Consultoria em um outro terreno na Av. dos Holandeses”, justifica o erro.
Vale lembrar ainda que o terreno não pertence a Wellington, mas a um irmão seu. Outra: conforme atesta movimentação do próprio sistema do Poder Judiciário maranhense, o pedido de tutela antecipada feito pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que alega que o terreno pertence ao Estado, foi negado pelo juiz Cícero Dias de Sousa Filho, titular da 4ª Vara da Fazenda Pública, onde corre o processo, sob a numeração única 24561-81.2013.8.10.0001. Este processo, inclusive, teve seus autos entregues ao chefe da PGE, Rodrigo Maia Rocha, coincidentemente, um dia antes de ser vazado para Raimundo Garrone, e ainda não teve julgamento final.
O interessante é que, além de comprovar que Wellington é um fenômeno eleitoral que vem sendo escolhido pelo povo como único que pode varrer a oligarquia do PDT da prefeitura de São Luís, o ataque em massa promovido via imprensa nacional aponta ainda para a latente falta de credibilidade de parte da imprensa local que vem sendo utilizada na mesma artimanha.
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