Flávio Dino e Aécio Neves, durante a campanha eleitoral de 2014

PEC de Aécio Neves obriga Flávio Dino a criar sucessor já para 2018

Proposta que prevê o fim da reeleição será votada em dezembro. Comunista poderá disputar o Senado

Restando dois anos e alguns dias para o fim de seu mandato, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), passou a se ver obrigado a ter de começar a criar às pressas o seu sucessor, sob o risco de perder o controle do Estado e por fim ao seu projeto hegemônico de poder. Apesar da eminência parda do Palácio dos Leões, o secretário de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry Barroso, afirmar publicamente que Dino pretende concorrer à reeleição, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) articulada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) atinge o comunista diretamente, e ainda fortalece a candidatura de um nome da oposição para 2018.

Pela proposta do senador tucano, ocupantes de cargos do Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos) ficam proibidos de disputar a reeleição já a partir do próximo pleito, pois terão direito a apenas um único mandato. A PEC será discutida pelos líderes das bancadas nesta quarta-feira 16, e deve ser votada até o fim do próximo mês.

Até agora, com a falta de confiança e sintonia de Flávio Dino para com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), e com a idade avançada e debilidade do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Humberto Coutinho (PDT), devido ao tratamento para se livrar de um câncer no intestino, o único nome de confiança do comunista para sucedê-lo é o do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

O nome de Edivaldo, inclusive, chegou a ser especulado para 2018 durante as eleições municipais de 2016. Contudo, no final da disputa eleitoral, ao ser questionado sobre uma possível saída do Palácio de La Ravardière daqui a dois anos para disputar o Palácio dos Leões, Edivaldo descartou essa possibilidade e prometeu que terminará seu novo mandato.

Do outro lado, com a iminente aprovação da PEC de Aécio Neves, enquanto Flávio Dino corre contra o tempo para fazer seu sucessor – e possivelmente disputar uma das duas vagas ao Senado –, destacam-se na corrida pelo Executivo estadual pelo menos dois nomes da oposição: Roseana Sarney (PMDB) e Roberto Rocha (PSB). Com a série de denúncias do Ministério Público estadual que vem enfrentando nos últimos meses, porém, o nome de Roseana pode perder força até lá.


Comentários

6 respostas para “PEC de Aécio Neves obriga Flávio Dino a criar sucessor já para 2018”

  1. Sinceramente eu desejo que essa PEC seja logo aprovada, embora vá contrariar o projeto de poder de muitos parlamentares e seus aliados, mas só ver a possibilidade Flávio Dino e seu grupo longe do governo do estado já dá um alívio.

  2. Avatar de Paulo Fonseca

    E os deputados e senadores? Não haverá reeleição para eles também?

    Outra ideia aí senador: supremo tem que ser escolhido pelo próprio judiciário. Mandato único de 4 anos.

    Não seria legal assim?

    1. Só para cargos do Executivo.

  3. Avatar de Joao Luiz Pereira Tavares
    Joao Luiz Pereira Tavares

    PCdoB [super-dissimulado & PT super picareta]:

    Sejamos pragmáticos em relação ao PT e PCdoB e seus Satélites. Por exemplo:

    OS INTELIGENTINHOS, DA SOCIEDADE CIVIL — estudantes, professores universitários, jornalistas, professores, cineastas, uspianos, cantorzinhos etc.

    Faça o favor! Num JANTAR DE INTELIGENTINHOS faça o seguinte:
    «Chegue num jantar de inteligentinhos e, por exemplo, defenda a LAVA-JATO. Haha. Você vai VER o que vai acontecer com você, né? Vão olhar TORTO pra você achando que, de repente, você é dono de um banco, alguém assim! E não alguém que trabalha duro para sobreviver e, por isso, SEMPRE desconfia de quem não o faz».

  4. […] a entrada de Roseana Sarney na disputa confirme o fim de seu projeto hegemônico. Até agora, o único nome de sua confiança é o prefeito reeleito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que não possui força e nem densidade eleitoral suficientes para […]

  5. […] não foram reeleitos, a exemplo do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Inicialmente, acreditou-se que prefeitos e governadores eleitos, respectivamente, em 2012 e 2014, não poderiam co…, porém a própria proposta e parecer do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), relator da […]

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