Juiz da Sermão aos Peixes manda desbloquear R$ 7 mil de Phil Camarão
Cotidiano

Juiz da Sermão aos Peixes manda desbloquear R$ 7 mil de Phil Camarão

Diretor-geral do CEM Diamante é um dos 37 alvos da Operação Pegadores. Força-tarefa diz que desvios na saúde na primeira gestão de Flávio Dino superam R$ 18 milhões

O juiz federal substituto Luiz Régis Bomfim Filho, responsável pela Sermão aos Peixes em primeira instância, determinou o desbloqueio de R$ 7 mil da conta bancária do médico Phil Camarão, diretor-geral do Centro de Especialidades Médicas e Diagnóstico Dr. Luiz Alfredo Netto Guterres (CEM Diamante). Ele pai do secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão.

Segundo a decisão, proferida no mês passado, o magistrado atendeu pedido feito pela defesa do médico, promovendo a transferência da propriedade de um veículo Toyota Hilux SW4, ano modelo 2013.

Phil Camarão é um dos 37 alvos da Operação Pegadores, considerada 5ª fase da Sermão aos Peixes, deflagrada pela Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União (CGU) em novembro de 2017, contra desvios de recursos da saúde na primeira gestão de Flávio Dino (PCdoB) à frente do Palácio dos Leões.

A força-tarefa diz que ele teria utilizado sua condição de diretor-geral do antigo Pam Diamante para intermediar o desvio de verbas públicas a sua subordinada, Dália de Sousa Viegas Azoube, também alvo da Pegadores. Por conta da suspeita, Phil Camarão teve os bens bloqueados pela Justiça Federal em R$ 32 mil.

Segundo os investigadores, os desvios desbaratados pela Operação Pegadores ocorreram por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, e na execução de contratos de gestão e termos de parceria firmados pelo governo comunista com entidades do terceiro setor, que contrataram empresas de fachada para escoar os recursos.

O montante do dinheiro público roubado dos cofres da saúde supera R$ 18 milhões.

A força-tarefa diz que até mesmo uma sorveteria passou por um processo de transformação jurídica e se tornou, da noite para o dia, numa empresa especializada na gestão de serviços médicos. Com isso, foi utilizada para a emissão de notas fiscais frias, que permitiram o desvio de mais de R$ 1,2 milhão. O governo nega que tenha cometido os ilícitos.



Comente esta reportagem