Phil Camarão
Livre da Pegadores, Phil Camarão tem veículo desbloqueado por Régis Bomfim
Política

Médico teve investigação contra ele arquivada no ano passado. Magistrado entendeu como irrelevante o valor recebido indevidamente, quase R$ 1,85 mil

O superintendente da Política de Atenção à Saúde no Trânsito do governo Flávio Dino (PSB), Louis Philip Moses Camarão, teve desbloqueado pela Justiça Federal um veículo Toyota Hilux SW4.

A decisão foi proferida a pedido do MPF pelo juiz Régis Bomfim, da 1º Vara Criminal, no início deste mês, no bojo da ação penal relacionada à Operação Pegadores, considerada quinta fase da Sermão aos Peixes, maior operação da Polícia Federal de combate à corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo recursos destinados à saúde já realizada no Maranhão.

Phil, como é mais conhecido, é pai do secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão.

Na denúncia acolhida por Bomfim apenas contra 23 pessoas em agosto do ano passado, também conforme manifestação do Ministério Público Federal, Phil Camarão teve o procedimento investigatório contra ele arquivado pelo magistrado. O entendimento foi de que valor efetivamente recebido sem a devida prestação de trabalho à SES (Secretaria de Estado da Saúde), quase de R$ 1,85 mil em fevereiro de 2015, afigurava-se irrelevante se comparado ao montante total do desvio estimado pelos investigadores, mais de R$ 18 milhões.

Segundo levantamentos da CGU (Controladoria-Geral da União), a gatunagem teria ocorrido entre os anos de 2015 e 2017, primeira gestão de Flávio Dino à frente do Palácio dos Leões.

Em março de 2019, Phil Camarão já havia conquistado o desbloqueio de R$ 7 mil de sua conta bancária, em acordo envolvendo o mesmo veículo agora desbloqueado.

Juiz da Sermão aos Peixes manda desbloquear R$ 7 mil de Phil Camarão
Cotidiano

Diretor-geral do CEM Diamante é um dos 37 alvos da Operação Pegadores. Força-tarefa diz que desvios na saúde na primeira gestão de Flávio Dino superam R$ 18 milhões

O juiz federal substituto Luiz Régis Bomfim Filho, responsável pela Sermão aos Peixes em primeira instância, determinou o desbloqueio de R$ 7 mil da conta bancária do médico Phil Camarão, diretor-geral do Centro de Especialidades Médicas e Diagnóstico Dr. Luiz Alfredo Netto Guterres (CEM Diamante). Ele pai do secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão.

Segundo a decisão, proferida no mês passado, o magistrado atendeu pedido feito pela defesa do médico, promovendo a transferência da propriedade de um veículo Toyota Hilux SW4, ano modelo 2013.

Phil Camarão é um dos 37 alvos da Operação Pegadores, considerada 5ª fase da Sermão aos Peixes, deflagrada pela Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União (CGU) em novembro de 2017, contra desvios de recursos da saúde na primeira gestão de Flávio Dino (PCdoB) à frente do Palácio dos Leões.

A força-tarefa diz que ele teria utilizado sua condição de diretor-geral do antigo Pam Diamante para intermediar o desvio de verbas públicas a sua subordinada, Dália de Sousa Viegas Azoube, também alvo da Pegadores. Por conta da suspeita, Phil Camarão teve os bens bloqueados pela Justiça Federal em R$ 32 mil.

Segundo os investigadores, os desvios desbaratados pela Operação Pegadores ocorreram por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, e na execução de contratos de gestão e termos de parceria firmados pelo governo comunista com entidades do terceiro setor, que contrataram empresas de fachada para escoar os recursos.

O montante do dinheiro público roubado dos cofres da saúde supera R$ 18 milhões.

A força-tarefa diz que até mesmo uma sorveteria passou por um processo de transformação jurídica e se tornou, da noite para o dia, numa empresa especializada na gestão de serviços médicos. Com isso, foi utilizada para a emissão de notas fiscais frias, que permitiram o desvio de mais de R$ 1,2 milhão. O governo nega que tenha cometido os ilícitos.

Pegadores: Bomfim nega pedido de desbloqueio de contas de Phil Camarão
Política

Polícia Federal diz que diretor do Pam Diamante intermediou o desvio de verbas públicas. Interceptação mostra ele conversando sobre o “perfil glúteo” de uma funcionária apontada como fantasma

O juiz federal Luiz Régis Bomfim Filho, substituto na 1.ª Vara Criminal da Justiça Federal do Maranhão, negou um pedido de desbloqueio das contas do médico Louis Philip Moses Camarão, conhecido como Phil Camarão. Ele é um dos 37 alvos da Operação Pegadores, considerada 5.ª da Sermão aos Peixes, deflagrada em novembro do ano passado após indícios de desvios de recursos públicos federais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, na execução de contratos de gestão e termos de parceria firmados pelo governo de Flávio Dino (PCdoB) com entidades do terceiro setor.

Segundo a força-tarefa formada pela Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal do Brasil (RFB), Phil Camarão teria utilizado sua condição de então diretor-geral do Centro de Referência de Exames de Média e Alta Complexidade (antigo Hospital Pam Diamante), para intermediar o desvio de verbas públicas a sua subordinada, Dália de Sousa Viegas Azoube, também alvo da Pegadores.

De acordo com os investigadores, pelo menos R$ 32 mil teriam sido surrupiados dos cofres públicos por meio do suposto esquema, valor bloqueado pela Justiça de suas contas bancárias e aplicações financeiras a pedido da Sermão aos Peixes.

A defesa do Phil Camarão entrou com o pedido de desbloqueio de contas em dezembro de 2017. A apreciação pelo magistrado, contudo, ocorreu somente neste mês, em razão da remessa dos autos ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1.ª Região, para análise de Reclamação protocolada pela defesa do titular da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Carlos Eduardo Lula. Ele não não conseguiu comprovar a alegação de havia sofrido constrangimento e investigação ilegal, tendo o inquérito sido arquivado e os autos retornado ao juízo de primeira instância.

“Perfil glúteo”

Em intercepção telefônica autorizada pela Justiça Federal, a PF flagrou um diálogo entre Phil Camarão e o empresário José Inácio Guará Silva, gerente executivo e um dos proprietários do célebre ICN.

Na conversa, eles detalham como funcionaria o suposto esquema de burla ao controle do ponto eletrônico de frequência dos servidores da Secretaria de Estado da Saúde (SES), para continuar beneficiando possíveis funcionários fantasmas por meio da contratação de uma terceirizada pela SES.

Em um dos trechos, ao conversarem sobre Dália Viegas receber pagamentos desde a passagem pela Maternidade Marly Sarney sem precisar trabalhar, Phil Camarão comenta: “Conheço, na hora que eu olhei identifiquei logo, pelo perfil glúteo”, e pede logo depois para encerrar a ligação, demonstrando certa preocupação em continuar a conversa: “Certo, em particulation, particulation. Eu tô censurado pelo SNI”.

Zelo com a coisa pública

Phil Camarão é pai do secretário estadual de Educação, Felipe Camarão — que à época da intercepção era titular da Secretaria de Estado da Gestão e Previdência (Segep), atualmente ocupada por Lilian Guimarães.

Diferente de outros alvos da Pegadores, que foram exonerados pelo governo Flávio Dino, ele permanece prestando serviços para a rede estadual pública de saúde, agora no cargo de diretor-geral do mesmo Pam Diamante.

Em julho último, inclusive, Dino aproveitou uma ação do governo na unidade para comparecer ao local e elogiar o trabalho do investigado pela Polícia Federal no setor da saúde, afirmando que ele “mostra zelo para com a coisa pública”.

Política

Gustavo Vilas Boas afirma que um servidor cadastrou um pedido de cópia dos autos como pedido de revogação de prisão. Justiça Federal reconheceu o erro nesta segunda-feira 20

O advogado Gustavo Vilas Boas, responsável pela defesa de Louis Philip Moses Camarão, entrou em contato com o ATUAL7 e afirmou que houve um erro da Justiça Federal em relação ao seu cliente no bojo da Operação Pegadores, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira 16.

Segundo Vilas Boas, Phil, como é mais conhecido o pai do secretário Felipe Camarão, não foi alvo de pedido de prisão e a movimentação processual do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região teria sido inserida erroneamente por um servidor.

“O que nós protocolamos foi um pedido de carga dos autos. Não tem pedido de prisão contra ele. (...) A própria juíza já está sabendo. O servidor errou na movimentação processual, porque o pedido de cópia, ele colocou no sistema como se fosse um pedido de revogação de prisão que os outros fizeram”, declarou, enviando cópia da petição protocolada. A confirmação do erro, inclusive, já foi reconhecida pela Justiça Federal, nesta segunda-feira 20.

Já os outros investigados, no caso, são Rosângela Curado, Osias de Oliveira Santos Filho, Ideide Lopes de Azevedo Silva, Luiz Marques Barbosa Júnior e Marcus Eduardo Alves Teixeira. Presos temporariamente há dois dias, todos tiveram o pedido de revogação de prisão indeferido.

Embora tenha ocorrido um erro e Phil Camarão não tenha sido alvo de pedido de prisão, relatório da Operação Pegadores mostra que ele é um dos investigados pela força-tarefa da Sermão aos Peixes, desde 2015, primeiro ano do governo Flávio Dino.

Foi determinado, inclusive, o bloqueio de R$ 32 mil de saldo em suas contas bancárias, aplicações financeiras quaisquer outros ativos financeiros.

Num dos diálogos interceptados pela PF, Phil aparece conversando sobre a nomeação de fantasmas, inclusive tecendo comentários machistas sobre as nádegas de uma dessas servidoras. “Conheço, na hora que eu olhei identifiquei logo, pelo perfil glúteo”, disse.

A partir da próxima segunda-feira 20, diz Vilas Boas, quando estiver analisado todo o caso, a defesa poderá se posicionar sobre as acusações. Phil Camarão é diretor-geral do Centro de Referência de Exames de Média e Alta Complexidade (antigo Pam Diamante).

De acordo com a força-tarefa da Sermão aos Peixes, mais de R$ 18 milhões foram desviados dos cofres da SES, entre os anos de 2015 a 2017.

O ATUAL7 entrou em contato com a PF e aguarda um posicionamento da instituição sobre o suposto erro, bem como a atualização da movimentação processual no TRF-1, confirmando a declaração da defesa de Phil Camarão.

Pegadores: negado pedido de revogação de prisão de Curado
Política

Juíza responsável pelo caso indeferiu pedido feito por pelo menos seis investigados. PGE conseguiu acesso aos autos do processo

A juíza federal Paula Souza Moraes indeferiu os pedidos de revogação de prisão temporária de pelo menos seis alvos da Operação Pegadores, deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), CGU e Receita Federal na última quinta-feira 16.

A decisão foi proferida na noite dessa sexta-feira 17, segundo movimentação processual do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.

Tiveram os pedidos negados a ex-subsecretária de Saúde do Maranhão, Rosângela Curado; o sócio-administrador da sorveteria que virou empresa especializada na área da saúde da noite pro dia, Osias de Oliveira Santos Filho; a responsável pelo I.S.M.C, Ideide Lopes de Azevedo Silva; o chefe da Superintendência de Acompanhamento à Rede de Serviços, Luiz Marques Barbosa Júnior; e o gerente de Recursos Humanos do ICN, Marcus Eduardo Alves Teixeira. Louis Philip Moses Camarão, investigado pela força-tarefa, aparece com um dos que teve o pedido negado, mas a Justiça Federal confirmou nesta segunda-feira 20 que houve um erro na movimentação processual.

Segundo a força-tarefa da Operação Pegadores, entre os anos de 2015 a 2017, mais de R$ 18 milhões foram desviados da saúde estadual maranhense.

Listão pode ser divulgado

Também ontem, a Justiça Federal deferiu o pedido feito pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) de compartilhamento dos autos. Com as informações em mãos, é esperado que o governador Flávio Dino (PCdoB) preze pela transparência e torne público, até mesmo pelas redes sociais, os nomes de quem estava roubando ou se beneficiado de roubo de dinheiro público nos 1000 dias de seu governo.

Péricles e Aragão

Outros pedidos relacionados a investigados presos pela Polícia Federal também foram apreciados.

Em relação a Péricles Silva Filho, da Bem Viver, foi indeferido o pedido de revogação da prisão. No entanto, considerando que já havia sido autorizado um pedido de viagem, foi concedido ao prazo para reapresentação após o próximo dia 19. O outro pedido foi do Antônio Augusto Silva Aragão, o Idac, de revogação da prisão temporária, também indeferida. O juíza federal Paula Souza Moraes decidiu, contudo, acolher parecer do MPF e converter a prisão cautelar em prisão domiciliar após a realização de sua oitiva.