Rosângela Curado
Curado recorre de decisão que impediu candidatura a deputada estadual
Política

Defesa alega que houve omissão sobre documentos que demonstrariam a ausência de ato doloso de improbidade administrativa na despesa julgada pelo TCE

A pré-candidata a deputada estadual pelo Patriotas, Rosângela Curado, segue em forte campanha eleitoral em Imperatriz e Região Tocantina. Neste domingo 23, ela recorreu da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão que a impediu de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Maranhão.

Em embargados protocolados na Corte Eleitoral, a defesa de Curado alega que, durante o julgamento pelo indeferimento da candidatura dela, houve omissão em pelo menos dois casos, relacionados a novos documentos juntados aos autos. Esses documentos, garante a defesa, demonstrariam a ausência de ato doloso de improbidade administrativa na despesa julgada em acórdão pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A expectativa de Curado é que, no julgamento do recurso, sendo sanada a omissão apontada, o TRE/MA possa atribuir efeitos modificativos à impugnação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) para que seja deferido seu pedido de registro de candidatura.

O relator do caso é o juiz Gustavo Araújo Vilas Boas.

Acusada de desviar R$ 18,3 milhões, Curado declara patrimônio de R$ 312,5 mil
Política

Bens são menores do que os declarados há dois anos, quando concorreu ao cargo de prefeita de Imperatriz. Ela foi alvo da Operação Pegadores, uma das fases da Sermão aos Peixes

A ex-subsecretária-adjunta de Saúde do Maranhão, Rosângela Curado, declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão possuir exatos R$ 312,5 mil em bens. A informação foi levantada pelo ATUAL7 no DivulgaCand, sistema responsável pela divulgação das candidaturas registradas em todo o Brasil, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ela concorre em outubro próximo à Assembleia Legislativa do Maranhão, pelo Patriota (antigo PEN). O partido faz parte da coalizam de partidos que coligaram pela reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB).

Apesar do patrimônio declarado não ser elevado, e somente um pouco maior do que o informado ao TRE/MA em 2016, quando disputou a Prefeitura Municipal de Imperatriz, Curado foi acusada pela força-tarefa da Sermão aos Peixes, em novembro do ano passado, de haver desviar R$ 18,3 milhões dos cofres no Estado. O dinheiro, segundo os investigadores, teria como origem a verba federal do Fundo Nacional de Saúde (FNS), enviada para o governo comunista aplicar em saúde pública no estado.

Alvo da Operação Pegadores, ela chegou a ficar presa por alguns dias, sendo solta por força de uma decisão do desembargador Ney Bello Filho, do Tribunal Regional Federal (TRE) da 1º Região. O bloqueio de R$ 18,3 milhões, valor que ela é acusada de haver desviado, porém, foi mantido.

Segundo a Polícia Federal, o dinheiro teria sido surripiado por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, na execução de contratos de gestão e termos de parceria firmados pelo Palácio dos Leões com entidades do terceiro setor — inclusive, até mesmo, uma sorveteria.

Curado, que agora declarou oficialmente não possuir esse dinheiro todo, tem evitado celebrar um acordo de delação premiada e sempre negou as acusações. Os bens declarados por ela ao TRE/MA, nesta eleição, são dois veículos e a participação societária numa empresa.

Pré-candidata pelo PEN, Curado deve ter reaproximação com Dino
Política

Ex-subsecretária estadual de Saúde vai disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. Comunista cortou contato público com a aliada desde a Operação Pegadores

A ex-subsecretária estadual de Saúde, Rosângela Curado, deve ter reaproximação com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), após meses de contato público cortado desde a deflagração da Operação Pegadores, considerada a 5ª fase da Sermão aos Peixes, que apura desvios de recursos públicos federais, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), envolvendo funcionários fantasmas e empresas de fachada.

Perfilada pelo regime comunista como espécie de lepra política após virar alvo da Polícia Federal e acabar presa como uma das cabeças do esquema, Curado viu Dino afastar-se dela, com o objetivo de evitar prejuízos eleitorais por eventual relação direta com atos de corrupção. Diferente da recente camaradagem demonstrada para com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, no período em que esteve hospedada no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, ela sequer recebeu uma tentativa de visita do governador, mesmo tendo sido até candidata dele à prefeitura de Imperatriz, poucos meses antes.

Com a filiação dela ao PEN/Patriota na semana passada, porém, a reaproximação pública entre ambos é questão de dias.

Rosângela Curado é forte pré-candidata a deputada estadual, e o partido, comandado no estado pelo suplente Jota Pinto, faz parte da coalizão de legendas que trabalha pela reeleição de Flávio Dino em outubro próximo.

Na propaganda eleitoral, por exemplo, Curado e Dino deverão reaparecer juntos — o governador demonstra haver perdido o constrangimento em aparecer com quem é investigado por corrupção, pois até já divide palanque com o agiota Eduardo DP.

Além disso, retomando o status de liderança de Flávio Dino na região Sul do estado, Curado voltará a ser a principal cabo eleitoral do comunista em Imperatriz, segunda cidade mais populosa do Maranhão e que ele sonha em conquistar.

Pegadores: Rosângela Curado aponta envolvimento de Lula e figurões da SES
Política

Ex-subsecretária de Saúde revelou que todos os pagamentos feitos às empresas apontadas pela PF como de fachada foram autorizadas pelo titular da SES

A ex-subsecretária de Saúde do Maranhão, suplente de deputada federal Rosângela Curado (PDT), apontou para o envolvimento do ex-secretário estadual de Saúde, Marcos Pacheco, no esquema de desvios de dinheiro público da pasta, em mais de R$ 18 milhões, desbaratados pela força-tarefa da Sermão aos Peixes por meio da Operação Pegadores, da Polícia Federal. Além de Pacheco, outros figurões da SES, ligados aos setores financeiro e de pagamentos, também foram puxados para dentro da suposta organização criminosa.

Em entrevista ao programa Notícia em Foco, da Band de Imperatriz, a pedetista explicou que uma subsecretaria é subordinada ao comando da pasta. E revelou que, para que ocorresse a liberação de todos os pagamentos feitos a empresas apontadas pela PF como de fachada, e aos funcionários fantasmas — eram necessárias a assinaturas de outras pessoas da SES, que não foram alvo da operação federal.

“Me explique aqui uma coisa: por que só eu que estou aqui, se a lei 8080/90 do SUS diz que os ordenadores de despesa tem que ser pelo menos três assinaturas? Por que é que o secretário de Saúde não está aqui, que pagou também os R$ 11 milhões? Por que que o secretário adjunto de Finanças não está aqui? E por que que o diretor do Fundo Estadual de Saúde não está aqui? Por que só eu estou aqui respondendo por R$ 11 milhões que foram pagos aos médicos e pelos R$ 7 milhões que foram pagos aos 425 funcionários?”, contou ela, narrando a conversa que teve com o delegado que tomou seu depoimento.

Em clara referência ao atual titular da SES, Carlos Eduardo Lula — que conseguiu suspender a Pegadores no TRF-1 —, Curado também revelou que ainda há mais gente a ser investigada pela Sermão aos Peixes, além dos que já foram presos pela PF. “Pessoas que fazem parte da gestão”, disse ela.

“É um inquérito de investigação e ainda tem muita gente para ser investigada, ainda tem muita gente pra ser ouvido, muitas pessoas, pessoas que fazem parte da gestão da Saúde. Não fui só eu, eu já não estava mais lá dentro”, declarou.

Segundo interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, ao assumir a vaga ocupada por Curado na SES, Lula tomou conhecimento de todo o esquema. Contudo, ele não denunciou a organização criminosa a nenhum órgão federal, nem abriu qualquer investigação sobre o esquema, que continuou a ser operado na pasta durante a sua gestão.

Abaixo, a entrevista completa:

Dino e aliados em Imperatriz evitam aparição pública com Curado
Política

Ex-subsecretaria de saúde virou lepra política desde que foi alvo da Polícia Federal na Operação Pegadores

A ausência de Rosângela Curado na reunião do governador Flávio Dino (PCdoB) com aliados em Imperatriz, realizada na noite dessa sexta-feira 2, é uma referência clara de que a ex-subsecretária estadual de Saúde virou uma espécie de lepra política para o Palácio dos Leões e seu entorno.

Desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Pegadores contra o megaesquema de corrupção de empresas de fachada e funcionários fantasmas no governo comunista, apontando Curado como uma das cabeças da organização criminosa que roubou mais de R$ 18 milhões dos cofres da saúde, Dino e dinistas passaram a evitar qualquer tipo de aparição pública ao lado da agora ex-aliada.

A regra é evitá-la em público, para que Flávio Dino não seja associado à Orcrim que assaltou a saúde estadual, e acabe tendo a reeleição ameaçada. Até mesmo a saída do PDT, partido que faz parte da coalizam de reeleição de Dino e pelo qual Curado disputou as eleições para a prefeitura de Imperatriz em 2016, foi articulada.

O curioso é que, em relação ao político e empresário Eduardo José Barros Costa, o Eduardo DP, a reação foi totalmente contrária.

Além de dividir palanque com o ex-presidiário, Flávio Dino ainda abriu os cofres do estado para uma empresa operada pelo agiota. Os contratos assinados com o governo, inclusive, são todos multimilionários.

Ney Bello concede habeas corpus e Rosângela Curado deixará a prisão
Política

Ex-subsecretária estadual de Saúde foi presa pela PF na semana passada, na deflagração da Operação Pegadores

A ex-subsecretária estadual de Saúde, Rosângela Curado, pode deixar o Complexo Penitenciária de Pedrinhas ainda na noite desta quarta-feira 22, após pouco mais de cinco dias detida.

Alvo da força-tarefa da Sermão aos Peixes durante a deflagração da Operação Pegadores, ela conseguiu um habeas corpus junto ao desembargador federal Ney Bello Filho, da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em distribuição por dependência.

Na segunda-feira 20, um dia antes de completar o prazo final de sua prisão temporária, ela chegou a ter medida cautelar prorrogada por mais cinco dias. Na mesma data, a defesa impetrou com o habeas corpus.

Além de Curado, Ney Bello já havia concedido o remédio judicial para outros dois investigados que tiveram mandados de prisão expedido pela juíza federal substituto Paula Souza Moraes, da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal no Maranhão. São eles: Marcus Eduardo Alves Batista e Péricles Silva Filho, ambos do Instituto Cidadania e Natureza (ICN), uma das empresas investigadas na operação.

Segundo a Polícia Federal, mais de R$ 18 milhões foram desviados durante os mil dias do governo Flávio Dino, do PCdoB.

Pegadores: negado pedido de revogação de prisão de Curado
Política

Juíza responsável pelo caso indeferiu pedido feito por pelo menos seis investigados. PGE conseguiu acesso aos autos do processo

A juíza federal Paula Souza Moraes indeferiu os pedidos de revogação de prisão temporária de pelo menos seis alvos da Operação Pegadores, deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), CGU e Receita Federal na última quinta-feira 16.

A decisão foi proferida na noite dessa sexta-feira 17, segundo movimentação processual do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.

Tiveram os pedidos negados a ex-subsecretária de Saúde do Maranhão, Rosângela Curado; o sócio-administrador da sorveteria que virou empresa especializada na área da saúde da noite pro dia, Osias de Oliveira Santos Filho; a responsável pelo I.S.M.C, Ideide Lopes de Azevedo Silva; o chefe da Superintendência de Acompanhamento à Rede de Serviços, Luiz Marques Barbosa Júnior; e o gerente de Recursos Humanos do ICN, Marcus Eduardo Alves Teixeira. Louis Philip Moses Camarão, investigado pela força-tarefa, aparece com um dos que teve o pedido negado, mas a Justiça Federal confirmou nesta segunda-feira 20 que houve um erro na movimentação processual.

Segundo a força-tarefa da Operação Pegadores, entre os anos de 2015 a 2017, mais de R$ 18 milhões foram desviados da saúde estadual maranhense.

Listão pode ser divulgado

Também ontem, a Justiça Federal deferiu o pedido feito pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) de compartilhamento dos autos. Com as informações em mãos, é esperado que o governador Flávio Dino (PCdoB) preze pela transparência e torne público, até mesmo pelas redes sociais, os nomes de quem estava roubando ou se beneficiado de roubo de dinheiro público nos 1000 dias de seu governo.

Péricles e Aragão

Outros pedidos relacionados a investigados presos pela Polícia Federal também foram apreciados.

Em relação a Péricles Silva Filho, da Bem Viver, foi indeferido o pedido de revogação da prisão. No entanto, considerando que já havia sido autorizado um pedido de viagem, foi concedido ao prazo para reapresentação após o próximo dia 19. O outro pedido foi do Antônio Augusto Silva Aragão, o Idac, de revogação da prisão temporária, também indeferida. O juíza federal Paula Souza Moraes decidiu, contudo, acolher parecer do MPF e converter a prisão cautelar em prisão domiciliar após a realização de sua oitiva.

Flávio Dino e Márcio Jerry precisam explicar por que demitiram Rosângela Curado
Política

Ex-subsecretária caiu do cargo após reunião às pressas e de portas fechadas no Palácio dos Leões com o governador e o secretário

Está no motivo da demissão da ex-subsecretária de Saúde do Maranhão, Rosângela Curado, o gênesis da organização criminosa desbaratada pela Polícia Federal nesta quinta-feira 16, durante a deflagração da Operação Pegadores.

Colocada no cargo pelo governador Flávio Dino (PCdoB), Curado foi estranhamente escorraçada da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de forma repentina, numa reunião urgente e de portas fechadas no Palácio dos Leões com o próprio Dino e o secretário estadual de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry Barroso.

O que descobriu Flávio Dino e Márcio Jerry para a reunião às pressas e altamente privada?

O que Flávio Dino e Márcio Jerry falaram para Rosângela Curado nesta reunião?

Por qual motivo o então titular da SES, Marcos Pacheco, não participou da reunião, se ele quem comandava o setor?

Se quer mostrar transparência com a coisa pública, Flávio Dino e Márcio Jerry precisam começar respondendo essas três perguntas sobre a demissão de Curado.

Dadas as respostas, devem começar a divulgar publicamente, pode ser nas redes sociais mesmo, onde moram, a tal lista recebida por Carlos Lula do proprietário do Instituto Cidadania e Natureza (ICN), conforme atesta diálogo interceptado pela Polícia Federal ainda em setembro de 2015.

Comece a responder, governador: o que foi descoberto e o que foi falado com Curado?

Vídeo mostra Exata tentando influenciar eleitora contra Rosângela Curado
Política

Gravação foi feita nessa terça-feira 26. Palácio dos Leões tem instituto como oficial para pesquisas de consumo interno e resgistradas

Um vídeo obtido com exclusividade pelo ATUAL7 mostra uma pesquisadora do Instituto Exata tentando influenciar uma eleitora de Imperatriz contra a pré-candidata Rosângela Curado (PDT).

Durante o preenchimento de questionário sobre intenção de votos no município, a pesquisadora muda repentinamente as perguntas e passa a questionar a eleitora sobre um vídeo em que Curado aparece supostamente sob efeito de álcool em uma blitz da Polícia Militar do Maranhão.

“A senhora viu na internet ou na imprensa, recentemente, algum vídeo ou notícia envolvendo...”, pergunta a funcionária do Exata, interrompendo em seguida ao perceber que a eleitora movimentava o celular. “A senhora não está gravando não, né? Porque não pode! A senhora vai derrubar o meu trabalho. A senhora vai me prejudicar numa coisa que eu não tenho nada a ver”, e insiste: “a senhora viu?”.

Apesar da eleitora deixar claro a intenção de votar na pedetista, a pesquisadora insiste nas perguntas sobre a gravação.

“A senhora assistiu o vídeo em que a deputada Rosângela Curado aparece embriaga numa blitz policial?”, questiona. "Como ficou a intenção de voto após assistir esse vídeo?", “A senhora ia votar em Rosângela Curado e continua pretendendo votar nela...”, perguntou, ao ser interrompida pela eleitora: “Ia e voto!”.

A pesquisadora ainda chegou a ler frases que a população de Imperatriz supostamente estaria dizendo, para saber da o que a eleitora pensava a respeito. O fato de Curado ser Evangélica e ter aparecido no vídeo supostamente sob efeito de álcool também foi explorado.

O ATUAL7 entrou em contato com o proprietário do Instituto Exata, Lino, para que ele se posicione sobre o caso, e aguarda retorno.

O Exata, vale lembrar, é o instituto oficial do Palácio dos Leões, tanto para pesquisas registradas quanto para consumo interno de seus candidatos e de avaliação do próprio governo. Contudo, apesar das fortes suspeitas – principalmente pelo fato da pesquisadora dizer que seu trabalho seria “derrubado” e que poderia ser “prejudicada” se os questionamentos estivessem sendo gravados –, não há como afirmar se a tentativa de influenciar o eleitorado de Imperatriz contra Rosângela Curado tenha partido do governo Flávio Dino.

Rendição à Curado melhora aprovação de Flávio Dino em Imperatriz
Política

60,6% dos entrevistados passaram a aprovar o governo comunista após a reaproximação do governador com a pré-candidata a prefeita

A rendição do governador Flávio Dino (PCdoB) — e de seu braço direito e esquerdo, Márcio Jerry Barroso — à pré-candidata a Prefeitura de Imperatriz, Rosângela Curado (PDT), pode ter sido o grande motivador da melhora de aprovação de seu governo junto à população na cidade, segundo maior colégio eleitoral do Maranhão.

Até maio último, quando ainda resistia ao avanço de Curado sobre a população da Princesa do Sertão, Dino era reprovado por metade do eleitorado de Imperatriz. Nem mesmo a conclusão ou continuação de dezenas obras iniciadas pelo ex-secretário de Infraestrutura Luis Fernando Silva (PSDB) na cidade contribuíam para a melhora do comunista na cidade. Contudo, bastou Flávio Dino se reaproximar de Curado, e consequentemente parar de atacá-la, para que sua aprovação melhorasse.

Em recente levantamento, o Instituto Escutec voltou a incluir no questionário uma pergunta sobre a avaliação do governo comunista.

O resultado é que 60,6% dos entrevistados disseram aprovar a gestão do governador. Em maio eles eram exatamente 50%.

A rendição à Curado trouxe melhoras ao governador Flávio Dino também no quesito desaprovação. Segundo a Escutec, o número dos que desaprovam seu governo caiu de 46,3% para 31,5%.

Ataques contra Wellington prejudicam Rosângela Curado em Imperatriz
Política

Internautas passaram a questionar aliança da pedetista com sarneyzistas. Pré-candidata a prefeita fechou acordo com o PV de Sarney Filho

Os ataques em serie promovidos contra o pré-candidato a prefeito de São Luís, Wellington do Curso (PP), em razão da possibilidade de aliança com o PMDB na formação de chapa, passaram a prejudicar diretamente a pré-candidata do governo a prefeita de Imperatriz, Rosângela Curado (PDT).

Desde o final da manhã dessa quarta-feira 6, internautas passaram a questionar nas redes sociais e em grupos de WhatsApp que, se a possibilidade aliança de Wellington com o PMDB pode ser entendida como aliança com o clã Sarney em São Luís, como disseminou setores do Palácio dos Leões que apoiam a reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), o mesmo pode-se então dizer da aliança já fechada de Curado com o PV em Imperatriz.

Em São Luís, o pré-candidato a prefeito pelo PP começou a ser cobiçado pelo PMDB há cerca de uma semana, quando passou a ser cogitado pelo partido a indicação do vereador e também pré-candidato a prefeito Fábio Câmara como vice de Wellington, para a formação de uma “chapa imbatível”.

Já em Imperatriz, apesar de tentar demonizar a possibilidade aliança de Wellington com os Sarneys, o governador Flávio Dino, o secretário Márcio Jerry e outros membros do Palácio dos Leões não somente silenciam, como ainda estarão de mãos dadas no mesmo palanque dos sarneyzistas originais Sarney Filho, Adriano Sarney e Edilázio Júnior, em uma aliança costurada pela própria Curado, diretamente com o ministro do Meio Ambiente Sarney Filho, em Brasília.

Para os internautas, se a aliança com um partido comandado por sarneyzistas deve ser entendida como “juntar-se ao que há de pior na política” , e “mostrar a verdadeira cara” , como disseminou apoiadores de Edivaldo Júnior para prejudicar Wellington, a pedetista Rosângela Curado seria então a própria “personificação do mal” , já que além de cria do próprio clã Sarney, aliançou-se em busca da Prefeitura de Imperatriz não somente com o PV, mas com outras legendas sarneyzistas históricas, à exemplo do DEM e PEN.

O DEM e o PEN, aliás, embora partidos sarneyzistas históricos, estão na base de apoio à reeleição de Edivaldo Holanda Júnior, inclusive todos contemplados com cargos na Prefeitura de São Luís em troca desse apoio. O mesmo vale para o PMDB, que mesmo sendo sarneyzista controla a Secretaria Municipal de Saúde de São Luís sem qualquer demonização por parte do Palácio dos Leões ou do próprio Edivaldo.

PCdoB desiste de Marco Aurélio e vai de Rosângela Curado em Imperatriz
Política

Decisão foi anunciada pelo parlamentar comunista a aliados. Vice ainda não foi escolhido. Os cotados são os vereadores Esmerahdson de Pinho e Adonilson

O PCdoB decidiu abandonar a pré-candidatura do deputado Marco Aurélio a prefeito de Imperatriz e fechar em definitivo com a suplente de deputado federal Rosângela Curado (PDT) para garantir a vitória no pleito.

O apoio da legenda à pré-candidatura da pedetista foi confirmado, na quinta-feira 16, pelo próprio parlamentar comunista a aliados mais próximos, por telefone. Marco Aurélio, segundo um dos aliados, passou a noite entrando em contato com pessoas próximas para agradecer o apoio que vinha recebendo e anunciar a decisão de seu partido em ir com Curado. Contudo, chateado, ele deixou claro que não pretende participar da campanha.

Quem também comunicou a aliados da decisão do PCdoB, em reunião fechada, foi o secretário de Estado de Infraestrutura, Clayton Noleto. O secretário vinha sendo utilizado como especie de garoto propaganda de Marco Aurélio, que se apossava de obras da Sinfra em busca de votos da população da cidade.

Embora nos bastidores os comunistas já estejam repassando a decisão do partido para pessoas mais próximas, o PCdoB ainda não fez o anúncio de forma oficial. Segundo interlocutores do partido, a oficialização deverá ocorrer na próxima semana, quando também será anunciado o pré-candidato a vice-prefeito da chapa. Os cotados são os vereadores comunistas Esmerahdson de Pinho e Adonilson.

Rosângela Curado lidera pesquisa para a Prefeitura de Imperatriz
Política

Pedetista é a mais bem colocada no cenário sem Ildon Marques. Ex-prefeito não poderá concorrer por condenação da Justiça Federal em 2015

Levantamento do Instituto Escutec aponta a liderança da suplente de deputado federal Rosângela Curado (PDT) na sucessão para a Prefeitura de Imperatriz, segundo maior colégio eleitoral do Maranhão.

No cenário mais provável para outubro próximo, sem o ex-prefeito Ildo Marques (PSB), Curado aparece com 30,2% das intenções de votos, contra 25,3% do deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB), 24,7% do delegado Assis Ramos e 5,7% do Pastor Porto (PPS). Apenas 7,8% do eleitorado afirmou que não votará em nenhum dos pré-candidatos apresentados e 6,3% não sabe ou não quis responder.

A consulta da Escutec entrevistou entre os dias 20 e 22 de maio 600 eleitores e a está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-00836/2016.

Embora lidere a pesquisa em todos os cenários em que seu nome aparece – estimuladas e espontânea – Marques é ficha suja e não poderá concorrer neste pleito. Em processo recente, de 2015, ele foi condenado pela Justiça Federal juntamente com uma turma à suspensão dos direitos políticos, à perda da função pública e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, por ato doloso de improbidade administrativa. Em 2014, a 1ª Vara de Imperatriz, já havia aplicado no socialista a mesma condenação.

Na prática, Ildon Marques está impossibilitado, pelo período de três anos, de exercer capacidade eleitoral ativa (votar), bem como capacidade eleitoral passiva (ser votado), o que o impede de ser candidato nas eleições deste ano.

Como o ex-prefeito está oficialmente fora da disputa, o cenário em que ele não aparece na pesquisa e Rosângela Curado desponta na liderança é o mais próximo da realidade.

Imperatriz: Marco Aurélio será vice de Rosângela Curado
Política

Reaproximação foi feita pelo próprio Flávio Dino. Partido do governador constatou que seria impossível vencer as eleições sem Curado como cabeça de chapa

Faltando seis meses para as eleições deste ano, o grupo do governador Flávio Dino superou a crise entre o PCdoB e o PDT e encontrou a fórmula certa para vencer com larga vantagem o pleito em Imperatriz: a formação da chapa Rosângela Curado como prefeita e o deputado Marco Aurélio como vice.

A decisão foi tomada há cerca de uma semana, e confirmada por três fontes do Atual7 com bom trânsito no Palácio dos Leões.

Segundo as fontes, após diversas conversas e pesquisas de consumo interno, o próprio PCdoB chegou a constatação que seria impossível vencer as eleições no segundo maior colégio eleitoral do Maranhão sem Rosângela Curado como cabeça de chapa. A reaproximação começou a ser articulada pelo próprio Dino, que voltou a entrar em contato com a pré-candidata a prefeita por telefone.

Desde a saída de Curado da subsecretaria estadual de Saúde, ambos não trocavam horas de telefonemas para jogar conversa fora e discutir sobre a política estadual e imperatrizense.

Ainda de acordo as fontes, ao ser informado sobre a indicação para vice, o deputado Marco Aurélio teria se chateado por ter sido ele o indicado ao segundo posto da chapa, e não o contrário. Voto vencido, em conversa com o deputado federal Weverton Rocha, presidente do PDT no estado, e comunistas, o parlamentar estadual pediu então o prazo de um mês para decidir se aceita ou não a indicação, o que lhe foi concedido. Porém, caso rejeite, o PCdoB já tem na reserva um outro nome para substituí-lo: o do professor e vereador Adonilson Lima.

Ildon Marques

Antes de decidir por Marco Aurélio como vice de Rosângela Curado, apesar do amplo favoritismo da pré-candidata, o o partido do governador ainda tentou emplacar a pré-candidatura do secretário estadual de Infraestrutura, Clayton Noleto, com o auxílio e benção do prefeito Sebastião Madeira (PSDB). Como o ‘poste’ não vingou e Madeira tem alto índice de desaprovação de sua gestão, Noleto teve então seu nome trocado pelo do parlamentar estadual, que chegou a apresentar uma boa aceitação junto à população, mas caiu vertiginosamente em descrédito após campanha aberta em Imperatriz em favor da presidente Dilma Rousseff (PT).

Como resultado do bate-cabeça do PCdoB, o grupo do governador Flávio Dino teve a vitória em outubro próximo ameaçada após a entrada do ex-prefeito Ildon Marques no PSB. Empresário e apadrinhado do senador Roberto Rocha, o aparecimento de Marques na disputa acabou movimentando a classe política local.

A saída encontrada pelo Palácio dos Leões, então, foi aceitar a pré-candidatura da ex-subsecretária de Saúde, e indicar a vice. Sem prestígio junto à população, classe política e até em seu próprio partido, o prefeito Madeira acabou aceitando a chapa PDT/PCdoB pelo beiço.

PF confirma super salário e confunde amiga de Márcio Jerry com filha de Belezinha
Política

Informação está no relatório da Sermão aos Peixes, sobre pagamentos no governo Flávio Dino a funcionários fantasmas e pagamentos distintos a servidores que exercem a mesma função

Relatório da Polícia Federal relacionado à Operação Sermão aos Peixes, que investiga desvio de dinheiro público federal da Saúde no Maranhão, mostra que a PF – provavelmente devido a elevada distribuição de sinecuras a parentes de autoridades no governo Flávio Dino, do PCdoB – acabou confundido a enfermeira Keilane Silva Carvalho, amiga do secretário de Assuntos Políticos e Federativos, Márcio Jerry Barroso, com a jovem Kellyanne Pontes Cordeiro, uma das filhas da prefeita de Chapadinha, Ducilene Pontes, mais conhecida como Belezinha (PRB).

A confusão se deu num trecho em que a Polícia Federal descreve um diálogo sobre pagamentos realizados no governo comunista a servidores fantasmas e pagamentos distintos a servidores que exercem a mesma função, entre a ex-subsecretária de Saúde do Maranhão, Rosângela Curado, e a coordenadora administrativa da Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Bem Viver – Associação Tocantina para o Desenvolvimento da Saúde, Karina Mônica Braga Aguiar, responsável pelos pagamentos a pessoas físicas e jurídicas contratadas para prestar serviços da Bem Viver ao Estado.

Nos áudios interceptados pela PF, com autorização da Justiça, Karina foi flagrada sendo cobrada por Curado a dar explicações sobre o super salário que a amiga de Márcio Jerry vinha recebendo da Oscip, o total de total de R$ 13.189,07, para exercer o cargo de coordenadora de Enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Imperatriz. O caso foi denunciado pelo Atual7 em abril do ano passado. Ao inserir o nome de Keilane Carvalho no relatório, porém, os federais acabaram trocando e incluindo de forma curiosa o nome da filha de Belezinha, que chegou a ter uma sinecura semelhante, mas na própria prefeitura de Chapadinha, e com rendimentos menores que o de Keilane.

"KARINA conversa com ROSÂNGELA CURADO, subsecretária de saúde do Estado. No diálogo ROSÂNGELA pede explicações sobre o salário de 13 mil reais pago a enfermeira KELLYANNE PONTES CORDEIRO. O caso teve repercussão na mídia local no período e gerou constrangimento a equipe de gestão da secretária estadual de saúde, porque foi alegado que a enfermeira era apadrinhada do secretário de articulação MÁRCIO JERRY. O interessante é que KARINA afirma que fez vários pagamentos análogos e nunca teve problemas", diz o trecho do relatório, confirmando que não somente a amiga do secretário de Assuntos Políticos, mas outras pessoas também recebiam [ou ainda recebem] super salários no governo Flávio Dino.

A Bem Viver, que começou a operar as contas da Secretaria de Saúde do Maranhão no governo Roseana Sarney, foi mantida por Dino até meados de agosto de 2015. A empresa só deixou de operar por não ter participado da licitação pública que selecionou as entidades sem fins lucrativos que passaram a ser responsáveis pela gestão dos serviços pública de saúde na rede estadual. Nos bastidores, há relatos de que havia um acerto entre um controlador da Oscip e o atual governo para que, em recompensa pela não participação na licitação pública na SES, uma outra empresa pudesse entrar no Estado para gerir outro tipo de serviço.

Procurada pelo Atual7 desde o início da operação para se manifestar sobre os trechos do relatório da Sermão aos Peixes que incriminam membros do governo Flávio Dino, a Polícia Federal informou por meio de sua assessoria de imprensa que não se pronuncia sobre investigações em andamento e que estejam com o inquérito revestido de sigilo.

Trecho do relatório da Operação Sermão aos Peixes, da Polícia Federal, que mostra parte de como funcionou a corrupção no governo Flávio Dino por meio da Oscip Bem Viver
Atual7 Ladroagem Trecho do relatório da Operação Sermão aos Peixes, da Polícia Federal, que mostra parte de como funcionou a corrupção no governo Flávio Dino por meio da Oscip Bem Viver
Ildon Marques e ex-secretários de Imperatriz são condenados pela Justiça Federal
Política

Na mesma sentença, o juiz rejeitou a condenação dos ex-secretários Antonio Magno, Bene Camacho, Rosângela Curado e Valmir Izidio, por falta de provas

A Justiça Federal de Imperatriz condenou o ex-prefeito do município, Ildon Marques de Sousa (PMN) e mais dois ex-secretários municipais Nailton, Jorge Ferreira Lyra e Teófila Margarida Monteiro da Silva, por atos de improbidade administrativa.

A sentença foi proferida no último dia 17 pelo juiz federal substituto Marcos José Brito Ribeiro, da 2ª Vara Federal de Imperatriz, que acolheu parcialmente os pedidos formulados pelo Ministério Público Federal (MPF), por reconhecer que os réus ofenderam os princípios da administração pública.

Para a Justiça, eles descumpriram, de modo deliberado e injustificado, sucessivas decisões judiciais referentes ao processo em que o a Prefeitura de Imperatriz, a União e o Estado do Maranhão foram condenados a implementar medidas para a ampliação dos leitos de UTI no Hospital Municipal de Imperatriz.

Segundo o magistrado, durante a gestão de Ildon Marques, a prefeitura "retardou injustificadamente, por quase 20 (vinte) meses após a intimação da decisão que antecipou os efeitos da tutela, a apresentação ao Ministério da Saúde de projeto para credenciamento de novos leitos de UTI, ação administrativa essencial ao cumprimento da medida liminar", circunstância que caracteriza "longa e intolerável inação, a revelar comportamento de deliberada indiferença para com as ordens emergentes do Poder Judiciário Federal".

Ildon Marques, Nailton Jorge e Teófila Margarida foram condenados ao pagamento de multa civil, à suspensão dos direitos políticos, à perda da função pública que eventualmente ocupem e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

Na mesma sentença, o juiz substituto Marcos José Brito Ribeiro rejeitou os pedidos de condenação dos ex-Secretários Antonio Magno de Souza Borba, Bene Andre Camacho de Araujo, Rosângela Aparecida Barros Curado e Valmir Izidio Costa, por falta de evidências da prática de atos de improbidade.

Conforme a decisão, a Lei de Improbidade Administrativa objetiva a punição de agentes públicos que tenham procedido de má-fé (elemento subjetivo), sendo esta a premissa básica do ato ilegal e ímprobo; apenas é possível a caracterização de um ato como de improbidade administrativa quando verificada desonestidade. Assim, o juiz entendeu que não houve comprovação de que os réus absolvidos agiram com desonestidade. Os réus ainda não foram intimados e poderão recorrer da sentença.

Entenda o caso

Em 2005, o Ministério Público Federal propôs uma Ação Civil Pública com o objetivo de condenar a União, o Estado do Maranhão e o Município de Imperatriz, a adotar providências voltadas à ampliação do número de leitos de UTI no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), para atendimento adequado e suficiente da demanda local.

Em fevereiro de 2006, o Juiz Federal que presidia o caso determinou que os entes públicos ampliassem, no prazo de noventa dias, os leitos da UTI do Hospital Municipal e procedessem, nesse período, à transferência dos pacientes para hospitais particulares, para que dispusessem de tratamento digno.

Diversas outras decisões foram proferidas neste processo, todas reiterando o comando que obrigava os entes públicos a adotarem medidas administrativas direcionadas à ampliação da capacidade de atendimento de UTI em Imperatriz, em razão do grave quadro de insuficiência de leitos na cidade. No entanto, embora tenham sido sucessivamente intimados, inclusive mediante diversas notificações pessoais dos Secretários, os entes públicos não cumpriram as decisões.

Beto Pixuta repassou quase R$ 5 milhões para empresa operada por Pacovan
Política

Empreiteira era usada parar garfar contratos milionários e não executar os serviços. Outras três prefeituras devem aumentar a lista da "Máfia da Agiotagem"

É complicada a situação do prefeito de Matinha, Marcos Robert Silva Costa, o “Beto Pixuta”, um dos 52 gestores arrolados na lista da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por envolvimento no esquema de agiotagem e desvio de recursos públicos em prefeituras do Maranhão.

De acordo com as investigações, Pixuta repassou quase R$ 5 milhões para uma das construtoras operadas pelo agiota Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como “Pacovan”, preso durante as operações “Morta Viva” e “Marajá”, há cerca de uma semana.

Toda a verba pública escoou dos cofres da Prefeitura de Matinha por meio de mais de dez aditivos a um contrato para execução de obras e serviços de recapeamento asfáltico de única rua no município, que até hoje não recebeu qualquer camada de breu, e de construção de uma praça e um posto de saúde, que até hoje não foram construídos.

Com sede em São Luís, a empreiteira utilizada pelo agiota “Pacovan” para receber dinheiro emprestado durante a campanha eleitoral também garfou verba pública em outras oito prefeituras, sendo cinco comandadas por investigados pela Polícia Civil e Gaeco por agiotagem e outros três prefeitos que também podem entrar na lista da máfia.

Preso com certidão e tudo

A informação baseada em suposta fonte da Polícia Civil, divulgada por blogs da capital de que Beto Pixuta, a ex-prefeita de Olinda Nova do Maranhão, Conceição Campos (PMDB), e do prefeito Codó, Zito Rolim (PV), não estariam sendo investigados, é facilmente derrubada pelo fato dos prefeitos de Marajá do Sena, Edivan Costa (PMN) , e o atual prefeito de Coelho Neto, Soliney Silva (PRTB), terem conseguido certidões negativas da própria Comissão de Investigação de Agiotagem.

Prefeito de Marajá no Sena tentou se livrar da cadeia com base em uma certidão emitida estrategicamente pela Polícia Civil
Blog do Carlinhos Filho Atrás das Grades Prefeito de Marajá no Sena tentou se livrar da cadeia com base em uma certidão emitida estrategicamente pela Polícia Civil

Mesmo de posse da certidão assinada pelos delegados Roberto Wagner Leite Fortes, Maymone Barros Lima, e Roberto Mauro S. Larrat, o prefeito de Marajá do Sena não só foi parar na cadeia como ainda teve seu pedido de prisão prorrogado pela Justiça.

O mesmo deve ocorrer com o prefeito de Coelho Neto, e com a sua ex-secretária municipal de Saúde, Rosângela Curado, atualmente ocupando o posto de subsecretária de Saúde do Maranhão.

A emissão das certidões, emitidas à pedidos dos prefeitos, tem sido feita pela Polícia Civil apenas para despistar os gestores enrolados com agiotas, além de evitar atrapalhos nas investigações.

A mesma estratégia de negar a inclusão dos gestores na lista de investigação também foi utilizada pela Seic e Gaeco, após o vazamento da primeira lista da Comissão de Investigação de Agiotagem, na época ainda com apenas 41 prefeituras sendo investigadas.