Um paciente com suspeita de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, teve atendimento rejeitado em pelo menos duas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em São Luís.
A denúncia foi feita por uma profissional da Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), em vídeo gravado na entrada na UPA da Cidade Operária. Antes, segunda ela, já haviam tentando atendimento na UPA do Bacanga, mas também negado. Ainda não é possível saber quando ocorreu o descaso.
“Pessoal, é o seguinte: nós estamos aqui, na porta da UPA da Cidade Operária com paciente com suspeita de Covid. Nós já viemos, da UPA do Bacanga. Não receberam, não tinha vaga. E nós estamos também aqui, disseram que não tem vaga, porque não tem respirador, e estamos aqui aguardando, desde três e meia da manhã. O que que vai ser feito? Paciente dentro da ambulância, ninguém atende, ninguém quer receber. Pra onde nós vamos? Quem pode nos ajudar?”, pergunta, em tom de desespero.
A falta de vaga nas UPAs revela que já há colapso no sistema público de saúde na capital, conforme já se suspeitava quando o governador Flávio Dino (PCdoB), aparentemente, tentou especie de carta seguro nas redes sociais, com uma publicação em que informa, sem citar quais, que “importantes hospitais privados do Maranhão” haviam informado “que não tem mais capacidade de atender pacientes de coronavírus”.
Mais grave ainda: confronta a informação oficial divulgada pelo Governo do Maranhão nesta semana, sobre a aquisição de 107 respiradores da China.
Procurada pelo ATUAL7, a assessoria da SES (Secretaria de Estado da Saúde), responsável pelas UPAs, afirmou que enviaria nota com posicionamento sobre o ocorrido, o que até o momento não aconteceu.
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