MPF investiga suspeita de fraude em contratos emergenciais da gestão Edivaldo
Cotidiano

MPF investiga suspeita de fraude em contratos emergenciais da gestão Edivaldo

Inquérito foi instaurado em junho. Contratos ultrapassam R$ 3,4 milhões

O MPF (Ministério Público Federal) está investigando a gestão Edivaldo Holanda Júnior (PDT) por suspeita de fraude e outras irregularidades em contratos firmados pela Semus (Secretaria Municipal de Saúde) para enfrentamento ao novo coronavírus.

O inquérito foi instaurado pelo procurador da República Thiago Ferreira de Oliveira, em junho, fruto de representação do vereador Umbelino Júnior (PRTB). Os levantamentos contam com auxílio de auditores da CGU (Controladoria-Geral da União) e ferramentas de transparência do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão.

As contratações supostamente fraudadas foram celebradas em caráter emergencial, por isso sem licitação, com as empresas V L R Lima Comércio, para aquisição de 20 mil máscaras descartáveis; Pró-Saúde Distribuidora e Medicamentos, para aquisição de 100 mil unidades de avental impermeável; e S A Pinheiro Silva Comércio e Serviços, para aquisição de diversos insumos.

Somados, os contratos ultrapassam o custo de R$ 3,4 milhões aos cofres públicos.

A Precision Soluções em Diagnósticos e a C. J. Comércio Saneantes também foram listadas na representação do parlamentar. Segundo o MPF, porém, por haverem sido alvo da Polícia Federal na Operação Cobiça Fatal, foram desmembradas da apuração.

À época das contratações, a Semus ainda era comandada por Lula Fylho. Em meio aos desdobramentos da operação da PF, ele caiu do cargo. Na vaga, foi colocada por Edivaldo Júnior a enfermeira Natália Mandarino.

Ao ATUAL7, Lula Fylho garantiu que não houve irregularidade nas contratações. Ele não quis comentar a respeito das investigações.

“Nada a declarar. Nenhuma irregularidade. E todos os processos estão sendo auditados pela própria CGM”, declarou.

Procuradas, por e-mail, desde a semana passada, a Prefeitura de São Luís e as empresas VLR Lima Comércio, Pró-saúde Distribuidora de Medicamentos e S A Pinheiro Comércio e Serviços não retornaram o contato.



Comente esta reportagem