Dentre todas as áreas precárias do Maranhão, a saúde é a que mais deixa a desejar na gestão do atual governo. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Estado, que por um bom tempo receberam elogios por conta da estrutura, da administração e do bom atendimento, ultimamente só se envolvem em críticas e escândalos.
É o caso de uma denúncia feita ao Atual7, que dá conta de que dois pacientes diagnosticados com apendicite aguda perfurada e esteatose aguda, tiveram se der obrigados a esperar por até 18 horas na UPA do Vinhais para serem transferidos para o Hospital Dr. Carlos Macieira, onde fariam as cirurgias. O descaso ocorreu durante o início da noite dessa terça, 4, e tarde desta quarta-feira, 5.
Por todo o longo e doloroso tempo de espera, os pacientes foram recomendados a não comer e nem beber absolutamente nada, por conta da cirurgia que seria feita. Ambos fracos, sem água, alimentação e nem leito disponível, eles esperaram sem internação, pela transferência ao Carlos Macieira, sentindo fortes dores. A publicitária Fernanda Fantato, filha de um dos pacientes já idoso, de 72 anos, informou que o pai teve o quadro de saúde agravado por conta da longa espera.
“Quando chegamos à UPA a inflamação da apêndice estava baixa, tanto que foi necessário fazer uma tomografia para que os médicos pudessem descobrir o que ele tinha. Ele ficou a noite e a madrugada inteira sentindo dores sentado em uma cadeira de plástico, sem assistência nenhuma. Depois que o laudo saiu, a médica pediu novo exame de sangue, que resultou em um quadro da inflamação, que triplicou. Ela disse que ele teria que ser submetido a cirurgia com urgência e mesmo assim ele esperou 18 horas para ser transferido. Quando chegou para fazer a cirurgia, descobriram que a apêndice já tinha supurado”, disse a publicitária.
Fernanda contou ainda que os problemas de atendimento continuaram no Hospital Carlos Macieira. “A cirurgia terminou as 15h e as 20h30 ninguém sabia me informar sobre o estado de saúde do meu pai. Ele teve complicações cardíacas durante a cirurgia no Carlos Macieira, foi levado para UTI e ninguém me informou nada, mesmo com todos os meus contatos disponíveis”, denunciou.
Mais descasos
Essa não é a primeira reclamação que pacientes fazem das UPAs do estado.
Nesses sete meses em que o governador Flávio Dino (PCdoB) está no poder, médicos e enfermeiros já denunciaram a má qualidade das refeições oferecidas, pacientes já reclamaram da dificuldade que estão enfrentado para marcação de consultas na UPA da Cidade Operária, e vários casos já foram registrados sobre o descaso com pacientes que precisam ser transferidos e operados às pressas.
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