A deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA), integrante da CPI da Petrobras, é aliada de uma das 49 autoridades investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro, participação na quadrilha que fraudou contratos da estatal com empreiteiras e recebimento de propina do doleiro Alberto Youssef, o também deputado federal Waldir Maranhão (PP), vice-presidente da Câmara.
De acordo com Youssef, Maranhão fazia parte do grupo de menor expressão dentro do PP, que recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da “cota” da legenda no esquema de corrupção que atuava dentro da Petrobras.
Em fevereiro deste ano, a aliada de Waldir Maranhão na CPI da Petrobras foi uma das organizadoras de uma festa-recepção ao parlamentar nas dependências do Aeroporto Internacional Cunha Machado, em São Luís, durante sua primeira visita ao estado, após ter sido eleito para a vice-Presidência da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para o biênio 2015-2017.
A parceria entre a deputada que investiga os assaltos à Petrobras e o deputado acusado pelo Ministério Público Federal de assaltar a mesma Petrobras é antiga e tentou o comando do Palácio dos Leões, sede do Governo do Maranhão.
Em 2013, então pré-candidata ao governo estadual, a indicada pelo PPS para integrar a CPI que apura crimes de corrupção na petrolífera chegou a promover rodadas de encontros regionais em conjunto com Waldir Maranhão pelo interior do estado, com o objetivo de fortalecer a Via de Alternativa Popular, o VAP, projeto de poder que tinha como mote apresentar ao eleitor maranhense um discurso diferente da dicotomia Sarney x antisarney.
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