Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder prisão domiciliar a nove empreiteiros investigados na Operação Lava-Jato, a Justiça Federal autorizou eles a deixarem a prisão.
Entre os liderados está o dono da UTC/Constran, Ricardo Pessoa, que bancou parte da campanha vitoriosa do governador Flávio Dino, do PCdoB, ao comando do Palácio dos Leões. Ele foi um dos primeiros a deixar a carceragem da Polícia Federal, em direção à Justiça Federal, onde colocou tornozeleira eletrônica, e só depois foi autorizado a ir para casa, em São Paulo.
Segundo o advogado do empreiteiro que financiou o comunista, Alberto Toron, Pessoa chorou ao saber que seria solto.
- O Ricardo chorou muito e estava visivelmente emocionado, pois ele vai poder voltar para sua residência em São Paulo e ficar ao lado de sua família - disse Toron.
Outro preso importante para as investigações, o ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Leo Pinheiro, também deixou o Complexo Médico-Penal (CMP), na região metropolitana de Curitiba. A OAS também derramou litros de dinheiro - não há certeza de proveniente de corrupção na Petrobras - na campanha de Dino, sendo sua maior doadora.
Leo Pinho, porém, não chorou.
Além dos mecenas da "mudança" Pessoa, da UTC; e Leo Pinheiro, da OAS, foram soltos: Almada, da Engevix; Sérgio Cunha Mendes, diretor da Mendes Júnior; João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; Mateus Coutinho de Sá, diretor financeiro da OAS - o homem que fez o repasse financeiro para bancar a campanha do governador do Maranhão; Agenor Franklin Medeiros, diretor da OAS; José Ricardo Breghirolli, funcionário da OAS; José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS; e Erton Medeiros Fonseca (da Galvão Engenharia.
Todos são acusados pelo Ministério Público Federal de pagar propina a diretores da Petrobras e políticos para obter contratos da estatal.
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