Ungido a líder do governo na Assembleia Legislativa do Maranhão pelo próprio comunista Flávio Dino, o deputado neo-ex-sarneyzista Rogério Cafeteira (PSC) pode ter o mandato cassado por crime eleitoral.
Durante a sessão legislativa desta terça-feira (14), novamente demonstrado total despreparo para o embate, Cafeteira acabou confessando que doou o total de R$ 300 mil por debaixo dos panos para a campanha da ex-aliada, deputada Andrea Murad. A parlamentar nega.
A confissão de doação ilegal ocorreu no meio de uma discussão de suposto uso de helicópteros contratados pela Secretaria de Saúde do Estado, então comandada pelo ex-secretário Ricardo Murad, na campanha eleitoral da parlamentar.
Acusando o líder do governo de não conseguir defender o governador, a peemedebista questionou se Rogério Cafeteira, pela confissão de prática de crime eleitoral, teria promovido caixa 2 ou se atuava no ramo da agiotagem.
- Vossa Excelência se contradiz todo, se enrola. Diz que minha campanha é milionária, que a minha campanha é muito rica, que a minha campanha foi a mais cara da história e desceu da tribuna dizendo que me emprestou R$ 300 mil. Caixa 2 ou Vossa Excelência é agiota? - detonou.
Em resposta ao discurso da oposicionista, Cafeteira voltou a confessar a prática de crime eleitoral e ainda deu detalhes do ocorrido.
- A entrega do dinheiro, deputada, foi feita diretamente para uma pessoa ligada a senhora, que a senhora sabe quem é, e vou lhe dizer mais, foi feita agência do Banco Itaú Personnalité da Avenida dos Holandeses.
A confissão de crime eleitoral praticada pelo líder do governo, feita em plenário da Assembleia Legislativa, foi acompanhada pessoalmente pelo chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, e secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry, que aguardam o encerramento da sessão para a participação em uma solenidade de comemoração dos 40 anos do fim da Guerra do Vietnã.
Possível agressão
Durante a discussão, Cafeteira chegou a se aproximar da deputada Andrea Murad de forma agressiva, causando espanto e reação imediata do deputado Eduardo Braide (PMN), que o puxou para o lado com ajuda de outros parlamentares.
Ao subir a tribuna novamente, o líder do governador na Assembleia ainda ameaçou: "Veja bem, a deputada Andrea se colocar como vítima e na condição de mulher a gente ainda tem que ter uma preocupação maior de respondê-la. Porque se responde como ela merece que seja respondido, algumas pessoas acham que você é duro demais por ela ser mulher".
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