Rogério Cafeteira
Rogério Cafeteira, Catulé Júnior e seis deputados estaduais se filiam ao PP de Fufuca
Política

Partido caminha para formar a maior bancada da Alema em 2022. Progressistas apoia a reeleição de Carlos Brandão ao Palácio dos Leões

Próximos de deixar o primeiro escalão do Palácio dos Leões em busca de uma cadeira na Assembleia Legislativa do Maranhão, os secretários Rogério Cafeteira (Esportes) e Catulé Júnior (Turismo) se filiaram nessa segunda-feira (28) ao PP, partido comandado estado pelo deputado federal André Fufuca.

Também se filiaram ao partido os deputados Arnaldo Melo, Leonardo Sá, Socorro Waquim, Rildo Amaral, Helena Duailibe e Fábio Braga, e devem tentar a reeleição.

Até o fechamento da janela partidária, no 1º dia de abril, o Progressistas tende a formar a maior bancada da Alema em 2022.

Há pouco mais de uma semana, a legenda confirmou descarte à pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) ao governo do Estado, e oficializou apoio ao vice-governador Carlos Brandão (PSB), sucessor natural de Flávio Dino (PSB).

Com a renúncia de Dino ao cargo de mandatário no próximo dia 2, Brandão assumirá o Palácio dos Leões e tentará a reeleição.

Aliado a Weverton, DEM perderá quadros importantes no Maranhão por causa de 2022
Política

Rogério Cafeteira e Felipe Camarão pretendem acompanhar Flávio Dino, que ocupará a vaga ao Senado na chapa encabeçada por Carlos Brandão

Unha e carne com o senador Weverton Rocha (PDT) no Maranhão, o DEM perderá quadros importantes no estado, em razão do antagonismo do pedetista contra o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos), sucessor natural de Flávio Dino (PCdoB) ao Palácio dos Leões em 2022.

Embora tenha sugerido que possa disputar a Câmara dos Deputados para tentar salvar o PCdoB, Dino deve concorrer ao Senado, onde terá maior possibilidade de voltar a sonhar com a Presidência da República. Para isso, o governador terá de se desincompatibilizar do cargo em abril do próximo ano, abrindo o comando do Executivo estadual para Brandão, que disputará a reeleição e dará suporte à eleição do comunista.

Como Dino depende de Brandão para continuar na vida pública, e Weverton, mesmo na iminência de derrota, não pretende recuar da disputa pelo governo do Estado, já se articulam para deixar o DEM os secretários estaduais Felipe Camarão (Educação) e Rogério Cafeteira (Esporte e Lazer).

O ATUAL7 apurou que Cafeteira, que tentará voltar à Assembleia Legislativa, pode ir para o Republicanos, mesmo partido de Carlos Brandão, enquanto Camarão, que buscará um mandato na Câmara dos Deputados, aguardará a definição de Dino, que caminha para se filiar ao PSB –que tem perdido o interesse de fundir com o PCdoB.

Também tendem a deixar o DEM e buscar outro partido os deputados estaduais Antônio Pereira e Paulo Neto. Apenas Neto Evangelista deve seguir no partido, para acompanhar o padrinho Weverton Rocha.

O presidente do Democratas no Maranhão é o deputado federal Juscelino Filho.

“Não entendi por que me chamaram”, diz Cafeteira sobre ser testemunha na Donatário
Política

Secretário disse que não conhece ex-agente da PF acusado de vazar informação sobre investigações, mas que gostaria de prestar depoimento

O secretário estadual de Esporte e Lazer, Rogério Cafeteira, disse ao ATUAL7 que não compreendeu o motivo de haver sido colocado como testemunha numa ação penal resultante da Operação Donatário.

Como mostrou o ATUAL7 na semana passada, Cafeteira foi arrolado pela defesa pelo ex-agente da Polícia Federal (PF) Edvar Rodrigues dos Santos, que responde no processo por violação do sigilo funcional. O secretário garante que não conhece Edvar, mas que gostaria de prestar depoimento.

“Nunca vi na minha vida e não entendi ate hoje por que me chamaram para ser testemunha. [Mas] irei com o maior prazer”, declarou.

De acordo com os investigadores, o Edvar Santos teria vazado informações sigilosas sobre as investigações da operação – inclusive conteúdos de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal –, a lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) no estado.

A Donatário foi deflagrada pela PF em 2011, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes que desviava recursos destinados à construção de casas no Maranhão para beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Mais de R$ 3,5 milhões teriam sido desviados, segundo os federais, entre os anos de 2005 e 2011.

Rogério Cafeteira vai depor como testemunha na Operação Donatário
Política

Oitiva ocorre no bojo de ação penal contra um agente da Polícia Federal acusado de vazar informações para lideranças petistas no Maranhão

O secretário estadual de Esportes e Lazer, Rogério Cafeteira, deve depor neste mês como testemunha numa ação penal resultante da Operação Donatário, também conhecida como Capitanias Hereditárias. A oitiva está marcada para acontecer no próximo dia 21, a partir das 14 horas, na 1ª Vara Criminal de São Luís da Seção Judiciária do Maranhão no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2011, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes que desviava recursos destinados à construção de casas no Maranhão para beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Mais de R$ 3,5 milhões teriam sido desviados, entre os anos de 2005 e 2011.

Tramitando em sigilo desde 2014, a ação penal acusa o então agente da Polícia Federal Edvar Rodrigues dos Santos de violação do sigilo funcional. Cafeteira, no caso, segundo apurou o ATUAL7, foi arrolado pela defesa de Edvar Santos. No depoimento, ele deve responder, dentre outras coisas, se foi ou não beneficiado com suposta retirada de seu nome de uma ação da PF relacionada à Donatário.

De acordo com o inquérito policial que apurou o caso, Edvan Santos teria vazado informações sigilosas sobre as investigações da Donatário – inclusive conteúdos de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal –, a lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) no estado.

No período alvo das investigações da PF, o Incra teve como superintendente regional os petistas José Inácio Sodré Rodrigues, o Zé Inácio, hoje deputado estadual reeleito; e o ex-presidente estadual do PT no Maranhão, Raimundo Monteiro. Ambos teriam sido beneficiados com os vazamentos.

Além destes, segundo a Polícia Federal, também teria sido beneficiado com os vazamentos João Batista da Cruz Rios, o Joãozinho do PT, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias.

Todos foram alvo das investigações e de busca e apreensão pela Operação Donatário.

Seguidores de Dino criticam escolha de Cafeteira para Sedel
Política

Eles questionam critério adotado pelo governador e apontam falta de capacidade técnica do ex-deputado estadual para o cargo

Seguidores do governador Flávio Dino (PCdoB) no Facebook criticaram a unção do ex-deputado estadual Rogério Cafeteira (DEM) para o comando da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Sedel) na segunda gestão do comunista.

A escolha foi anunciada por Dino nessa terça-feira 12, inicialmente pelo Twitter. No anúncio, ele justificou que o democrata é economista e empresário, e que “fez um grande trabalho como líder do governo na Assembleia”.

Para os seguidores, Cafeteira não tem capacidade técnica para exercer o cargo. Eles questionam o critério adotado pelo governador para a escolha.

“Parece uma indicação política, que experiência ele tem com esportes?”, questionou o seguidor Bruno Alves.

Outro, ironizou: “Jogava bola no FDS. Tem capacidade técnica. O cinismo impera para explicar estas indicações”, disse o seguidor Mailson Barata.

“Fraquíssimo para ser secretário de alguma coisa… principalmente de esportes. Parecendo que é aquela indicação forçada pra fazer as médias com a direita… enfim. A gente te elogia demais quando você acerta, que é quase sempre por sinal… mas essa aí foi terrível”, ressaltou o seguidor Victor Teixeira.

Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentária (LOA) 2019, Cafeteira vai comandar ou terá influência em um orçamento de pouco mais de R$ 46 milhões.

Durante sua primeira gestão no Palácio dos Leões, Flávio Dino colocou no comando da Sedel o petista Márcio Jardim e o indicado pelo deputado federal André Fufuca (PP), Hewerton Pereira, o Passarinho.

Dino anuncia Rogério Cafeteira como novo secretário de Esportes
Política

Ele substitui Hewerton Pereira, que estava no posto desde 2017 por indicação do PP. Orçamento da Sedel para 2019 é de mais R$ 46 milhões

O governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou, nesta terça-feira 12, o ex-deputado estadual Rogério Cafeteira (DEM) como o novo secretário estadual de Esporte e Lazer.

Seguindo a tradição iniciada na primeiro gestão, o anúncio foi feito por Dino pelo Twitter.

Líder do governo na Assembleia Legislativa na legislatura passada, Cafeteira não conseguiu se reeleger nas eleições de outubro último. Teve o nome especulado, desde então, parar assumir a Secretaria de Estado da Comunicação Social e Assuntos Políticos (Secap), mas acabou perdendo o posto virtual para Rodrigo Lago, confirmado ontem como novo titular da pasta.

Ele assume a Sedel no lugar de Hewerton Pereira, que estava no posto desde outubro de 2017, por indicação do PP do deputado federal André Fufuca.

O orçamento da pasta para este ano, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentária (LOA) 2019 aprovada com o voto do próprio Cafeteira em 2018, é de pouco mais de R$ 46 milhões.

Cafeteira usa derrota nas urnas para abafar críticas a Dino e mostra despreparo
Política

Sem conhecimento sobre o assunto, líder do governo tentou dar tom eleitoral às avaliações negativas sobre a portaria da SES que reduziu o teto de despesas na saúde

O líder do governo de Flávio Dino (PCdoB) na Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Rogério Cafeteira (DEM), mostrou despreparo para a função ao rebater, na sessão dessa segunda-feira 5, críticas feitas pelos deputados Wellington do Curso (PSDB) e Adriano Sarney (PV) à portaria baixada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) que reduz o teto das despesas da pasta com a prestação dos serviços assistências da rede estadual pública do setor.

Publicada no final de outubro último, a medida já está em vigor deste a quinta-feira 1.º, e estabelece o teto de R$ 77.500,00 para a capital e 88.350,00 para o interior, por plantão de 24 horas, para especialidades de ginecologia/obstetrícia, cirurgia geral, clínica médica, anestesiologia, pediatria e ortopedia ficou fixado, para os meses de 31 dias; e de R$ 75.000,00 para a capital e R$ 85.500,00 para o interior, para os meses de 30 dias, para as mesmas especialidades. Em relação a fevereiro, o teto será calculado de forma proporcional ao número de dias de serviços prestados. Já as demais especialidades médicas deverão apresentar redução linear de, no mínimo, 10% sobre os valores até então pactuados.

Sem conhecimento sobre o assunto, Cafeteira tentou mostrar serviço ao governo — sem mandato a partir de janeiro de 2019, ele tenta cavar a unção para uma pasta —, e saiu em defesa do Palácio dos Leões. Em vez de dados técnicos, que pudessem apontar para algum equívoco dos parlamentares oposicionistas, o líder do governo culpou o governo Michel Temer pela redução do teto feita por Dino e deu um tom eleitoral sobre as avaliações negativas à gestão comunista. Para isso, usou a própria derrota nas eleições de outubro, quando foi humilhado nas urnas e teve menos votos dos que nos pleitos anteriores, não conseguindo se reeleger.

“Me causa estranheza alguns deputados mais afoitos chegarem aqui e questionarem, como se houvesse diminuição de salários. Todos sabem que a Emenda 95 restringiu gastos com saúde em todo o Brasil e os grupos que votaram a favor da referida PEC são os mesmos que chegam aqui chamando de golpistas quem venceu democraticamente as eleições, fazendo defesa de presidente eleito, que agora mesmo denunciou que o ex-ministro do Meio Ambiente, o deputado federal Sarney Filho, tinha vendido a Amazônia para organizações internacionais”, disse.

Ainda tentando abafar as críticas ao governo, Cafeteira continuou mudando o foco da discussão usando o vexame que passou nas urnas. “Eu perdi e fiz a minha mea culpa. Todos os que perderam deveriam fazer o mesmo. Muitos não aprendem e têm mania de querer botar suas derrotas, seus insucessos na conta dos outros. Isso é um erro, porque devemos encarar as nossas derrotas de frente”, declarou.

Apesar do líder do governo haver tratado o assunto com tom eleitoral, além dos deputados oposicionistas, diversos médicos que prestam serviços à rede estadual pública de saúde também têm criticado o governador Flávio Dino e o titular da SES, o advogado Carlos Eduardo Lula.

Por meio das redes sociais, o ex-presidente e fundador da Associação dos médicos do Socorrão I e II (AMESS), Érico Cantanhede, reprovou a portaria publicada pela SES. Para ele, além da própria classe médica, a população também deve ser atingida pela medida. “Certamente irá causar prejuízos financeiros para esses profissionais que se deslocam pelas estradas desse estado já tão mal conservadas, sem sinalização, correndo inclusive risco de acidentes e mortes e com o preço do combustível cada vez mais caro, e onde a principal vítima dessa medida será certamente a população que pode inclusive perder alguns serviços que poderão não se manter devido a esse posicionamento da SES”, lamentou.

Até mesmo o coordenador adjunto da Residência Médica de Psiquiatria do Hospital Nina Rodrigues, Hamilton Raposo, entusiasta do governo comunista, mostrou-se contra a portaria da SES. “Estou do seu lado”, disse ele a Érico Cantanhede, sendo elogiado por agir com coerência diante da situação experimentada pela classe, que há cinco anos não tem reajustado os valores dos plantões.

Maranhão faz com Levi Pontes o que Conselho de Ética da AL-MA não fez
Política

Comunista teve menos votos do em 2014 e não conseguiu se reeleger. Ele teve um caso arquivado pelos colegas parlamentares do colegiado e o outro sequer já foi analisado

A população eleitora do Maranhão fez com o deputado estadual Levi Pontes (PCdoB) o que seus colegas governistas no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa não fizeram: colocou o comunista para fora do Palácio Manuel Beckman.

De acordo com o resultado final da votação do pleito deste ano, Levi teve apenas 16.646 votos e por isso não conseguiu se reeleger. Foram 2.957 votos a menos do que em 2014, quando se tornou deputado pelo Solidariedade.

No ano passado, o deputado do PCdoB foi alvo de uma representação no Conselho de Ética da Casa, que pedia a cassação de seu mandato, após haver ele próprio divulgado num grupo de WhatsApp um áudio em que dá orientações sobre uma “cota” de peixes — de uma compra feita pela Prefeitura Municipal de Chapadinha, no período da Semana Santa, para distribuição para a população local — que deveria ser entregue para lideranças dele, de outras cidades de sua base eleitoral.

A representação, porém, acabou sendo arquivada pelo Conselho de Ética, sob a alegação de ausência de provas robustas e de que o áudio gravado e divulgado pelo próprio parlamentar seria clandestino.

Em março de 2018, Levi Pontes voltou a ser acionado no colegiado, após ser novamente flagrado em áudio, desta vez negociando a estrutura da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em troca de votos, exatamente para as eleições ocorridas no último domingo 7, quando saiu derrotado.

O caso, porém, passados já cinco meses da definição da subcomissão de investigação, sequer foi analisado pela Comissão de Ética da Assembleia Legislativa maranhense.

Mais dois fora

O deputado Cabo Campos (PATRIOTAS), alvo do embrandecido pedido de afastamento de suas funções por apenas dois meses após ser acusado pela própria mulher de violência doméstica, também recebeu dos eleitores maranhenses o tratamento que o Conselho de Ética não lhe deu. Com apenas 8.714 votos, ele não teve votação suficiente para conseguir permanecer na Casa.

O próprio presidente do Conselho, inclusive, o líder do governo Rogério Cafeteira (PSB), também encolheu em votos e não se reelegeu.

A partir de 1.º de janeiro de 2019, salvo se conseguirem algum emprego na Casa do Povo, todos eles estarão fora da Assembleia Legislativa do Maranhão.

Líder do governo, Cafeteira tem votação vergonhosa e não consegue reeleição
Política

Deputado teve menos votos do que nas eleições de 2010 e 2014, quando ainda fazia parte do grupo Sarney

O deputado estadual Rogério Cafeteira (DEM), líder do governo Flávio Dino desde a chegada do comunista ao Palácio dos Leões, não conseguiu se reeleger.

Apesar do desgaste provocado com antigos aliados após submissão canina a Dino nos últimos três anos e nove meses, ele saiu das urnas com vergonhosos 18.754 votos, ficando atrás até de quem tentava uma vaga na Assembleia Legislativa do Maranhão pela primeira vez.

Rebento do grupo Sarney, onde foi nascido e criado, a partir de 1.º de janeiro de 2019, Cafeteira estará fora do Palácio Manuel Beckman pela primeira vez desde as eleições de 2010, quando foi eleito com ajuda da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Quando ainda sarneysta, inclusive, ele teve uma quantidade maior de votos do que no pleito deste ano.

Em 2010, então pelo PMN, foram 29.244 votos; e em 2014, quando fez campanha e pediu votos para Edison Lobão Filho (MDB), disputando pelo PSC, conquistou 37.229 votos. Com os apenas 18.754 votos em 2018, para conseguir assumir como suplente no exercício do mandato, é necessário que outros 11 candidatos assumam primeiro que ele.

Com a reeleição de Flávio Dino, a esperança de Rogério Cafeteira agora é ser chamado para, pelo menos, ocupar algum cargo nos Leões. Se nem isso conseguir, pode ser o fim de mais um longevo sobrenome na política do Maranhão.

Justiça pode usar força policial para obrigar Maranhãozinho a depor em ação penal
Política

Deputado tem evitado comparecer em oitivas em que figura como testemunha de acusação do MPF contra o delegado da Polícia Federal Pedro Meireles e o agiota Gláucio Alencar

A Seção Judiciária Federal do Maranhão pode determinar o uso de força policial para obrigar o deputado estadual Josimar de Maranhãozinho (PR) a depor numa ação penal que tem como réus o delegado da Polícia Federal Pedro Meireles, o agiota Gláucio Alencar e o advogados Ronaldo Ribeiro e Adaiah Rodrigues Neto.

O alerta foi dado pelo juiz federal Pedro Alves Dimas Júnior, substituto da 2ª Vara Criminal, em expediente assinado no último dia 3, após Maranhãozinho, apesar do compromisso assumido pela defesa do parlamentar, voltar a se ausentar de oitiva em que figura como testemunha de acusação, arrolada pelo Ministério Público Federal (MPF).

Para resolver o impasse, o magistrado determinou a intimação pessoal do deputado, para que compareça à audiência designada para o próximo dia 5, às 9 horas e 30 minutos, no prédio sede da Justiça Federal do Maranhão. Em caso de nova ausência injustificável, além de determinar a condução coercitiva do parlamentar, Pedro Dimas Júnior poderá ainda aplicar multa e pagamentos da eventual diligência a Josimar de Maranhãozinho. “Advirto que o não comparecimento da testemunha sem qualquer justificativa poderá implicar na aplicação do disposto nos artigos 218 e 219 do CPP”, despachou.

Além do deputado do PR, também foi arrolado como testemunha de acusação pelo MPF, e pela própria defesa, o líder do governo Flávio Dino na Assembleia Legislativa, Rogério Cafeteira (PSB). Ele já foi ouvido no bojo do processo, após ter deferido pedido para que o depoimento fosse prestado sem a presença de três dos quatro acusados.

A ação penal é resultante de um inquérito policial federal que apurou e desbaratou um esquema de corrupção e achaques a prefeitos e agiotas no Maranhão.

 

Cafeteira designa hoje subcomissão para representações contra Levi e Campos
Política

Comissão de Ética começará a analisar se deputados do PCdoB e PEN cometeram quebra de decoro parlamentar. Casos são de corrupção e de violência doméstica

O presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Rogério Cafeteira (PSB), deve reunir o colegiado, nesta quarta-feira 25, para designar a subcomissão de inquérito destinada a apurar as representações que pedem a cassação dos mandatos dos deputados Levi Campos (PCdoB) e Cabo Campos (PEN), por quebra de decoro parlamentar.

Cafeteira é líder do governo Flávio Dino na Casa. Os próprios Levi e Campos também fazem parte da base governista no Palácio Manuel Beckman.

Levi Pontes

Em março, Levi Pontes foi novamente flagrado em áudio utilizando a estrutura pública do Palácio dos Leões, em troca de votos no município de Chapadinha, onde mantém feudo eleitoral. Em 2016, ele já havia sido flagrado negociando pescado adquirido com recursos públicos da prefeitura de Chapadinha, também em troca de votos. Os peixes seriam distribuídos para pessoas carentes na cidade durante a Semana Santa, mas Levi queria direcionar o produto para outras cidades onde também faz política. Apesar da gravidade, o caso acabou arquivado pela Comissão de Ética, sob a alegação de que o áudio, embora gravado e enviado num grupo de WhatsApp pelo próprio Levi, era clandestino.

Na nova gravação, ele explica que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Chapadinha é de responsabilidade do município, mas o governo Dino teria assumido o compromisso de mantê-la até o fim do mês de março, quando a SES pretende entregar o Hospital Macrorregional da cidade. Num dos trechos, ele revela que estaria chantageando o prefeito da cidade, Magno Bacelar (PV).

“Me pediu [Magno Bacelar] para manter e para melhorar a prefeitura pelo menos um pouco, mais um ano. Resposta minha: ‘depende, prefeito. Se o senhor me tratar bem eu posso conseguir’. Porque do jeito que eu consegui para botar para funcionar, eu consigo que o governador devolva o que é dele”, disse.

Em outro trecho, Levi Pontes  direciona ofensas à figura do próprio governador Flávio Dino, afirmando que tem ajudado o chefe do Palácio dos Leões, e que por isso, também exigiria ser ajudado.

“Botar retrato de macho dentro de casa… Até no meu quarto de dormir eu tirei o da mulher e botei o dele [Flávio Dino]. Não é possível que esse filho da puta [sic] não me ajude […] Mão lavada, lava a outra. Se eu estou ajudando ele, então ele tem que me ajudar. Não tem comida de graça”, completou.

A representação contra Levi Campos foi movida pela deputada Andréa Murad (PRP).

Cabo Campos

Já contra o deputado do DEM, a acusação é de violência doméstica.

Em fevereiro desde ano, Cabo Campos foi acusado pela própria mulher, Maria José Campos, de agressão verbal e física. Em boletim registrado na Delegacia Especial da Mulher (DEM), ela relatou que, após uma discussão, foi atingida com golpes na cabeça e na boca, na presença de dois filhos. Ainda segundo a vítima, ultimamente ela vinha sendo agredida verbalmente e constrangida pelo marido. Numa foto que circula nas redes sociais, ela aparece hospitalizada, com hematomas, parte do lábio inferior ferido e utilizando um colar cervical.

Apesar do caso não ter qualquer relação com a função parlamentar, o processo contra Campos tramita no Tribunal de Justiça do Maranhão, por alegação do deputado possuir prerrogativa de foro. Como medida protetiva à Maria José, o desembargador-relator José Luiz Almeida, inclusive, determinou o afastamento do deputado da residência do casal, e deferiu outras três medidas protetivas em favor da esposa agredida, dentre elas a proibição de o parlamentar chegar a menos de 200 metros dela ou tentar qualquer tipo de comunicação.

“A vítima informou que ultimamente tem sofrido agressões verbais e constrangimento moral de seu esposo e que durante uma discussão entre o casal foi agredida de forma violenta e inesperada, tendo o agressor desferido golpes em sua cabeça e boca, lesionando-a, e que os fatos ocorreram na presença de seus dois filhos”, relatou o magistrado em sua decisão.

A presentação contra Cabo Campos foi movida pelo Fórum das Mulheres, com o auxílio da Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa do Maranhão, que tem como presidente a deputada Valéria Macedo (PDT).

Mesa decide mandar representação contra Cabo Campos ao Conselho de Ética
Política

Deputado foi denunciado pela própria mulher por violência doméstica. Em discurso sobre o caso, ele insinuou que ela estaria desequilibrada e pediu aos colegas que não o julguem

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão decidiu que encaminhará ao Conselho de Ética da Casa, nesta segunda-feira 16, pedido protocolado pela Procuradoria da Mulher do Legislativo contra o deputado Cabo Campos (DEM), por violência doméstica. O pedido, feito há quase 40 dias, é de apenas pelo afastamento do parlamentar, pelo período de dois meses. Todavia, segundo o ATUAL7 apurou, caberá à Comissão analisar o caso e modular a punição, inclusive emitindo parecer pela cassação do mandato do democrata.

Cambos é acusado pela própria mulher, Maria José Campos, de agressão verbal e física. Em boletim registrado na Delegacia Especial da Mulher (DEM), no dia 4 de fevereiro deste ano, ela relatou que, após uma discussão, foi atingida com golpes na cabeça e na boca, na presença de dois filhos. Ainda segundo a vítima, ultimamente ela vinha sendo agredida verbalmente e constrangida pelo marido. Numa foto que circula nas redes sociais, ela aparece hospitalizada, com hematomas, parte do lábio inferior ferido e utilizando um colar cervical.

Em discurso na tribuna do Palácio Manuel Beckman, após passar cerca de uma semana sem comparecer às sessões desde a revelação da suposta agressão, Campos chorou e defendeu-se das acusações da esposa, insinuando que ela estaria desequilibrada emocionalmente, por conta da orientação sexual da filha do casal. Ainda durante do discurso, Cabo Campos sugeriu que apenas reagiu as agressões que sofreu por parte de sua companheira. Ele pediu perdão aos colegas de Parlamento e que eles não o julgem.

“Eu quero pedir para meus irmãos parlamentares: eu já fui julgado pela mídia, eu já fui julgado pelas pessoas que estão acima da decência e vou ver julgado pelos tribunais. Por favor, também não me julguem”, pediu.

Apesar do caso não ter qualquer relação com a função parlamentar de Cambos Campos, o processo tramita no Tribunal de Justiça do Maranhão, por alegação do deputado possuir prerrogativa de foro. Como medida protetiva à Maria José, o desembargador-relator José Luiz Almeida determinou o afastamento do deputado da residência do casal, e deferiu outras três medidas protetivas em favor da esposa agredida, dentre elas a proibição de o parlamentar chegar a menos de 200 metros dela ou tentar qualquer tipo de comunicação.

“A vítima informou que ultimamente tem sofrido agressões verbais e constrangimento moral de seu esposo e que durante uma discussão entre o casal foi agredida de forma violenta e inesperada, tendo o agressor desferido golpes em sua cabeça e boca, lesionando-a, e que os fatos ocorreram na presença de seus dois filhos”, relatou o magistrado em sua decisão.

Deputados divergem sobre veracidade da acusação contra Campos

Procurada pelo ATUAL7, a deputada Valéria Macedo, que responde pela Procuradoria da Mulher na Casa, afirmou não ter dúvidas de que Cabo Campos agrediu a própria esposa. Ela alertou que a comprovação do crime foi confirmada pelo laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML).

“A Procuradoria da Mulher continua convencida da extrema necessidade da Comissão de Ética dar seguimento ao processo. Da parte da Procuradoria da Mulher, continuaremos a cobrar uma posição da Assembleia, especialmente agora que a materialidade do crime está comprovada pelo exame de corpo de delito. A autoria do crime, segundo a Procuradoria da Mulher, não tem dúvida de que as agressões que provocaram as lesões tem como autor o referido parlamentar”, disse.

Por outro lado, o presidente do Conselho de Ética da Assembleia, deputado Rogério Cafeteira (DEM), que é líder do governo, disse ao ATUAL7 que pretende ouvir primeiro o deputado e a vítima, para somente então ter certeza de que houve ou não a violência doméstica.

“Encaminharei regimentalmente a denúncia, dentro dos prazos legais e dando o direito ao envolvidos serem ouvidos. Aí, depois disso, darei meu voto. Se for confirmado a agressão votarei sim [pela cassação do mandato de Campos], caso contrário não”, declarou Cafeteira.

Indignação seletiva

Na semana passada, diferente do posicionamento de proteção adotado em relação ao colega governista, Rogério Cafeteira usou as redes sociais para mostrar indignação e combate à violência contra as mulheres, num caso envolvendo o professor de Geografia Hilton Franco e a pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB e deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela d'Ávila.

Embora o docente seja lotado nas secretarias estadual e municipal de Educação, o líder do governo compartilhou um meme contra Franco, em que tenta fazer uma ligação do caso com o deputado Wellington do Curso (PSDB), que faz oposição ao governo comunista, inclusive com o encaminhamento de denúncias à Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF), por conta do professor de Geografia lecionar também num cursinho preparativo pertencente ao tucano.

Recepção de família Macedo à Roseana aponta para rompimento com Dino
Política

Deoclides e Valéria teriam dado aval para a reunião. Deputados do PDT estão insatisfeitos com crescimento de Rogério Cafeteira e Ildon Marques, com ajuda dos Leões, na região

No município de Porto Franco, um dos trajetos da primeira Caravana da Guerreira, a recepção organizada pela família Macedo à ex-governadora e pré-candidata ao Palácio dos Leões, Roseana Sarney (MDB), aponta para o rompimento dos deputados Deoclides Macedo (federal) e Valéria Macedo (estadual) com o governador Flávio Dino (PCdoB). Ou que ambos não conseguem sequer o voto da própria família para o comunista.

Apesar das imagens divulgadas em redes sociais mostrarem apenas Dona Maria de Jesus, Jano e Marcelo Macedo, respectivamente, pais e irmão dos deputados, o encontro teria tido o aval dos parlamentares do PDT, que estão insatisfeitos com Dino.

Segundo apurou o ATUAL7, o descontentamento dos Macedo se dá, principalmente, por dois grandes motivos:

1. O crescimento do deputado estadual Rogério Cafeteira (DEM) na região. Líder do governo na Assembleia Legislativa e postulante à reeleição, ele tem levado diversos serviços e obras dos Leões e por meio da liberação de emendas para os municípios do sul do Maranhão, e com isso pode enterrar Valéria;

2. A perda de território e eleitores para o ex-prefeito de Imperatriz, Ildon Marques (PSB), que disputará para a Câmara Federal em outubro com a ajuda dos Leões, podendo enterrar Deoclides.

Além disso, os irmãos-deputados também não estão satisfeitos com a confiança e diálogo estabelecido por Cafeteira com o atual prefeito de Porto Franco, Nelson Horário (PSD), e Estreito, Cicin Moraes (MDB), de quem são desafetos.

Como são filiados ao partido do deputado federal Weverton Rocha, primeiro pré-candidato ao Senado na chapa dos Leões, Deoclides e Valéria devem ser chamados para esclarecer a reunião da família Macedo com Roseana — que contou ainda com o senador Edison Lobão (MDB), complicando ainda mais a situação de ambos.

Atenta a chamada, Valéria Macedo já estaria, inclusive, se preparando para deixar a legenda.

Cafeteira, Camarão, Evangelista e Luis Fernando fecham filiação ao DEM
Política

Ato está agendado para acontecer no próximo dia 8. Entradas fazem parte da guerra travada entre Juscelino Filho e Zé Reinaldo pelo comando do partido no Maranhão

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (PSB); os secretários estaduais de Educação, Felipe Camarão, e de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista (PSDB); e o prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), fecharam questão com o presidente provisório do Democratas no Maranhão, deputado Juscelino Filho, e devem se filiar ao DEM.

O ato está agendado para acontecer na próxima quinta-feira 8, durante a convenção nacional do partido e posse do novo presidente da sigla, o prefeito de Salvador, ACM Neto. Há rumores de que a deputada federal Eliziane Gama (PPS) e a ex-secretária municipal de Saúde Helena Duailibe (MDB) também se filiarão ao partido, na mesma data.

As novas filiações, em parte, representam a disputa que travam Juscelino e o deputado federal José Reinaldo Tavares pelo comando do DEM no Maranhão para as eleições de 2018.

Patrono do governador Flávio Dino (PCdoB) na política e forte pré-candidato ao Senado Federal, Tavares se afastou do afilhado há pouco mais de uma semana, após ser ignorado pelo comunista e atacado pelo entorno do Palácio dos Leões durante os quatro anos de governo.

Com as novas filiações, Juscelino Filho pretende mostrar força e manter-se no comando da legenda, atualmente atrelada a Dino. Já Zé Reinaldo, apalavrado para entrar no DEM no próximo dia 10, pretende levar o partido para uma possível formação de chapa majoritária com o deputado Eduardo Braide (PMN).

TJ-MA remarca julgamento de denúncias contra Cutrim e Cafeteira para o dia 31
Política

Relatores já apresentaram voto pela continuidade das investigações. Processos já entraram na pauta do Pleno por várias vezes

O Pleno do Tribunal de Justiça do Maranhão remarcou, para o próximo dia 31, o julgamento de aceitação ou não de denúncia contra os deputados Raimundo Cutrim (PCdoB) e Rogério Cafeteira (PSB).

Ambos são alvo de Procedimento Investigatório Criminal (PIC), do Ministério Público estadual. O primeiro foi denunciado ainda em 2016. O segundo no ano passado.

Raimundo Cutrim

Conforme já revelado pelo ATUAL7, a denúncia contra Cutrim tem relação com suposto crime contra a Lei de Licitação e Contratos, à época em que ele comandava a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).

Também aparece como denunciado no processo o ex-Supervisor de Obras e Reformas da SSP-MA, Luís Carlos Barros Ribeiro.

Já houve vários adiamentos do caso, por ausência justificada do desembargador-relator, Ricardo Duailibe; comemoração aos 204 anos do TJ-MA; ausência de quórum qualificado; e, mais recentemente, por pedido de vista compartilhado pelos desembargadores Froz Sobrinho, José Jorge Figueiredo e Jaime Ferreira, após voto de Duailibe pelo recebimento da denúncia, contra o voto da juíza Oriana Gomes, convocada para substituir o desembargador Tyrone Silva.

Acompanharam o voto divergente de Oriana os desembargadores Luiz Gonzaga Almeida, Vicente de Paula, José Bernardo Rodrigues, Cleones Cunha, Cleonice Freire e Jamil Gedeon. Acompanharam o desembargador-relator pelo recebimento da denúncia os desembargadores Raimundo Barros e José Luis de Almeida. Absteve-se de votar o juiz de Direito Jairon Ferreira de Moraes, convocado em substituição ao desembargador Josemar Lopes. O desembargador Jorge Rachid se deu por impedido.

O deputado Raimundo Cutrim já apresentou defesa, no bojo do processo, e negou haver cometido qualquer ilícito. Ribeiro não se defendeu e teve nomeado um defensor dativo, que pediu a rejeição da denúncia.

Rogério Cafeteira

Já contra Cafeteira, que é líder do governo Flávio Dino na Assembleia Legislativa do Maranhão, não há confirmação, mas a denúncia pode estar relacionada a um suposto caso de racismo.

Em novembro último, o processo entrou na pauta, recebendo os votos do desembargador-relator Antônio Guerreiro Júnior, acompanhado pelos desembargadores Jorge Rachid e Raimundo Melo, pelo parecer da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), que entendeu ser desnecessária a autorização do Judiciário para instauração de inquérito policial contra o parlamentar.

Um pedido de vistas do desembargador Tyrone Silva, porém, acabou adiando o julgamento, que chegou a ser remarcado outras vezes, mas não ocorreu em razão do magistrado haver solicitado novo adiamento para apresentação do voto-vista; de ausência de quórum; e por gozo férias de Tyrone.

Procurado pelo ATUAL7, ainda antes do Pleno remarcar a nova data de julgamento do recebimento ou não da denúncia, Cafeteira demonstrou irritação e não quis comentar sobre o assunto.

Governistas barram moção de aplausos à PF pela Operação Pegadores
Política

Deputados anilhados ao Palácio dos Leões seguiram as diretrizes dos líderes Rogério Cafeteira e Rafael Leitoa

Parlamentares anilhados ao Palácio dos Leões barraram, nesta quinta-feira 30, uma moção de aplausos proposta pelo deputado estadual Wellington do Curso(PP) à superintendente da Polícia Federal do Maranhão, delegada Cassandra Parazi, pela condução dos trabalhos da Operação Pegadores.

Deflagrada há cerca de duas semanas, a operação, considerada a 5ª fase da Sermão aos Peixes, pilhou o governo Flávio Dino, do PCdoB, em desvios de mais de R$ 18 milhões do Fundo Nacional de Saúde (FNS). O dinheiro, segundo a força-tarefa, escoou por meio de uma empresa que era uma sorveteria, funcionários fantasmas, empresas de fachada e serviu até mesmo para bancar namoradas, esposas e amantes de agentes públicos integrantes da organização criminosa.

Para barrar a moção, o governo contou inicialmente com uma manobrada nos deputados Zé Inácio (PT) e Levi Pontes (PCdoB), no início desta semana, que impediram a leitura do requerimento na Ordem do Dia.

Já na sessão de mais cedo, os serviços ficaram por conta dos deputados Rogério Cafeteira (PSB), que é líder do governo na Casa, e Rafael Leitoa (PDT), líder do maior bloco parlamentar da Assembleia, o chamado Blocão. Ambos conduziram o rebanho governista a rejeitar a moção de aplausos propostas por Wellington à delegada da PF.

Cafeteira, inclusive, durante um discurso inflamado, chegou até mesmo ao ponto de quase inocentar o ex-secretário de Saúde do Maranhão e cunhado da ex-governadora Roseana Sarney, Ricardo Murad.

Agora, para o líder de Flávio Dino no Poder Legislativo estadual, Murad, que foi o principal alvo da PF na primeira etapa da Sermão aos Peixes, foi vítima de “espetacularização” e “exploração midiática excessiva”. Ele disse ainda que torce para que o cunhado de Roseana possa “esclarecer os fatos” que, por pouco, quase o levaram para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

PGJ opina pela instauração de inquérito policial contra Rogério Cafeteira
Política

Parlamentar diz que caso tem relação com confusão por estacionamento na porta de uma escola

A Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) opinou pela instauração de um inquérito policial contra o líder do governo na Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Rogério Cafeteira (PSB).

Segundo o próprio parlamentar, o caso tem relação com uma confusão ocorrida na porta de uma escola privada na capital, em abril deste ano, por conta de uma vaga. Sobre as acusações de agressão física e racismo, Cafeteira não quis entrar em detalhes.

A manifestação da PGR foi assinada pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Francisco das Chagas Barros de Sousa, no mês passado. Ele atendeu a pedido do desembargador Antônio Guerreiro Júnior, relator do processo criminal, que abriu vistas ao órgão em razão do foro de Cafeteira.

No parecer, o Parquet informa achar desnecessária a autorização para que Rogério Cafeteira seja investigado pelos fatos noticiados nos autos, mas ressaltou que, diante dos indícios que pesam contra o parlamentar, opina pela autorização do Judiciário para a abertura do inquérito contra o deputado.

“Diante do exposto, o Ministério Público entende desnecessária a autorização para dar início às investigações a respeito da noticiada conduta atribuída ao Deputado Estadual ROGÉRIO RODRIGUES LIMA, conhecido como Rogério Cafeteira, nos termos do registro de ocorrência policial de fls. 05/06. No entanto, alternativamente, caso não seja esse o entendimento dessa Corte, manifesta-se pela autorização de instauração de Inquérito Policial contra aquele Deputado Estadual, tendo em vista a existência de elementos suficientes que indicam a prática, em tese, do crime objeto do registro de ocorrência policial e das declarações já colhidas, sendo caso de apuração para melhor esclarecimento de tais fatos”, diz trecho da manifestação da PGJ.