Maranhão faz com Levi Pontes o que Conselho de Ética da AL-MA não fez
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Maranhão faz com Levi Pontes o que Conselho de Ética da AL-MA não fez

Comunista teve menos votos do em 2014 e não conseguiu se reeleger. Ele teve um caso arquivado pelos colegas parlamentares do colegiado e o outro sequer já foi analisado

A população eleitora do Maranhão fez com o deputado estadual Levi Pontes (PCdoB) o que seus colegas governistas no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa não fizeram: colocou o comunista para fora do Palácio Manuel Beckman.

De acordo com o resultado final da votação do pleito deste ano, Levi teve apenas 16.646 votos e por isso não conseguiu se reeleger. Foram 2.957 votos a menos do que em 2014, quando se tornou deputado pelo Solidariedade.

No ano passado, o deputado do PCdoB foi alvo de uma representação no Conselho de Ética da Casa, que pedia a cassação de seu mandato, após haver ele próprio divulgado num grupo de WhatsApp um áudio em que dá orientações sobre uma “cota” de peixes — de uma compra feita pela Prefeitura Municipal de Chapadinha, no período da Semana Santa, para distribuição para a população local — que deveria ser entregue para lideranças dele, de outras cidades de sua base eleitoral.

A representação, porém, acabou sendo arquivada pelo Conselho de Ética, sob a alegação de ausência de provas robustas e de que o áudio gravado e divulgado pelo próprio parlamentar seria clandestino.

Em março de 2018, Levi Pontes voltou a ser acionado no colegiado, após ser novamente flagrado em áudio, desta vez negociando a estrutura da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em troca de votos, exatamente para as eleições ocorridas no último domingo 7, quando saiu derrotado.

O caso, porém, passados já cinco meses da definição da subcomissão de investigação, sequer foi analisado pela Comissão de Ética da Assembleia Legislativa maranhense.

Mais dois fora

O deputado Cabo Campos (PATRIOTAS), alvo do embrandecido pedido de afastamento de suas funções por apenas dois meses após ser acusado pela própria mulher de violência doméstica, também recebeu dos eleitores maranhenses o tratamento que o Conselho de Ética não lhe deu. Com apenas 8.714 votos, ele não teve votação suficiente para conseguir permanecer na Casa.

O próprio presidente do Conselho, inclusive, o líder do governo Rogério Cafeteira (PSB), também encolheu em votos e não se reelegeu.

A partir de 1.º de janeiro de 2019, salvo se conseguirem algum emprego na Casa do Povo, todos eles estarão fora da Assembleia Legislativa do Maranhão.



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