O governador Flávio Dino, do PCdoB, vem se mostrando uma habilidosa raposa política, que aprendeu com perfeição os ensinos passados pelo ex-senador José Sarney, a quem sentava no colo e chamava de tio quando criança, durante as visitas ao Palácio dos Leões em companhia de seu pai, Sálvio Dino, aliado da oligarquia – que lhe presenteou com vários empregos fantasmas – até pouco tempo antes da vitória do filho nas urnas.
No dia 1º de janeiro deste ano, diante da multidão que ficou debaixo do sol escaldante de São Luís para acompanhar de perto a posse do comunista no Palácio dos Leões, Dino assinou o Decreto n.º 30.619/2015, que regulamenta o que determina o Estatuto do Magistério do Maranhão sobre a realização de eleições diretas, por meio de alunos, pais de alunos, professores e funcionários, para diretores escolares da rede pública estadual.
Tudo armação.
Passados quase sete meses de governo comunista, a escolha dos diretores escolares ainda é feita por Q.I (Quem Indica), no caso de maior descaro, de indicação do deputado estadual Levi Pontes, do Solidariedade.
É o que mostra a edição do Diário Oficial do Estado do último dia 16, que traz alterações no quadro de diretores de escolas da rede estadual de Chapadinha, Timon, Alto Alegre do Maranhão, Primeira Cruz, Colinas e São Luís.
De acordo com a publicação, só em Chapadinha, as servidoras Leonília Maria de Jesus G. Amorim e Marli Lima Braga foram dispensadas pelo governador da direção do Centro de Ensino Dr. Otávio Vieira Passos. Com a mesma tesoura, Dino também cortou os servidores Raimundo Martins e Marlene dos Santos Costa do comando do Centro de Ensino Dr. Paulo Ramos.
No lugar dos dispensados, Flávio Dino nomeou os aliados indicados por Levi, Conceição de Maria Gois Costa Vasconcelos e Edlaine Rodrigues Vieira de Carvalho Alencar, como novos gestores da Otávio Passos; e Genicleidy Ferreira Serra e Mauro Reges Borges Amorim como gestora e gestor auxiliar da Escola Paulo Ramos.
Apenas no Centro de Ensino Raimundo Araújo foi mantida a direção-geral, com alteração apenas de um gestor auxiliar com a saída de Vanilton Roque Alves e a nomeação de Mariluze de Jesus Uchoa Almeida.
Atropelando mais ainda a própria palavra e assinatura, o comunista ainda adiou a escolha dos diretores por eleição direta que, segundo o artigo 1.º do Decreto n.º 30.619, deveria ser “realizada no início do mandato”, para o próximo ano.
A nova data agora é janeiro de 2016.
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