O governador Flávio Dino (PCdoB) mostrou seu verdadeiro id aos 23 dos 38 deputados estaduais da bancada governista na Assembleia Legislativa que se dispuseram a se reunir com ele, nessa quinta-feira 3, em reunião fechada no Palácio dos Leões.
Utilizando uma linguagem de demarcação e de território conhecida por qualquer cerimonialista que se preze – e não quem participa de esquemas, Dino escolheu como local da reunião um auditório onde ele pudesse ficar acima dos parlamentares, o que em linguagem corporal serve para demonstrar superioridade aos que ficam sentados em posição abaixo. De cara, o comunista já mostrou aos deputados que eles não foram convidados para dialogar com o governo, mas para apenas ouvir.
O espaço físico e a formato da reunião também pode ser atestado nas próprias fotos distribuídas pela Secretaria de Comunicação do governo, o que acabou causando ainda maior desconforto em todos os parlamentares presentes, que se sentiram humilhados, inclusive no próprio presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), que permaneceu com de cara fechada o tempo todo, apesar de ter sido convidado a fazer parte da mesa desnecessariamente formada por alguns secretários de Estado que entraram mudos e saíram calados, o que contrapôs completamente o prometido por Coutinho aos colegadas de Parlamento durante a eleição para a Presidência da Casa, de que dialogariam pessoalmente com o governador.
Ainda sobre as imagens distribuídas pela Secom, inclusive, a bancada do governador sequer teve destaque, já que todas as fotos mostram sempre os deputados estaduais de costas, enquanto o foco foi dado sempre ao governador-deus.
Os deputados humilhados por Flávio Dino foram: Sérgio Frota, César Pires, Flávio Braga, Valéria Macedo, Cabo Campos, Wellington do Curso, Francisca Primo, Paulo Neto, Zé Inácio, Antônio Pereira, Rigo Teles, Stênio Resende, Carlinhos Florêncio, Júnior Verde, Vinícius Louro, Toca Serra, Raimundo Cutrim, Levi Pontes, Rafael Leitoa, Graça Paz, Hemetério Weba, Léo Cunha e Josemar de Maranhãozinho.
Os secretários que compuseram a mesa, mas entraram e saíram com a língua presa foram: Áurea Prazeres (Educação), Clayton Noleto (Infraestrutura), Neto Evangelista (Desenvolvimento Social), Bira do Pindaré (Ciência e Tecnologia) e Flávia Moreira (Cidades), além do chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, falando apenas o secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Marcio Jerry Barro, que usou da palavra até mais que o próprio governador, e o secretário de Saúde, Marcos Pacheco, que expôs em cerca dois minutos e meio a inauguração que Dino pretende fazer de hospitais construídos e equipados pelo ex-secretário Ricardo Murad.
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