Se uma possível reforma no Código Penal Brasileiro abarcasse o que vem acontecendo no Maranhão desde o dia 1º de janeiro de 2015, o secretário de Assuntos Políticos e Federativos, Márcio Jerry Barroso, estaria correndo o risco de ser preso a qualquer momento por formação de família.
Desde o início do ano, a falta de concurso público para a Saúde, uma das principais promessas de campanha e de discurso de posse do governador Flávio Dino (PCdoB), deu poder para que Jerry agisse como um velho oligarca e distribuísse empregos públicos no setor até para as cunhadas, todas nomeadas em cargos de alto escalão.
Nestes 10 meses, pelo menos três delas já foram acolhidas em cargos que, pela função exercida, poderia ter sido ofertada à população maranhense por meio de concursos.
Jabutis
Casada com João Barroso Filho, Clícia Romênia Galvão Barroso, de azul na imagem em destaque, foi colocada pela mão do cunhado no cargo de diretora Administrativa do Hospital de Alta Complexidade do Maranhão “Dr. Carlos Macieira”, em São Luís. Para entrar no serviço público sem a necessidade de concurso, Romênia Galvão teve sua nomeação publicada sem o Barroso, prática de raposa conhecida quando se quer esconder uma das principais comprovações de parentesco com autoridades públicas: o sobrenome.
Outra que também não ascendeu em emprego público por enchente foi Lenijane Rodrigues da Silva Lima, que na imagem em destaque aparece ao centro, entre as outras sinecuradas.
Jane, caomo é mais conhecida, é mulher de Silas Saraiva Barroso, caçula do secretário de Assuntos Políticos e Federativos do governo Flávio Dino e empregado pelo irmão no cargo de assessor especial III na Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra). Como não houve e nem há qualquer previsão de concurso público para a Saúde pública, a cunhada de Márcio Jerry foi colocada no cargo de Assessor Técnico da Subsecretaria da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Por última mas não menos privilegiada, quem também se beneficiou com a falta do certame foi Katiane Chaves, esposa de João Haroldo Saraiva Barroso, de óculos na imagem em destaque, recentemente empregada pelo cunhado-secretário no cargo de coordenadora administrativa da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Timon.
Mais escandalosa de todas, a boquinha de Katiane foi articulada via Instituto Corpore, terceirizado que opera nos serviços de saúde de baixa, média e alta complexidade em três Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e cinco hospitais estaduais do Maranhão, por meio de uma licitação em que saiu-se premiado na SES, o que mostra que o processo licitatório foi apenas uma manobra raposodinista para abafar apadrinhamentos.
Sobre a expressão jabutis, explica-se: todo mundo sabe que um jabuti é incapaz de subir em uma árvore por si só. Diante deste fato, diz-se que essa situação inusitada só pode acontecer pela interferência de outros fatores, daí o surgimento do ditador popular “Jabuti em cima da árvore? Ou foi enchente ou foi mão de gente”.
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