O deputado estadual Wellington do Curso (PPS) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa, na quarta-feira 25, para solicitar que a Comissão de Meio Ambiente da Casa realize visita às lagoas de resíduos do Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), instalado na capital. O parlamentar, que também é membro da Comissão, destacou as inúmeras denúncias recebidas quanto aos resíduos e enfatizou a necessidade de se destinar atenção, a fim de evitar problemáticas futuras, a exemplo do que aconteceu na barragem em Mariana, Minas Gerais, após duas barragens da mineradora Samarco se romperem. Nessas barragens havia lama, rejeitos sólidos e água, detritos formados como resultado da mineração.
“Precisamos destinar especial atenção ao local em que a Alumar tem os seus depósitos, isto é, à zona rural de São Luís. Fato é que os reservatórios ocupam uma área de aproximadamente 50 hectares e foram instalados desde setembro de 2005, sendo desde então reservatórios com resíduos de bauxita. Não estamos aqui questionando o caráter sustentável ou não de tais reservatórios. O que queremos é apurar as denúncias e, assim, evitar que problemáticas ambientais assolem nosso estado”, ressaltou.
O deputado destacou, ainda, o requerimento que protocolou, no qual pede solicitações sobre a realização de coletas de amostras do solo.
“Além da visita, protocolamos um requerimento solicitando informações quanto a realização de coletas de amostras do solo da Lagoa Vermelha, localizado próximo a BR-135, na área industrial de São Luís, a fim de verificar se a área está ou não dentro nos parâmetros legais. Destacamos aqui, mais uma vez, o nosso compromisso em proteção ao meio ambiente e em defesa da vida”, completou.
Mobilização
Além do Legislativo estadual, o legislativo municipal também tomou a mesma a iniciativa, por meio do vereador Fábio Câmara (PMDB), que propôs uma audiência pública para tratar do tema.
Câmara também pediu empenho e mobilização da Câmara Municipal sobre o tema. Ele afirmou ter obtido contato com ambientalistas que alertam para riscos no local de armazenamento de resíduos de minério de ferro.
“O caso é tão grave que as fábricas de bebidas ao longo do km 18 da BR-135 na região de Pedrinhas, que antes se orgulhavam da qualidade da água utilizada, já começam a tratar previamente a água”, disse.
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