O governador Flávio Dino (PCdoB) usou as redes sociais, no início da manhã desta terça-feira 10, para comentar a decisão do presidente interino da Câmara e aliado, Waldir Maranhão (PP-MA), de revogar decisão própria anterior de anular a sessão que autorizou o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Casa. A decisão foi tomada após um intensivação de conselhos do comunista no último fim de semana.
Apesar de discordar do recuo de Maranhão, Dino afirmou que o respeita o deputado do PP e que o deputado “teve a coragem que poucos tiveram”.
“O deputado Waldir Maranhão teve a coragem que poucos tiveram: votou NÃO ao golpe e tentou conter a marcha da insensatez. Tem o meu respeito”, declarou o comunista.
Ainda em defesa do aliado — que também é investigado na Lava Jato e por outras supostas traquinagens com dinheiro público — o governador lembrou que o presidente interino da Câmara contrariou a cúpula do Partido Progressista (PP), e votou contra o impeachment. Segundo Flávio Dino, Maranhão “tentou conter a marcha da insensatez”. Como o parlamentar, porém, não suportou a pressão de ser expulso do PP e de ter as prerrogativas de parlamentar suspensas pelo Conselho de Ética, acabou voltando atrás. Para Dino, é “muito difícil discordar e se manter firme diante dessa onda avassaladora e ‘consensual’”. “Foi assim em 1964 e está sendo assim novamente”, criticou.
Na linha adotada desde que passou a atacar quem é favorável ao afastamento da presidente Dilma, Flávio Dino voltou a dizer que defende a “Constituição, a Democracia e o Estado de Direito, princípios que estão muito acima de conjunturas difíceis” e repetiu que o processo de impeachment é “um absurdo político e jurídico”.
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