“Fruto da situação social dos bairros mais pobres”, diz Flávio Dino sobre ataques
Política

“Fruto da situação social dos bairros mais pobres”, diz Flávio Dino sobre ataques

Declaração foi feita nesta terça-feira 25, durante reunião no Palácio dos Leões para avaliação das ações de segurança

O governador Flávio Dino (PCdoB) atribuiu a problemas sociais nos bairros mais pobres da Região Metropolitana de São Luís a causa para os incêndios a ônibus ocorridos nos últimos cinco dias. Para o comunista, o combate à facção criminosa Bonde dos 40, autora dos ataques, vai muito além da repressão das forças policiais.

“São pequenos grupos inorgânicos, muitas vezes quase células autônomas, que tem como marca o recrutamento muito agudo de jovens, fruto da situação social dos bairros mais pobres. A negação total de direitos, de oportunidades, de cultura, esporte, trabalho, educação, gera uma massa, quase um exército industrial de reserva, para essas quadrilhas”, analisou o governador.

A declaração foi feita durante reunião no Palácio dos Leões, nesta terça-feira 24, para avaliação das ações de combate aos incêndios criminosos aos coletivos e definição de novas estratégias das forças de segurança do Estado.

De acordo com o governador do Maranhão, a situação é complexa e tem raízes profundas em razão das múltiplas injustiças de uma sociedade profundamente desigual do ponto de vista social, que, segundo ele, é a causa principal de todas as violências.

Flávio Dino destacou que acompanhamento diário e a atenção total das forças de segurança do Estado têm surtido efeito, e a união entre os Sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), dos Rodoviários do Maranhão (Sttrema), e órgãos do Governo como a Agência de Mobilidade Urbana (MOB) e o Procon, estão sendo essenciais no combate as ações criminosas.

Ele enfatizou também a chegada do efetivo da Força Nacional para auxiliar nas ações. “Hoje eles vão chegar e serão progressivamente engajados sob o comando do nosso sistema de segurança, somando as medidas relativas à prevenção, com a participação dos sindicatos, tanto de empresários como dos rodoviários, a atuação do nosso sistema de segurança, as medidas adotadas na penitenciária e pelo poder judiciário, creio que a gente vai conseguir debelar essa situação”, realçou.



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