A exoneração de uma funcionária fantasma foi a razão para a queda do jornalista Américo Azevedo Neto da direção do Teatro Arthur Azevedo (TAA). Nomeado no posto desde o início do governo Flávio Dino, Américo, que é neto do imortal Arthur Azevedo, deixou a função na terça-feira 10, após por ordem no funcionamento do teatro. Em seu lugar assume o produtor cultural Celso Brandão.
Logo que assumiu a direção do TAA, o ex-diretor convocou todos os funcionários para acertar os detalhes da reabertura do teatro. Contudo, uma funcionária identificada como Gabriela Pinheiro Chung Campos reclamou que não poderia trabalhar em seu horário de expediente, pois havia “arranjado um emprego num shopping”. Protegida pelo secretario de Cultura e Turismo, Diego Galdino, Gabriela Campos, que é neta do poeta Bandeira Tribuzi, manteve a palavra e passou a não ir ao trabalho. Na época, Galdino ocupada a secretaria adjunta de Cultura, que ainda não havia se fundido com a de Turismo.
Passados 40 dias, Américo Azevedo resolveu então exonerar Gabriela Campos. No mesmo dia, a pivô da crise de netos de imortais correu para Galdino, que a promoveu, para um cargo na própria Sectur, e ainda ordenou à Américo que não exonerasse o esposo de Gabriela, identificado como Igo Mesquita.
No dia seguinte, porém, Américo bateu de frente com Diego Galdino e exonerou o esposo da neta de Bandeira Tribuzi. Uma semana depois, Américo Azevedo foi colocado na rua.
Como vem ocorrendo com outros nomes cortados pelo Palácio dos Leões, Américo Azevedo, ainda chegou a ser convidado pelo governador Flávio Dino para assumir uma pasta limbo-extraordinária que seria criada especialmente para abrigá-lo, mas recusou.
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