O presidente interino Michel Temer (PMDB) resolveu ignorar o Maranhão na primeira viagem oficial que pretende fazer a Região Nordeste como mandatário em exercício do Palácio do Planalto.
Apesar da viagem ser um ofensiva do peemedebista no principal reduto eleitoral petista no país, e do Maranhão ter sido o estado que mais contribuiu proporcionalmente para a reeleição de Dilma Rousseff (PT), Temer pretende visitar apenas os estados de Pernambuco e Alagoas.
As viagens estão programas para acontecer já na semana que vem.
Desde o início do processo de impeachment de Dilma na Câmara, Temer vinha afirmado a interlocutores que, ao assumir interinamente o governo, daria como prioridade atender às necessidades de governos estaduais de coalização e dos gestores que não entraram diretamente na disputa política relacionada ao afastamento da petista.
Ao tomarem conhecido disso, aliados do governo Flávio Dino (PCdoB), a exemplo do ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB), ainda chegaram a tentar mudar o posicionamento colegial do comunista, que além de trabalhar intensamente contra o impeachment da presidente Dilma, ainda passou a chamar publicamente a todos de “golpistas”. Dino, porém, nunca recuou, levando Michel Temer a declarar que achou “desnecessária” a intromissão do governador do Maranhão em assuntos relacionados ao impeachment presidencial.
Durante sua passagem pelos estados de Pernambuco e Alagoas, que são governados por partidos aliados à administração interina, Temer pretende visitar obras e iniciativas do governo federal e sancionar medida provisória, apresentada pela gestão anterior, que reabre prazos e concede benefícios para a quitação ou renegociação de dívidas de produtores rurais e de caminhoneiros.
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