O Partido dos Trabalhadores (PT) iniciou, na noite dessa segunda-feira 25, uma especie de chantagem eleitoral ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Depois de retirar da disputa duas pré-candidaturas que já estavam postas – do deputado estadual Zé Inácio e do advogado Mário Macieira – em prol da garantia de que teria a vice na chapa do pedetista, a Executiva Estadual do PT ameaça deixar a aliança caso Edivaldo não confirme, imediatamente, a vaga.
A celeuma se iniciou após o prefeito ter aberto diálogo com o PSB, do senador Roberto Rocha, para a indicação de seu filho, o vereador Roberto Rocha Júnior, para a vice da chapa, em troca de apoio socialista ao seu projeto de reeleição.
Ao perceberem a ameaça, os petistas resolveu emitir um documento em que dão até a próxima quinta-feira 28 para que Edivaldo se decida. Para aumentar a pressão, alianças firmadas entre as duas legendas em outros municípios – como Imperatriz, Timon e Balsas – também foram colocadas na mesa. Até o PCdoB, partido do governador Flávio Dino e que tem a prerrogativa da vice, foi citado no documento. Para fortalecer o Chatô eleitoral, alguns petistas chegaram ainda a insinuar uma possível aproximação com o pré-candidato a prefeito Wellington do Curso (PP), que aparece como terceira via na disputa.
Mais chantangens
Apesar da exposição negativa, o PT não é o único partido a chantagear Edivaldo para manter o apoio prometido.
Desde o início do ano, o Partido da República (PR) mandou recado ao prefeito de São Luís, por meio do secretário de Articulação Política da Prefeitura de São Luís, o ex-deputado estadual Hélio Soares. O recado foi simples e direto: bastava que o governador Flávio Dino (PCdoB) efetuasse o repasse de R$ 5 milhões para a conta de uma das empreiteiras do deputado estadual Josimar de Maranhãozinho, presidente estadual do PR, para a legenda entrasse de cabeça, corpo e alma no projeto de reeleição de Edivaldo.
Há pouco menos de um mês, quem também iniciou um Chatô eleitoral no pedetista foi o nanico Partido Republicano Progressista (PRP), por meio de seu presidente estadual, o ex-vereador Severino Sales.
Mesmo se dizendo amigo e aliado do prefeito – e ocupando o cargo de secretário municipal Extraordinário de Relações Parlamentares – Sales ameaçou deixar a aliança pela reeleição de Edivaldo caso o PRP não fosse beneficiado na coligação, isto é, caso não faça parte do “chapão”, que é a coligação partidária que reúne os principais partidos da base.
Até agora, todas as chantagens a Edivaldo parecem ter dado certo. Talvez por isso mesmo que o PT decidiu aplicar a estratégia.
Vale relembrar que essa mesma estratégia de chantagear o candidato em troca de apoio foi utilizada inicialmente pelo próprio partido de Edivaldo Júnior em 2014, porém sem êxito, já que a vice do governador Flávio Dino acabou ficando com o PSDB.
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