PF à caça de secretário de Meio Ambiente do governo Flávio Dino
Política

PF à caça de secretário de Meio Ambiente do governo Flávio Dino

Procura de Marcelo Coelho estaria relacionada à Operação Hymenaea, deflagada hoje cedo. Operação combate extração e comércio ilegais de madeira em reservas indígenas maranhenses

A Polícia Federal está à caça do secretário de Estado do Meio Ambiente do governo Flávio Dino, Marcelo Coelho.

Ele tinha uma entrevista marcada para a manhã desta quinta-feira 14, na TV Difusora, da família Lobão, mas não apareceu no local. Quem apareceu por lá foram agentes da PF, justamente à procura do secretário.

Se tivesse aparecido para dar a entrevista, Coelho seria preso ao vivo.

Há suspeitas de que ele tenha sido avisado da operação, e por isso evitado ir à Difusora.

Marcelo Coelho escapou de ser preso ao vivo pela PF na TV dos Lobão. Federais estão à sua procura
Governo do Maranhão Foragido Marcelo Coelho escapou de ser preso ao vivo pela PF na TV dos Lobão. Federais estão à sua procura

A procura do secretário estadual do Meio Ambiente do governo comunista pode estar relacionada à Operação Hymenaea, deflagrada pela Polícia Federal mais cedo. Participam da operação o IBAMA, Ministério Público Federal, e policiais do BOPE de Brasília e do Rio de Janeiro. O objetivo da PF com a ação é combater uma organização criminosa ligada à extração e à comercialização de grandes quantidades de madeira ilegal, provenientes da Terra Indígena Caru e da Reserva Biológica do Gurupi.

Mais de 300 policiais federais, apoiados por servidores do IBAMA e pelos policiais do BOPE de Brasília e do Rio de Janeiro, estão dando cumprimento a 77 medidas judiciais, sendo 11 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária, 56 mandados de busca e apreensão, bem como à suspensão da certificação de 44 empresas madeireiras, nas cidades de São Luís, Imperatriz, Buriticupu, Açailância, Zé Doca, Alto Alegre do Pindaré, Bom Jardim, Governador Nunes Freire, todas no estado do Maranhão. No Rio Grande do Norte: Tibau, Mossoró, Parnamirin e Natal, e em Capuí no estado do Ceará.

A organização criminosa (Orcrim) atuava extraindo ilegalmente madeira das reservas indígenas. Esse material era “esquentado” por meio de documentação fraudulenta para o transporte e retirada das áreas protegidas. Um membro da quadrilha era o responsável por emitir documentos destinados a microempresas laranjas, cadastradas como construtoras em pequenas cidades no interior do Rio Grande do Norte. Essa manobra servia para desviar a madeira para receptadores em todo o Nordeste brasileiro.

As autoridades sequestraram mais de R$ 12 milhões de diversas pessoas físicas e jurídicas. Esses valores são provenientes da lavagem do dinheiro auferido com a extração ilegal da madeira. Segundo estimativas da própria PF, a Orcrim teria movimentado valores da ordem de R$ 60 milhões.

Se confirmado o seu envolvimento, Marcelo Coelho e o outros investigados responderão por crimes como participação em organização criminosa, lavagem de capitais, roubo de bens apreendidos, obstar a fiscalização ambiental, desmatamento na Terra Indígena Caru, desmatamento na Reserva Biológica do Gurupi, receptação qualificada, ter em depósito produto de origem vegetal sem licença válida, corrupção ativa, tráfico de influência, dentre outros.

A operação foi batizada de Hymenaea em uma referência ao gênero de uma das espécies (Jatobá – hymenaea courbaril) que é ilegalmente explorada na Terra Indígena Caru e na Reserva Biológica do Gurupi.



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