O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), voltou atrás em sua própria palavra e decidiu se manter neutro nas eleições de segundo em São Luís. No último dia 3, um dia após a eleição de primeiro turno, Dino declarou em coletiva de imprensa que, naquela mesma semana, iria fazer um evento político onde anunciaria o voto.
“Irei fazer um evento político esta semana para anunciar meu voto”, afirmou.
A expectativa era que o anúncio de voto fosse no atual prefeito da capital, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que chegou ao comando do Executivo municipal por mão do próprio Flávio Dino, em 2012. Além disso, o vice de Edivaldo, o sindicalista Júlio Pinheiro, é do PCdoB, o que já aumentava mais ainda os já 100% de chances do governador declarar o voto em seu pupilo.
Contudo, passadas duas semanas, o comunista se escondeu no Palácio dos Leões, fez-se de neutro em relação ao voto e tem evitado falar sobre as eleições nas capital. Ao mesmo tempo, liberou o diretor-presidente da Caema (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão), Davi Telles, para desmascarar inverdades do adversário de Edivaldo na disputa, o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que tem afirmado ter feito uma gestão competente na Caema, apesar das praias terem continuado sujas, a Lagoa da Jansen fedorenta, a cidade sem saneamento básico e as torneiras das casas da população sem água.
Na lógica do governador do Maranhão, cumprir a própria palavra e declarar voto aberto em Edivaldo seria um desastre para sua hegemonia de poder e, principalmente ego, caso Braide seja eleito.
Por outro lado, mantendo-se neutro, e Edivaldo Júnior sendo reeleito, Flávio Dino usurpa a vitória do pedetista em razão das obras do Poder Executivo estadual terem contribuído para a diminuição de sua rejeição pela população ludovicense. A mesma estratégia também serve para o caso do próprio Eduardo Braide ser o eleito, já que Dino também lhe usurpará a vitória, alegando que esta só ocorreu devido à sua decisão de não fazer campanha aberta para Edivaldo.
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