Restando dois anos e alguns dias para o fim de seu mandato, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), passou a se ver obrigado a ter de começar a criar às pressas o seu sucessor, sob o risco de perder o controle do Estado e por fim ao seu projeto hegemônico de poder. Apesar da eminência parda do Palácio dos Leões, o secretário de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry Barroso, afirmar publicamente que Dino pretende concorrer à reeleição, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) articulada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) atinge o comunista diretamente, e ainda fortalece a candidatura de um nome da oposição para 2018.
Pela proposta do senador tucano, ocupantes de cargos do Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos) ficam proibidos de disputar a reeleição já a partir do próximo pleito, pois terão direito a apenas um único mandato. A PEC será discutida pelos líderes das bancadas nesta quarta-feira 16, e deve ser votada até o fim do próximo mês.
Até agora, com a falta de confiança e sintonia de Flávio Dino para com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), e com a idade avançada e debilidade do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Humberto Coutinho (PDT), devido ao tratamento para se livrar de um câncer no intestino, o único nome de confiança do comunista para sucedê-lo é o do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
O nome de Edivaldo, inclusive, chegou a ser especulado para 2018 durante as eleições municipais de 2016. Contudo, no final da disputa eleitoral, ao ser questionado sobre uma possível saída do Palácio de La Ravardière daqui a dois anos para disputar o Palácio dos Leões, Edivaldo descartou essa possibilidade e prometeu que terminará seu novo mandato.
Do outro lado, com a iminente aprovação da PEC de Aécio Neves, enquanto Flávio Dino corre contra o tempo para fazer seu sucessor – e possivelmente disputar uma das duas vagas ao Senado –, destacam-se na corrida pelo Executivo estadual pelo menos dois nomes da oposição: Roseana Sarney (PMDB) e Roberto Rocha (PSB). Com a série de denúncias do Ministério Público estadual que vem enfrentando nos últimos meses, porém, o nome de Roseana pode perder força até lá.
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