O prefeito de Bacuri, Richard Nixon dos Santos (PMDB), preso por envolvimento direto na chamada Máfia da Agiotagem, vai pegar mais R$ 631.474,03 (seiscentos e trinta e mil, quatrocentos e setenta e quatro reais e três centavos) — já deduzido o valor do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) — referentes à multa da repatriação.
O dinheiro cai na conta do município no próximo dia 30, uma sexta-feira, antevéspera de Ano Novo. Em novembro, o peemedebista já havia recebido o mesmo valor, referente ao imposto dos recursos já repatriados. Como a rubrica não estava no Orçamento, a verba pode ser destinada para qualquer tipo de uso.
Nixon foi preso pela Polícia Civil do Maranhão em maio de 2015, durante as operações “Morta Viva” e “Maharaja”, sob acusação de fazer parte da quadrilha que saqueou mais de R$ 100 milhões nos cofres municipais.
Deflagrada em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra crimes de agiotagem e desvio de recursos em municípios maranhenses, as operações desbarataram o esquema criminoso de desvio de dinheiro público por meio de licitações fraudulentas e direcionadas de fornecimento de merenda escolar, medicamentos e material escolar e também de obras para empresas de fachada ou fantasmas.
O empresário Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como “Pacovan”, também foi preso na mesma operação. Ele e Nixon foram parceiros de cela, na Delegacia da Cidade Operária (Decop), em São Luís, durante as quase duas semanas em que permaneceram presos, temporariamente.
Nos bastidores, comenta-se que, dentro da cela, ele chegou a pedir quase meio milhão de reais emprestados para Pacovan, e que o dinheiro teria sido repassado no mesmo dia em que ele deixou a cadeia, ainda nas proximidades da Decop.
Deixe um comentário