No município de São José de Ribamar, a Câmara Municipal de Vereadores está sendo controlada pelo vereador Manoel Albertin Dias dos Santos, o Beto das Vilas (PV), pela quinta vez consecutiva. A perpetuação do parlamentar no comando dos cofres do Legislativo ocorreu no início de janeiro, durante a posse dos eleitos e reeleitos no município.
Sem adversários na disputa, ele foi mantido no comando da Câmara por aclamação.
A facilidade de Beto das Vilas em permanecer no alto poder do Palácio Miguel Evangelista de Souza tem lá suas razões de ser.
No final de 2016, por articulação dele com o então prefeito da cidade, Gil Cutrim (PDT), os vereadores tiveram sancionado pelo pedetista aumento salarial autorizado por eles próprios, dias antes. Com o reajuste, o salário que era de R$ 5,6 mil pulou para R$ 12,6 mil por mês. Tudo isso para participar de apenas uma sessão por semana, como vem ocorrendo nos últimos dois anos. Antes, não era muito diferente: era necessário participar de duas sessões por semana.
Em fevereiro de 2015, eterno presidente da Câmara ribamarense foi alvo de ação civil pública, por ato de improbidade administrativa, proposta pela promotora Elisabeth Albuquerque de Sousa Mendonça, do Ministério Público do Maranhão. Segundo o Parquet, a ação teria sido ajuizada em decorrência da omissão de informações no Portal de Transparência do Legislativo municipal, que estaria ocorrendo desde meados de 2013.
Passados quase dois anos, o vereador se reelegeu; articulou sua permanência no comando do Poder e o aumento do próprio salário e de seus pares; e ainda diminuiu a quantidade de sessões legislativas na Casa. O site de informações sobre orçamento e despesas públicas, porém, continua desatualizado — e o processo parado.
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