Beto das Vilas
Vicente Castro suspende decisão que afastou Beto das Vilas da Câmara de SJR
Política

Desembargador considerou que caso tem relação com o exercício de 2015, e que inexiste notícia de qualquer fato contemporâneo

O desembargador Vicente de Paula Gomes de Castro, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão, suspendeu a decisão do juiz Francisco Ferreira de Lima, da Central de Inquéritos de São Luís, que afastou Beto das Vilas (Republicanos) da presidência da Câmara de Vereadores de São José de Ribamar e da função pública no Parlamento municipal.

Com a decisão, proferida em caráter liminar nessa segunda-feira 21, o vereador volta ao cargo e ao comando da Casa, sem prejuízo do julgamento do mérito do habeas corpus pelo colegiado. A informação foi publicada pelo blog do Luís Pablo.

Na quinta 17, Beto das Vilas foi alvo de busca e apreensão da Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção), da Polícia Civil do Maranhão, em operação contra possível associação criminosa, uso de documento falso, peculato e fraude em procedimento licitatório.

Considerando que o caso tem relação com o exercício financeiro de 2015, e que, segundo a defesa do vereador, inexiste nos autos notícia de qualquer fato contemporâneo indicativo de risco de reiteração delitiva, Vicente de Castro entendeu que as medidas cautelares impostas deveriam ser suspensas.

O juiz de primeira instância tem o prazo de cinco dias para prestar informações a respeito do caso. Após, será aberto vista para manifestação do Ministério Público.

Nas eleições municipais de 2020, Beto das Vilas disputa como candidato a prefeito de SJR.

Seccor faz operação contra Beto das Vilas, presidente da Câmara de São José de Ribamar
Política

Por determinação da Justiça, vereador está proibido de acessar as dependências da Casa, e teve o exercício da função pública suspensa

A Polícia Civil do Maranhão deflagrou, na manhã desta quinta-feira 17, operação que mira o vereador Manoel Albertin Dias dos Santos, o Beto das Vilas, penta presidente da Câmara Municipal de São José de Ribamar. Nas eleições de 2020, ele candidatou-se o Executivo municipal pelo Republicanos, partido do vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão.

Agentes da Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção) cumprem três mandados de busca e apreensão, na capital e em SJR, expedidos pelo juiz Francisco Ferreira de Lima, da Central de Inquéritos de São Luís.

A operação mira também o diretor administrativo da Câmara de Vereadores, Ribamar Rodrigues. Há ainda um outro alvo, também servidor do Legislativo municipal.

Na decisão, o magistrado determinou a proibição de acesso dos investigados às dependências da Câmara, e a suspensão do exercício de suas funções públicas, por tempo indeterminado, sob pena de decretação de prisão, em caso de descumprimento.

Segundo a Polícia Civil, a investigação apura a prática de fraude em licitação e peculato. O ATUAL7 já havia antecipado, em janeiro deste ano, a instauração do procedimento contra a gestão Beto das Vilas —alvo de uma primeira operação da Seccor sobre a apuração, em junho último.

O prejuízo aos cofres públicos, de acordo com as investigações, ultrapassa a ordem de R$ 300 mil.

Seccor abre investigação sobre gastos da Câmara de São José de Ribamar
Política

Casa é comandada por Beto das Vilas. Ele pretende disputar em 2020 a prefeitura do município

A Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção), da Polícia Civil do Maranhão, abriu investigação sobre gastos da Câmara Municipal de São José de Ribamar.

A Casa é comandada há mais de uma década por Manoel Albertin Dias dos Santos, o Beto das Vilas.

Segundo disse ao ATUAL7 uma fonte com acesso a investigação, a apuração teve início no final do ano passado, por meio de uma VPI (Verificação de Procedência das Informações), mecanismo criado pela legislação para averiguar a verossimilhança de suposta ocorrência de fato criminoso e a viabilidade de instauração de inquérito policial.

Os levantamentos correm sob sigilo, no âmbito do 2ª Deccor (Departamento de Combate à Corrupção). O objetivo é apurar suspeitas de ilegalidades nas despesas do Poder Legislativo ribamarense, entre 2017 e 2018.

Coincidentemente, no pleito de 2020, pela primeira vez, Beto das Vilas pretende disputar a prefeitura do município, pelo PSD do deputado federal Edilázio Júnior, oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB).

Atualmente, a prefeitura de São José de Ribamar está sob gestão de Eudes Sampaio (PTB), que virou prefeito após a renúncia de Luis Fernando Silva (sem partido) para tentar reconstruir a vida pública como secretário de Estado de Programas Estratégicos no governo de Dino, ex-desafeto. Eudes tentará a reeleição.

Beto das Vilas se perpetua no comando da Câmara de Vereadores de Ribamar
Política

Parlamentar está na presidência do Palácio Miguel Evangelista de Souza pela quinta vez consecutiva

No município de São José de Ribamar, a Câmara Municipal de Vereadores está sendo controlada pelo vereador Manoel Albertin Dias dos Santos, o Beto das Vilas (PV), pela quinta vez consecutiva. A perpetuação do parlamentar no comando dos cofres do Legislativo ocorreu no início de janeiro, durante a posse dos eleitos e reeleitos no município.

Sem adversários na disputa, ele foi mantido no comando da Câmara por aclamação.

A facilidade de Beto das Vilas em permanecer no alto poder do Palácio Miguel Evangelista de Souza tem lá suas razões de ser.

No final de 2016, por articulação dele com o então prefeito da cidade, Gil Cutrim (PDT), os vereadores tiveram sancionado pelo pedetista aumento salarial autorizado por eles próprios, dias antes. Com o reajuste, o salário que era de R$ 5,6 mil pulou para R$ 12,6 mil por mês. Tudo isso para participar de apenas uma sessão por semana, como vem ocorrendo nos últimos dois anos. Antes, não era muito diferente: era necessário participar de duas sessões por semana.

Em fevereiro de 2015, eterno presidente da Câmara ribamarense foi alvo de ação civil pública, por ato de improbidade administrativa, proposta pela promotora Elisabeth Albuquerque de Sousa Mendonça, do Ministério Público do Maranhão. Segundo o Parquet, a ação teria sido ajuizada em decorrência da omissão de informações no Portal de Transparência do Legislativo municipal, que estaria ocorrendo desde meados de 2013.

Passados quase dois anos, o vereador se reelegeu; articulou sua permanência no comando do Poder e o aumento do próprio salário e de seus pares; e ainda diminuiu a quantidade de sessões legislativas na Casa. O site de informações sobre orçamento e despesas públicas, porém, continua desatualizado — e o processo parado.