Simbiose de Flávio Dino e sarneysistas mostra que ‘a mudança’ não chegou ao Maranhão
Política

Simbiose de Flávio Dino e sarneysistas mostra que ‘a mudança’ não chegou ao Maranhão

Comunista tem encastelado sabujos da oligarquia no Palácio dos Leões em troca de alianças política e partidária nas eleições de 2018

A simbiose escancarada entre Flávio Dino (PCdoB) e membros históricos da oligarquia Sarney, a quem o comunista até outro dia tachava de corruptos e dizia combater, mostra que dois anos e dois meses após a troca de regime no Palácio dos Leões, a mudança propalada pelo governador durante a campanha eleitoral de 2014 ainda não chegou, de fato, ao Maranhão.

Nessa quinta-feira 2, Dino deu mais um exemplo público de que está longe de ser diferente daqueles que já são conhecidos na política maranhense.

Em evento bancado com dinheiro público, o comunista deu posse a um dos filhotes do clã, o vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB), como presidente da Agência Executiva Metropolitana, recém-criada exclusivamente para sinecurá-lo. A autarquia estadual é vinculada à Casa Civil, mas, segundo a Medida Provisória (MP) que a criou, tem prerrogativas, tratamento protocolar e remuneração iguais às dos secretários de Estado.

Na prática, Pedro Lucas será uma espécie de Ricardo Murad (PMDB) no governo Dino, exercendo as mesmas funções que o cunhado da ex-governadora Roseana Sarney operava quando ocupava a extinta Gerência de Desenvolvimento da Região Metropolitana.

Tudo em nome do poder.

Antes do vereador, já haviam sido encastelados por Dino no Palácio dos Leões outros sabujos da oligarquia, como o deputado federal Waldir Maranhão (PP), que dispensa apresentações; o deputado Rogério Cafeteira (PSB), que foi alçado pelas mãos do próprio Flávio Dino a líder de seu governo na Assembleia Legislativa; o prefeito ficha suja de Bacabal, Zé Vieira (PP), que teve ajuda do Palácio dos Leões para sentar na cadeira do Palácio das Bacanas; o deputado-babaçu Stênio Rezende e sua cria e deputado federal Juscelino Filho, ambos do DEM, o antigo PFL, partido que abrigou nada menos que Roseana; além de, é claro, o próprio pai de Pedro Lucas, o deputado federal Pedro Fernandes, que teve a gestão suspeita na Secretaria de Estado da Educação protegida de qualquer vazamento da auditoria feita pela Secretaria de Estado de Transparência e Controle na pasta.

Uma verdadeira simbiose entre o governador e sarneysistas históricos. Afinal, 2018 está bem aí.



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