O ex-juiz eleitoral maranhense e pré-candidato ao Senado Federal pelo Rede Sustentabilidade, Márlon Reis, se acovardou e usou o perfil pessoal no Twitter para isentar o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), de comentários publicados por ele, dias atrás, sobre a prática criminosa de pegar dinheiro por fora em campanhas eleitorais.
Como já de conhecimento público, o chefe do Executivo estadual maranhense é um dos alvos da Procuradoria-Geral da República (PGR) na Lava Jato, exatamente por suspeita de caixa 2 da empreiteira Odebrecht. Diante de publicações do ex-magistrado logo após essa revelação, como a de defender que “caixa 2 é corrupção qualificada pela lesa pátria”, ventilou-se que as postagens seriam um recado claro ao comunista.
Segundo Reis, porém, todos os comentários proferidos por ele no Twitter tiverem como foco apenas o caixa 2, não pessoas em particular.
“Todas as minhas declarações sobre o caixa 2 se referem apenas a esse grave ilícito. Não a pessoas em particular”, recuou.
Embora mundialmente respeitado como combatente ferrenho da corrupção, o ex-magistrado também é reconhecido nos bastidores da política pela mania feia de jogar a pedra e esconder a mão.
Um dos principais articuladores e idealizadores da Lei da Ficha Limpa, que põe para fora da vida pública políticos que operam por meios ilegais e ilícitos, Reis é ainda autor do livro “O Nobre Deputado”. Na obra, embora garanta se basear em casos reais para contar como um corrupto nasce, cresce e se reproduz na política brasileira, Márlon Reis omite os nomes dos parlamentares que representam Cândido Peçanha, uma personificação de tudo aquilo que ele viu e ouviu na carreira política.
Sempre que questionado sobre, ele responde que não pode dar declarações sobre casos concretos.
Deixe um comentário