Com a confirmação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro, a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), passa a ser o nome mais forte da esquerda brasileira.
Para se livrar da condenação (não houve decreto de prisão), Lula terá de recorrer à 2ª Instância, isto é, ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. Caso a Corte decida por manter a decisão de Moro, o petista ficará inelegível de acordo com a Lei da Ficha Limpa, mas ainda assim com chances de concorrer às eleições de 2018. Para isso precisará de uma decisão liminar contra o eventual acórdão do TRF-4 até que os possíveis recursos às instâncias superiores (STJ e STF) sejam finalmente julgados.
Diante da incerteza jurídica, cresce a probabilidade de Lula vir a indicar e apoiar o nome do governador do Maranhão para a disputa pela Presidência da República.
E há motivos claros para isso.
Além do respeito e inegável força que conseguiu conquistar nacionalmente, Flávio Dino ganhou forte respaldo junto aos próprios petistas ao declarar briga aberta contra tudo e todos durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff; e até contra o próprio Sérgio Moro, em defesa de Lula.
Recentemente, inclusive, ele chegou a ser procurado para ser o vice na chapa do petista, mas acabou rejeitando o convite, que agora pode se estender à cabeça da chapa presidencial.
Deixe um comentário