Está na prestação de contas das terceirizadas da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh) a caixa de pandora do esquema criminoso que tomou de assalto os cofres da rede estadual pública de saúde, durante os já mais de 1000 dias do governo do PCdoB, de Flávio Dino.
De acordo com os contratos celebrados entre as duas pastas e os institutos que geriram ou ainda gerem as unidades hospitalares do Maranhão, para ter direito ao recebimento mensal dos repasses, também mensalmente, as terceirizadas devem primeiro apresentar notas fiscais e relatórios procedimentais detalhados sobre como o dinheiro recebido no mês anterior foi gasto.
Essa documentação, inclusive, dever ser obrigatoriamente atestada pelo gestor da unidade de saúde; por uma comissão de avaliação da execução dos contratos de gestão; pelos ordenadores de despesas da SES e da Emserh; e, principalmente, pelo secretário estadual de Saúde, maior ordenador do fundo.
Pela prestação de contas, a força-tarefa da Sermão aos Peixes, que deflagrou a Operação Pegadores há pouco mais de uma semana, poderá saber o total e quais são as empresas de fachada ou fantasma que foram utilizadas para escoar o dinheiro desviado, quer por meio de superfaturamento de contratos, quer por meio de sinecuras a apadrinhados que sequer prestavam serviços ou que recebiam pagamentos extras, como na famigerada lista dos 400 fantasmas.
A documentação, também, reverá toda a ramificação da organização criminosa e quem dela foi beneficiado, como políticos, servidores públicos, empresários, familiares dos operadores da quadrilha e, possivelmente, até mesmo profissionais da imprensa.
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