O prefeito de Cantanhede, Marco Antonio Rodrigues de Sousa, o Ruivo (PSD), voltou a ser acionado pelo Ministério Público do Maranhão por ato de improbidade administrativa, supostamente cometida à época em que ele era secretário municipal de Governo. É a segunda vez em que o gestor é alvo do Parquet, pelo mesmo tipo de violação. Em janeiro último, ele já havia sido acionado.
Segundo a nova investida do MP-MA, Ruivo é suspeito de haver realizado licitação irregular, em 2011, para produção de informes para televisão, com vinhete de abertura para o município. Além dele, também figuram como acusados o ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL), Nelio da Paz Muniz Barros Junior; e a empresa E. de J.S.Santos-ME. O valor de R$ 126 mil teria sido movimentado por meio da suposta irregularidade.
Dentre as anormalidades, o documento aponta para inexistência de pesquisas de preço; não comprovação de recursos orçamentários; publicidade insuficiente; inserção de documentos de habilitação em momento posterior à licitação; falta de elaboração de parecer técnico/jurídico; e não atendimento da legislação específica para contratação de serviços de publicidade e propaganda.
O promotor de Justiça Tiago Carvalho Rohrr, autor da ação, destaca que o ex-presidente da CPL de Cantanhede praticou os atos de abertura e julgamento das propostas da licitação e a homologação e assinatura do contrato foi feita pelo prefeito Ruivo.
A Promotoria de Justiça de Cantanhede pediu ao Poder Judiciário que eles sejam condenados por improbidade administrativa, estando sujeitos a ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente.