Ruivo
Albérico Filho, Ruivo e Magno Teixeira seguem investigados por contratos com empresa de fachada
Política

Procedimentos apuram suspeita de esquema com a Ipiranga Empreendimentos. Maninho de Alto Alegre também é alvo de investigação na PGJ

A PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) do Maranhão decidiu prorrogar por mais 90 dias as investigações sobre a contratação de uma empresa de fachada pelas prefeituras de Barreirinhas, Cantanhede e Presidente Juscelino.

Considerada a partir do último dia 5, a prorrogação foi necessária para análise das evidências já descobertas e a realização de novas diligências. Por se tratar de procedimentos investigatórios criminais que têm como alvo os próprios gestores municipais —Albérico Filho, Ruivo e Magno Teixeira, respectivamente—, os levantamentos estão sendo feitos no âmbito da Assessoria Especial de Investigação, privativa para apurar atos ilícitos praticados por agentes políticos detentores de foro por prerrogativa de função.

O prefeito Maninho de Alto Alegre, que comanda o município de Alto Alegre do Maranhão, mostrou o ATUAL7, também é investigado por suspeita de esquema com a mesma empresa.

Segundo levantamento preliminares, trata-se da Ipiranga Empreendimentos e Locação Ltda, que celebrou contratos milionários com as prefeituras para fornecimento de transporte, inclusive escolar, embora não seja proprietária de sequer um único automóvel, de acordo com base de dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Maranhão.

Além disso, pesquisas ao histórico da empresa apontaram que ela sofreu ao menos três alterações no seu quadro societário, sendo que nenhum de seus sócios fundadores permaneceu no quadro. Também houve mudança no local da sede da empresa várias vezes nos últimos anos, tendo pulado de endereço entre as cidades de Santa Inês, Vargem Grande e Nina Rodrigues.

Esse tipo de rotatividade de sócio e de endereço é típico de empresas fraudulentas, criadas com objetivo de lavar dinheiro e desviar recursos públicos.

Antes das investigações serem abertas pela PGJ, revelou o ATUAL7, o Ministério Público de Contas do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão já havia representado contra a empresa e as administrações municipais com base nas mesmas suspeitas de irregularidades e ilegalidades.

MP pede indisponibilidade de bens de Ruivo por esquema com a Ipiranga
Política

Bloqueio solicitado é de R$ 1,9 milhão. Empresa de fachada também celebrou contratos com a gestão de Maninho do Alto Alegre

O Ministério Público do Maranhão propôs, na última terça-feira 12, ação civil pública contra o prefeito do município de Cantanhede, Marco Antônio Rodrigues da Silva, o Ruivo (PSD), por ato de improbidade administrativa.

Ele é acusado de irregularidades na licitação que teve como objetivo a contratação de empresa para locar veículos utilitários para uso da administração municipal. A vencedora foi a Ipiranga Empreendimentos e Locação Ltda, de fachada, pivô de uma investigação da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) contra o prefeito Emmanuel da Cunha Santos Aroso Neto, o Maninho (PDT), de Alto Alegre do Maranhão, pelo mesmo esquema.

Segundo o promotor de Justiça Tiago Carvalho Rohrr, autor da ação, investigação do Ministério Público de Contas (MPC) detectou diversas irregularidades no procedimento licitatório em Cantanhede, incluindo restrição à competitividade e no julgamento da proposta vencedora, fatores que favoreceram a Ipiranga Empreendimentos.

Além disso, segundo informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Maranhão, não há registro de qualquer veículo no nome da Ipiranga Empreendimentos e Locação. Também foi apurado que a empresa não existe no endereço cadastral informado no contrato.

Além de Ruivo e da Ipiranga, o esquema teria contado com a participação do secretário municipal de Administração e Finanças, Manoel Erivaldo Caldas dos Santos; e do pregoeiro Diógenes dos Santos Melo. Todos foram acionados pelo MP-MA.

Em razão da irregularidade, Rohrr pede ao Poder Judiciário maranhense a indisponibilidade de bens dos acusados no valor dos pagamentos feitos à Ipiranga Empreendimentos e Locação, no total de R$ 1.947.749,04.

Também requereu a condenação do trio de Cantanhede e da empresa ao ressarcimento integral do dano, e às demais sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa, como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público.

Outro lado

O ATUAL7 tenta contato com os envolvidos no esquema da gestão municipal de Cantanhede. O espaço segue aberto para manifestação.

MP volta a acionar Ruivo por contratos com suposta empresa de fachada
Política

Promotoria de Cantanhede diz que prefeito realizou pagamentos para a Signandes Empreendimentos apesar de reformas em escolas e unidades de saúde terem sido executadas pelo próprio município

A Promotoria de Justiça da Comarca de Cantanhede ingressou, no início deste mês, com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito do município, Marco Antônio Rodrigues de Sousa, o Ruivo (PSD), por conta de irregularidades em dois contratos com uma empresa suspeita de ser de fachada, a Signandes Empreendimentos Ltda. A empreiteira, além do do secretário municipal de Administração e Finanças, Manoel Erivaldo Caldas dos Santos, e o pregoeiro Diógenes dos Santos Melo também foi acionados.

De acordo com a assessoria do Ministério Público do Maranhão, o caso chegou ao conhecimento do Parquet por meio de um vereador que estava tendo dificuldades em ter acesso aos processos licitatórios que levaram a Signandes Empreendimentos a assinar dois contratos com a gestão de Ruivo, respectivamente, para reformas em quatro escolas e em duas unidades de saúde do município.

Ao ter acesso aos documentos, a Assessoria Técnica da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) avaliou os processos licitatórios e encontrou uma série de irregularidades. A empresa não possuía nenhum funcionário, por exemplo, não apresentando recolhimentos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) desde agosto de 2014, nem nenhum veículo registrado em seu nome.

“Como pode uma empresa que não tem qualquer funcionário vinculado, tampouco veículos em seu nome, firmar contratos nos valores de R$ 144.872,00 e R$ 145.987,92? O que se percebe é que a empresa contratada não tinha a mínima condição de executar os referidos contratos”, observa, na ação, o promotor de justiça Tiago Carvalho Rohrr.

As investigações da Promotoria de Cantanhede, no entanto, apontaram que, apesar de terem sido feitas intervenções nas escolas e unidades de saúde, estas foram executadas pela própria gestão municipal e não pela empreiteira. Os funcionários, segundo as investigações, eram todos de Cantanhede, não tinham farda, não havia placas nas obras nem nenhum representante da Signandes Empreendimentos nos canteiros de obra. Além disso, o material era entregue e as ordens passadas aos trabalhadores por um servidor da Secretaria Municipal de Infraestrutura.

Para o promotor Tiago Rohrr, houve claro dano aos cofres municipais “uma vez que o Município pagou por um serviço que não foi prestado pela contratada e ainda arcou com a execução da obra”, além do enriquecimento ilícito da empresa Signandes Empreendimentos.

Na ação, a Promotoria de Cantanhede requer que seja deferida, em medida liminar, a indisponibilidade dos bens dos envolvidos até o valor total dos contratos assinados, no valor exato de R$ 290.857,92. Foi pedida, ainda, a condenação de Ruivo e demais envolvidos no suposto esquema, por improbidade administrativa. Dentre as condenações para quem é enquadrado nesse tipo de marginalidade estão o ressarcimento do dano causado ao erário, pagamento de multa, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e a proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público por um prazo de até dez anos.

Outro lado

O ATUAL7 solicitou por e-mail à Prefeitura Municipal de Cantanhede um posicionamento sobre o assunto e aguarda retorno. Não conseguimos contato com a empresa Signandes Empreendimentos Ltda, no único número informado em seu registro na Receita Federal. O espaço está aberto para manifestações.

MP tenta brecar esquema de R$ 14,7 milhões de Ruivo e cooperativa
Política

Diversa Cooperativa de Trabalho e Serviços Múltiplos foi contratada para fornecimento de funcionários para a prefeitura de Cantanhede, burlando a exigência de concurso público

A Promotoria de Justiça da Comarca de Cantanhede ingressou, no último dia 8, com uma ação civil pública requerendo, em regime de urgência, a suspensão do contrato firmado entre a prefeitura do município e a Diversa Cooperativa de Trabalho e Serviços Múltiplos para fornecimento de funcionários para a administração municipal, burlando a exigência de concurso público.

Ao valor global de R$ 14.724.279,60 - pagos em R$ 1.227.023,30 por mês -, o contrato foi fechado pela gestão do prefeito Marco Antonio Rodrigues de Sousa, o Ruivo (PSD), e tem irregularidades desde o processo licitatório. De acordo com o Ministério Público do Maranhão, o processo foi iniciado em 14 de fevereiro do ano passado, mas a autorização para a sua realização é datada de dez dias depois, “o que indica que o processo licitatório foi objeto de montagem, reforçado pelo contexto que a Cooperativa requerida foi a única licitante”, observa o promotor de justiça Tiago Carvalho Rohrr.

Também não há documento delegando ao secretário de Administração e Finanças a autorização para a realização do processo licitatório e nem empenho para liquidação e pagamento do contrato. A natureza do serviço, em que há vínculo de emprego e subordinação dos profissionais com a cooperativa, já seria suficiente para impedir a contratação da Diversa Cooperativa.

Além do Ministério Público do Maranhão, o Ministério Público do Trabalho (MPT) também ingressou com ação e conseguiu liminar determinando à Diversa Cooperativa que se abstenha de intermediar ou fornecer mão de obra a terceiros em desobediência à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e aos princípios e lei que regem o cooperativismo.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão também acolheu medida cautelar para determinar que a gestão Ruivo suspenda quaisquer pagamentos firmados com a Diversa Cooperativa e se abstenha de realizar novas contratações com a entidade. O TCE/MA reconheceu o caráter inidôneo da cooperativa, a ilegalidade da contratação, os indícios de irregularidades na licitação e a lesividade do contrato.

Além da liminar para a suspensão do contrato, o Ministério Público do Maranhão requer, ao final do processo, que a Justiça determine a rescisão definitiva do contrato entre a prefeitura de Cantanhede e a Diversa Cooperativa de Trabalho e Serviços Múltiplos.

Promotoria requer suspensão de licitação de R$ 924,8 mil da gestão Ruivo
Política

Edital da Tomada de Preços da prefeitura de Cantanhede contém cláusulas ilegais. Multa por descumprimento sugerida é de R$ 10 mil diários

A Promotoria de Justiça da Comarca de Cantanhede  requereu, no último dia 23, a suspensão e anulação de um procedimento licitatório de R$ 924,8 mil, realizado pela gestão do prefeito Marco Antonio Rodrigues de Sousa, o Ruivo (PSD), para construção, recuperação e manutenção de estradas vicinais.

A solicitação foi feita pelo promotor de Justiça Tiago Carvalho Rohrr, em Ação Civil Pública com pedido de tutela, com base em denúncia da empresa Civan Construtora e Incorporadora Vanguarda Ltda - Epp, sobre a inclusão de cláusulas ilegais no edital da Tomada de Preços n.º 005/2018, exigindo visita prévia de engenheiros ao local das obras.

No edital, também consta uma cláusula exigindo atestados das empresas de que visitaram o local das obras. Outro artigo determina que a visita deve ser feita de segunda a sexta, ao meio dia, em até três dias após a abertura da licitação.

Restrição à competitividade

Para o Parquet, as exigências dificultam a participação de eventuais interessados, restringindo a competitividade entre as empresas e ferindo o princípio constitucional da competitividade da Administração Pública. Ainda de acordo com o promotor de justiça, a vistoria ao local da obra é somente admitida nos casos em que haja justificativa técnica.

“A obrigação de vistoria ao local da obra pode se caracterizar como restrição à competitividade, prejudicando empresas que têm suas sedes em locais mais distantes”, enfatiza Rohrr.

A multa por descumprimento sugerida é de R$ 10 mil diários, cujo montante deve incidir sobre o patrimônio pessoal do prefeito Marco Antônio Rodrigues de Sousa.

Ruivo é acionado pela segunda vez por improbidade em Cantanhede
Política

Prefeito teria cometido irregularidades à época em que ocupava a função de secretário municipal de Governo

O prefeito de Cantanhede, Marco Antonio Rodrigues de Sousa, o Ruivo (PSD), voltou a ser acionado pelo Ministério Público do Maranhão por ato de improbidade administrativa, supostamente cometida à época em que ele era secretário municipal de Governo. É a segunda vez em que o gestor é alvo do Parquet, pelo mesmo tipo de violação. Em janeiro último, ele já havia sido acionado.

Segundo a nova investida do MP-MA, Ruivo é suspeito de haver realizado licitação irregular, em 2011, para produção de informes para televisão, com vinhete de abertura para o município. Além dele, também figuram como acusados o ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL), Nelio da Paz Muniz Barros Junior; e a empresa E. de J.S.Santos-ME. O valor de R$ 126 mil teria sido movimentado por meio da suposta irregularidade.

Dentre as anormalidades, o documento aponta para inexistência de pesquisas de preço; não comprovação de recursos orçamentários; publicidade insuficiente; inserção de documentos de habilitação em momento posterior à licitação; falta de elaboração de parecer técnico/jurídico; e não atendimento da legislação específica para contratação de serviços de publicidade e propaganda.

O promotor de Justiça Tiago Carvalho Rohrr, autor da ação, destaca que o ex-presidente da CPL de Cantanhede praticou os atos de abertura e julgamento das propostas da licitação e a homologação e assinatura do contrato foi feita pelo prefeito Ruivo.

A Promotoria de Justiça de Cantanhede pediu ao Poder Judiciário que eles sejam condenados por improbidade administrativa, estando sujeitos a ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente.

Ruivo pode perder a função pública por irregularidades em licitação
Política

Segundo investigações do MP, anormalidades teriam ocorrido quando atual prefeito de Cantanhede era secretário municipal de Governo

A Promotoria de Justiça da Comarca de Cantanhede ingressou, no início desta semana, com uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra o prefeito da cidade, Marco Antonio Rodrigues de Sousa, o Ruivo (PSD); e Nélio da Paz Muniz Barros Junior, ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação do Município.

Os motivos foram irregularidades em um processo licitatório realizado em 2012, quando Ruivo era secretário municipal de Governo.

De acordo com a assessoria de comunicação do Parquet, o Pregão Presencial n.° 019/2012 teve como finalidade contratar empresa para fornecimento de equipamentos hospitalares e foi vencida pela empresa João Batista Viegas Junior – ME, conhecida no mercado como Comercial Canaã. A análise da Assessoria Técnica da Procuradoria Geral de Justiça, no entanto, detectou que o procedimento licitatório teve diversas irregularidades.

Várias anormalidades foram encontradas, como a inexistência de pesquisa prévia de preços e publicidade insuficiente, já que não houve comprovação da publicação do edital em jornal de grande circulação e nem do instrumento de contrato na imprensa oficial até o quinto dia útil do mês seguinte à assinatura. No edital também não constam os critérios de qualificação técnica exigidos, o que, para o promotor de justiça Tiago Carvalho Rohrr, caracteriza “facilitação para a contratação de qualquer empresa e um risco para a administração pública”.

Além disso, não foi respeitado o prazo mínimo de oito dias entre a publicação do edital e a abertura das propostas e não há, no processo, comprovante de divulgação do resultado da licitação, designação do pregoeiro e equipe de apoio e nem os pareceres técnicos ou jurídicos relativos ao procedimento licitatório.

“Observa-se que Nélio da Paz Muniz Barros Júnior, ex-pregoeiro da Comissão Permanente de Licitação do Município de Cantanhede, é quem praticou os atos de abertura e julgamento das propostas de licitação, bem como a adjudicação. Por sua vez, Marco Antônio Rodrigues de Sousa, ex-secretário Municipal de Governo, procedeu à homologação e a assinatura do contrato”, explica Tiago Rohrr.

Se condenados por improbidade administrativa, Ruivo e Nélio Júnior estarão sujeitos ao ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa de até cem vezes o valor da remuneração recebida e proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público, ainda que por meio de empresa da qual sejam sócios majoritários, pelo prazo de três anos.