Eduardo Braide pode disputar o Palácio dos Leões pelo PT
Política

Eduardo Braide pode disputar o Palácio dos Leões pelo PT

Tratativas para a filiação do parlamentar no petismo foram iniciadas no domingo 25. Ele terá de readequar o discurso outsider de 2016, em razão da legenda ser associada à corrução

O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) ainda não definiu qual cargo pretende concorrer em outubro próximo. Se decidir entrar na disputa pelo Palácio dos Leões, porém, é quase certo que seja pelo PT.

As tratativas para a filiação do parlamentar no petismo foram iniciadas, oficialmente, no último domingo 25. A aproximação está sendo capitaneada pelo deputado federal Zé Carlos, que juntamente com membros da facção Construindo um Novo Brasil (CNB), na qual o deputado estadual Zé Inácio também está inserido, defendem abertamente a ascensão do partido no estado.

Caso feche com o Partido dos Trabalhadores, Braide ganhará a buscada musculatura de tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral.

Todavia, se embarcar na aventura, o deputado do PMN terá de utilizar dessa força para se desdobrar em justificativas ao eleitor, principalmente os de São Luís, em razão do discurso de outsider e antipolítico que o fez surpresa em 2016 ser completamente contrário à prática de corrupção institucionalizada no país pelo PT, conforme desbaratou a Lava Jato.

Levantamento realizado no mês de junho do ano passado pela empresa Ipsos, especialista em pesquisa de mercado, por exemplo, aponta que o PT é o partido mais associado à corrupção no âmbito da operação da Polícia Federal que desmontou o maior esquema de corrupção e lavagem de dinheiro público do país.

O próprio Braide, inclusive, segundo investigações do Grupo de Atuação de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Polícia Federal, pode ter relação direta com um grande esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos dos cofres públicos. Ele nega que esteja sendo investigado e que tenha participação numa organização criminosa que saqueou os cofres do município de Anajatuba.

Contudo, em vez de explicar como os integrantes da Orcrim, inclusive o cabeça do esquema, eram lotados em seu gabinete na Assembleia Legislativa sem precisar ir trabalhar, e sobre volumosas movimentações financeiras em sua conta bancária no mesmo período, o parlamentar preferiu processar cível e criminalmente quem passou a divulgar o caso.



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