Quem se consagrar melhor nas urnas no Maranhão em outubro próximo, dos que disputam o comando do Palácio dos Leões, terá a árdua missão de recolocar o estado nos trilhos do desenvolvimento. É o que mostra a 7.ª edição do Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria Integrada e Economist Intelligence Unit (EIU).
Segundo o levantamento sobre a qualidade da gestão pública, a debilidade na sustentabilidade social, na infraestrutura e na educação derrubou a competitividade do estado.
Confirmando outros exames recentes, de que falta eficiência no governo Flávio Dino (PCdoB), o Maranhão teve a segunda pior nota geral em desempenho, caindo de 25.º para 26.º colocado no ranking nacional de 2018, ficando a frente apenas do Acre. Na escala de 0 a 100, o estado pontuou apenas 32,6. O ATUAL7 entrou em contato com o governo estadual, mas não houve retorno.
O estudo é uma das principais ferramentas de avaliação da gestão pública do Brasil, resultado da análise de 68 indicadores dez pilares estratégicos: sustentabilidade ambiental, capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, solidez fiscal, segurança pública e sustentabilidade social.
Além de ocupar o penúltimo lugar no ranking geral, em sustentabilidade social a situação é alarmante.
De acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados, disponível em uma plataforma online, neste indicador — que considera a atuação do Estado em acesso ao saneamento básico (água e esgoto); desigualdade de renda; famílias abaixo da linha da pobreza; formalidade do mercado de trabalho; IDH; inserção econômica dos jovens; mortalidade infantil, materna e precoce; previdência social; e segurança alimentar —, o Maranhão tirou nota zero, ficando em derradeiro dentre as 27 unidades da federação.
Em infraestrutura, o baixo desempenho também tem dificultado a competitividade do Maranhão. O resultado é reflexo, principalmente, do nanico acesso e da fraca qualidade do serviço de telecomunicações, além da má qualidade das rodoviais. Nestes dois índices, em relação ao ano passado, o estado caiu para a última posição ou manteve-se dentre os derradeiros.
Apesar da propaganda do governo custeado com recursos públicos apregoar o contrário com o programa Escola Digna, segundo o levantamento, o Maranhão ficou na 23.ª posição no país no pilar educação. O desastre no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), inclusive, somado às constrangedoras quedas nas taxas de frequência líquida do Ensino Fundamental e Médio, foram os indicadores que mais contribuíram para a deterioração na qualidade educação no estado.
Nesse pilar, o Maranhão ficou na 23.º posição, com a reles nota 21,0.
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