Nota encaminhada pelo Governo do Maranhão ao ATUAL7, na noite desta terça-feira 21, ataca os delegados de Polícia Civil Tiago Bardal e Ney Anderson Gaspar, por conta das denúncias de suposta arapongagem a desembargadores do Poder Judiciário maranhense.
Assinado pelo secretário estadual de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, o documento diz que as denúncias são “versões criminosas” dos, respectivamente, ex-chefes da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO); rebate a acusação de espionagem aos magistrados; alega que as denúncias ofendem a honra de servidores públicos estaduais [sem citar quais]; e ameaça os delegados de processos criminais por conta das declarações.
“Considerando as versões criminosas apresentadas pelo preso Tiago Mattos Bardal e pelo Delegado licenciado Ney Anderson da Silva Gaspar, acusando o Sistema Estadual de Segurança Pública de investigar ilegalmente membros do Poder Judiciário do Estado do Maranhão, a Secretaria de Estado da Segurança Pública afirma que nenhuma das Autoridades referidas figurou no polo passivo de investigações criminais, portanto, não houve em momento algum a efetivação de interceptações de comunicações telefônicas, de informática ou telemáticas”, diz, completando: “Considerando que tais notícias ofendem a honra de Servidores Públicos Estaduais, os autores serão criminalmente responsabilizados”.
A nota foi emitida após Jefferson Portela entrar no olho do furação e estar na iminência de ser substituído do cargo pelo governador Flávio Dino (PCdoB), como tentativa de estancar o agravamento do escândalo.
Mais cedo, o ATUAL7 revelou que o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Joaquim Figueiredo, encaminhou ofícios ao Supremo Tribunal Federal (STF), Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e à Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), para que sejam apuradas as acusações de Tiago Bardal e Ney Anderson, e para que sejam adotadas “todas as providências cabíveis” em relação às declarações dos delegados.
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