A gestão do prefeito Juran Carvalho (PP) em Presidente Dutra, município localizado a 347 quilômetros da capital, repassou exatos R$ 7.072.025,89 para a Coopmar (Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços), alvo da Polícia Federal, Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas), em duas fases da Operação Cooperari, por desvio de recursos da Prefeitura de Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís.
O valor foi levantado pelo ATUAL7 com base nas prestações de contas da administração municipal do pepista, entre os exercícios financeiros de 2013 a 2016. A prefeitura foi procurada, por e-mail, para se manifestar sobre a contratação da cooperativa, mas não houve retorno.
Segundo o levantamento, logo no primeiro ano de contrato com a gestão Juran Carvalho, foram pagos R$ 252.788,99 à Coopmar. No ano posterior, em 2014, os repasses subiram para R$ 2.221.471,85.
Em 2015 ocorreu o pagamento de valor mais alto, exatos R$ 2.724.452,31.
Possivelmente em razão da Coopmar haver entrado na mira da força-tarefa da Cooperari pela primeira vez, no exercício de 2016, último ano dos repasses, o valor caiu para R$ 1.873.312,74.
Esta é a quarta matéria de uma série que o ATUAL7 vem publicando para tornar público quanto a Coopmar faturou em quase duas dezenas de municípios maranhenses, e quem comandava a gestão municipal à época da assinatura dos contratos.
A primeira, publicada no início do mês passado, mostrou que a cooperativa recebeu R$ 3.318.440,36 da gestão de Miltinho Aragão (PSB) em São Mateus, entre 2014 e 2016.
Também já foi revelado que em Rosário, mesmo período, os ganhos obtidos pela Coopmar na gestão de Irlahi Linhares Moraes (MDB) chegaram a R$ 10.850.442,77.
Maior repasse do levantamentos já realizados, em Santa Helena, durante a passagem do Dr. Lobato (Cidadania) pela prefeitura, entre os exercícios financeiros de 2015 e 2016, exatos R$ 13.743.621,92 foram desembolsados dos cofres públicos do município para a cooperativa.
Segundo apurou o ATUAL7, todos os contratos celebrados entre as prefeituras maranhenses e a Coopmar permanecem sob investigação da força-tarefa da Cooperari, além de promotorias de comarcas locais.
Recentemente, mostrou o ATUAL7, o juiz Ronaldo Maciel, titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, privativa para processamento e julgamento de crimes cometidos por organizações criminosas, autorizou o compartilhamento de provas obtidas no bojo da ação penal que tem como réus os cooperados-cabeças da Coopmar envolvidos no assalto aos cofres públicos de Paço do Lumiar.
O objetivo, segundo a decisão do magistrado, é que o material sirva para a eventual responsabilização em improbidade administrativa e criminal de outros envolvidos no esquema apontado pelas investigações.
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