Duarte Júnior tenta agenda positiva para abafar crise; PF deve intimá-lo
Política

Duarte Júnior tenta agenda positiva para abafar crise; PF deve intimá-lo

Parlamentar busca atenuar desgaste após dados fornecidos pelo Facebook ligarem assessor de seu gabinete a ataques virtuais

O deputado estadual Duarte Júnior abandonou o perfil agressivo em suas redes sociais e tenta emplacar uma agenda eleitoral positiva para abafar a crise que atinge seu mandato e pré-candidatura a prefeito de São Luís, após mensagens atribuídas a ele e dados fornecidos pelo Facebook à Justiça Eleitoral o apontarem como suposto chefe de uma milícia virtual e rede de perfis fakes criados para ataques a adversários políticos e à imprensa.

Sem conseguir comprovar se houve manipulação ou fraude nos áudios e textos que teriam sido vazados do Telegram—com conteúdos que sugerem ainda homofobia, gordofobia e assédio moral—, e acossado pela revelação de que um inquérito na Polícia Federal apura a ligação de um assessor de seu gabinete na Assembleia Legislativa —que o acompanha desde a presidência no Procon— a um perfil criado no Instagram para ataques virtuais ao deputado Wellington do Curso (PSDB), Duarte Júnior busca atenuar o desgaste com publicações sobre o crescimento do Republicanos, seu novo partido, na capital e no Maranhão.

A ideia é fazer parecer que não há preocupação alguma com seu futuro político, e se impor para contornar o desgaste —que começa a respingar no vice-governador Carlos Brandão (Republicanos).

Alheia à estratégia, a PF se prepará para intimá-lo a depor na investigação, assim como seu assessor, para confrontar versões e tentar confirmar descobertas já feitas no bojo do inquérito.

Revelada pelo ATUAL7, a apuração avançou após depoimento de Welligton do Curso, há cerca de uma semana, na sede da Polícia Federal em São Luís.

Documentos fornecidos pelo parlamentar, que teriam sido obtidos por meio de dados abertos levantados por sua assessoria, estreitam ainda mais a suspeita de ligação do próprio Duarte Júnior com a conta no Instagram de achincalhes e desinformações contra o tucano, além da suposta chefia sobre milícia virtual e rede de fakes que seriam integradas por servidores do Procon.



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