Em pronunciamento, Bolsonaro defende fim de quarentena e reabertura de comércio e escolas
Política

Em pronunciamento, Bolsonaro defende fim de quarentena e reabertura de comércio e escolas

Novo coronavírus já deixou 46 mortos no país

Em pronunciamento em rádio e televisão sobre o novo coronavírus (Covid-19), nesta terça-feira 24, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou os efeitos da pandemia que já matou 18.605 pessoas pelo mundo, sendo 46 brasileiros.

“Nossa vida tem que continuar, os empregos devem ser mantidos, o sustento das famílias deve ser preservado, devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades, estaduais e municipais, devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes e o fechamento de comércio e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima de 60 anos. Então, por que fechar escolas?”, questionou.

Segundo Bolsonaro, apenas um pequeno grupo de pessoas deve se manter atenta ao vírus, já que na maioria, inclusive nele próprio, os sintomas seriam de uma "gripezinha” ou um "resfriadinho” —ironizando, de forma indireta, Drauzio Varella, por um vídeo divulgado pelo médico em janeiro último, quando o coronavírus ainda não havia chegado ao Brasil.

“Raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos. Noventa por cento de nós não teremos qualquer manifestação, caso se contamine. Devemos, sim, ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, especialmente nossos pais e avós, respeitando as orientações do ministro da Saúde [Luiz Henrique Mandetta]. No meu caso em participar, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria, ou se muito, seria acometido de uma gripezinha ou um resfriadinho”, continuou.

O presidente ainda criticou a cobertura da imprensa sobre a crise. De acordo com ele, veículos de comunicação espalharam “a sensação de pavor” e potencializaram um cenário de histeria.

“Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão. Espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro chefe o anúncio de um grande número de vítimas na Itália, um país com grande número de idosos e com um clima totalmente diferente do nosso. Um cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhe-se pelo nosso país”, disse.

Foi o terceiro pronunciamento sobre o coronavírus. No primeiro, em 6 de março, Bolsonaro afirmou que não havia motivo para “pânico” e que o momento era de união. No segundo, no dia 12 de março, recomendou o adiamento de manifestações que estavam marcadas para o domingo seguinte, devido à recomendação para evitar aglomerações. O próprio Bolsonaro, contudo, acabou participando dos protestos.



Comentários 2

  1. Pingback: Atual7

  2. Pingback: Atual7

Comente esta reportagem