O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, usou sua conta pessoal no Twitter, nesta segunda-feia 27, para atacar críticos à falta de transparência na ocupação de leitos de UTI na capital. Conforme vem mostrando o ATUAL7, apesar do boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado da Saúde) garantir que há vagas de UTI exclusivas para Covid-19 disponíveis em São Luís, um paciente morreu na UPA da Cidade Operária, no último sábado 25, após aguardar por quatro dias, e não conseguir, transferência para algum dos tais leitos.
“Em tempos de necropolitica, nada mais simbólico do que gente querendo palco com a dor alheia. Tenham piedade, meus amigos. Se não pode ajudar, não atrapalhe. Não passam de hipócritas. Vocês não possuem nenhuma solidariedade com a dor do outro. Apenas querem fazer uso desvirtuado da política, da forma mais rasa e vil possível. Não me surpreende vindo de gente metida com agiota. Vocês não fazem ideia do qto os profissionais dos hospitais têm lutado todos os dias. Existem outras formas de sermos úteis e responsáveis”, publicou, tentando se vitimizar.
Embora não tenha citado nomes, o ataque de Carlos Lula foi direcionado à alguém do meio político, provavelmente de oposição, já que deputados estaduais e federais anilhados ao Palácio dos Leões tem evitado cobranças diretas ao governador Flávio Dino (PCdoB).
“Um mandato tem que ser coletivo. Precisa ser propositivo. É o meu apelo: em vez de espetáculo, resolução. Assim trabalhamos e continuaremos a trabalhar para proteger os maranhenses. E nada disso vai fazer parar minha luta diária – e de toda minha equipe – por mais leitos. Nós vibramos com cada vida salva. Temos foco. E nunca, nunca utilizaremos a dor alheia como instrumento de luta política. Há limites para tudo”, concluiu, novamente tentando se vitimizar, e sem explicar porque não está havendo a transferência de pacientes em estado muito grave, com suspeita de Covid-19, para algum dos leitos de UTI que ele próprio e Dino vêm divulgando nas redes sociais como já prontos para atendimento.
Apesar de Carlos Lula não ter citado nomes, as críticas podem ter sido direcionadas ao deputado estadual Wellington do Curso (PSDB).
Nos últimos dias, o parlamentar tem acompanhado in loco e denunciado a situação de caos no sistema público estadual de saúde, com o objetivo de que as transferências para os leitos de UTI, que o governo garante estarem vagos, sejam realizadas.
Segundo publicações em veículos de imprensa local, feitas no ano passado, o deputado estaria sendo cobrado por agiotas em razão de dívidas contraídas em 2018, de caráter pessoal, que não envolvem dinheiro público.
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