Mesmo derrotado, Duarte Júnior sai fortalecido em São Luís
Política

Mesmo derrotado, Duarte Júnior sai fortalecido em São Luís

Diferença alcançada por Eduardo Braide foi de pouco mais de 50 mil votos. Sem articulação do PDT, resultado das urnas poderia ter sido outro

Apesar da derrota nas urnas, a votação conquistada por Duarte Júnior na disputa pela prefeitura de São Luís deve ser motivo de comemoração para o deputado, que sai fortalecido na capital e consolidado como nova liderança política no Maranhão.

Foram 216.665 pessoas que saíram de suas casas para votar no candidato do Republicanos, que não tem familiares na política, entrou na vida pública eleitoral há apenas dois anos e que enfrentou três grandes caciques da política estadual: Roberto Rocha (PSDB), Roseana Sarney (MDB) e Weverton Rocha (PDT), que se uniram em torno de Eduardo Braide (Podemos), eleito prefeito de São Luís com 270.557 votos.

O número expressivo de votos conquistado por Duarte Júnior também desmontou o estigma de que sua força eleitoral nas urnas resultava unicamente de suposto uso político do Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor (Procon) do Maranhão. Confirmou-se, na verdade, reconhecimento ao trabalho desenvolvido na autarquia, e como parlamentar.

Além disso, a diferença alcançada por Eduardo Braide, de pouco mais de 50 mil votos, sugere que a vitória do adversário de Duarte Júnior só foi possível devido à logística e operacionalização do PDT, enraizado há três décadas no Palácio de La Ravardière e, com isso, especialista em obter votos de eleitores vacilantes sobre o futuro de São Luís.

Sem a articulação do partido de Weverton, fatura que será cobrada pelos próximos quatro anos, o resultado das urnas poderia ter sido outro.



Comentários 2

  1. Vicente

    Impressiona a mudança de tom de diversos blogueiros ao longo desta campanha, incluindo você. Esse texto, por exemplo, ignora completamente o esforço (para não dizer abuso) da máquina do governo estadual em favor de Duarte. Desfaçatez falar da evidente "logística e operacionalização do PDT" e esquecer da logística e operacionalização de secretarias estaduais. "Suposto uso político do Procon"? O sujeito trepava no telhado pra fazer propaganda, lacrava postos de gasolina porque subiam o preço (era momento de transição para a nova política de preços da Petrobras entre 2016 e 2017) e, pasmem, emplacou a então namorada na diretoria do órgão enquanto estava candidato a deputado. Foram 270.557 pessoas que saíram de suas casas para dizer não à tentativa de cabresto imposto pelos Leões.

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