Uma semana após dizer que pode cumprir o mandato até o fim para conduzir a própria sucessão, o governador Flávio Dino (PSB) voltou a admitir que vai mesmo deixar o comando do Palácio dos Leões no início de 2022.
A nova mudança de posição foi externada na terça-feira (31), após o próprio neosocialista criar uma crise política com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), sucessor natural e, por isso, principal fiador de eventual permanência de Dino na vida pública.
“Quando eu sair do governo no começo do ano que vem para ser candidato, pois sou obrigado pela lei, eu vou voltar para onde eu vim. De onde eu vim?! Da sala de aula da Universidade Federal do Maranhão. É para lá que eu vou voltar, para ser professor de Direito Constitucional”, declarou o governador durante inauguração de obras no município de São Raimundo das Mangabeiras.
Na certeza de que receberá o bastão a partir de abril de 2022, Carlos Brandão vem trabalhando intensamente, com aval do próprio Flávio Dino, para concorrer à reeleição para governador, mas sofreu desgaste eleitoral potencializado por adversários após a manifestação de Dino sobre a possibilidade de permanência no cargo.
Segundo disseminaram, ao cogitar cumprir o mandato até o fim, Dino estaria demonstrando não confiar em Brandão ou que recuaria da decisão de apoiar o tucano na corrida para indicar outro nome.
O ATUAL7 apurou que, há poucos dias, em meio à crise, o governador e o vice-governador tiveram uma dura reunião à portas fechadas no Palácio dos Leões. Suposto uso da estrutura do governo estadual por adversários na disputa eleitoral e suposta influência de familiares de Brandão na pré-campanha ao controle do Executivo estadual foram os assuntos mais tensos da conversa.
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