PF indicia Luciano Genésio por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Política

PF indicia Luciano Genésio por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Também foram indiciados outros seis investigados. Caso está sob relatoria do desembargador Cândido Ribeiro, do TRF-1

A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre a Operação Irmandade e indiciou o prefeito afastado de Pinheiro, Luciano Genésio (PP), sob suspeita de prática dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Também foram indiciados outros seis investigados, sob suspeita de terem cometido os mesmos crimes.

O relatório final da PF foi assinado pelo delegado Roberto Costa, da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, e faz parte de uma investigação que apura o desvio de recursos públicos federais em contratos de R$ 38 milhões destinados à saúde e educação do município.

O caso está sob relatoria do desembargador Cândido Ribeiro, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região.

Segundo a investigação, que tramita sob sigilo, duas empresas contratadas pela gestão municipal e que seriam pertencentes ao próprio Luciano Genésio teriam transferido parte dos recursos públicos recebidos pela prefeitura para a conta pessoal do mandatário logo após os pagamentos. Ele e demais indiciados também foram alvo de busca e apreensão, no bojo da operação deflagrada no dia 12 de janeiro.

A PF diz que, ao tomar conhecimento de que era alvo de investigação, em vez de diminuir ou mesmo cessar os desvios, a organização criminosa ampliou a movimentação financeira ilícita.

Foi pedida a prisão preventiva do prefeito de Pinheiro, mas a medida foi negada por Cândido Ribeiro. O magistrado decidiu como suficiente determinar o afastamento do gestor municipal do cargo, e a proibição de acessar ou frequentar as dependências da prefeitura, de manter contato com outros investigados e de se ausentar da cidade durante a apuração.

Na única manifestação pública sobre o caso, Luciano Genésio diz ser “homem responsável e obediente às leis”.

A denominação “Irmandade”, que batiza a operação da PF, faz referência à composição da organização criminosa, que possui, tanto no núcleo político, quanto no núcleo empresarial, irmãos entre os integrantes.

Atualmente, segue no comando do Executivo municipal, como interina, a vice-prefeita Ana Paula Lobato (PDT). Enfermeira, ela é a primeira mulher a chefiar a Prefeitura de Pinheiro e esposa do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB).