Eike Batista
Eike Batista é preso em nova fase da Lava Jato
Cotidiano

Prisão foi determinada pelo juiz Marcelo Bretas após pedido do Ministério Público Federal

O empresário Eike Batista foi preso em mais uma fase da operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira 8, denominada Segredo de Midas.

A prisão, temporária, foi determinada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª vara Criminal do Rio, após pedido do MPF (Ministério Público Federal), e tem relação com o depoimento em delação premiada do banqueiro Eduardo Plass.

Segundo a PF, a operação tem como objeto ‘a busca de provas relativas à manipulação do mercado de capitais e à lavagem de dinheiro’.

Também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas dos filhos mais velhos de Eike, Thor e Olin.

Colaboração de Eike Batista à Lava Jato pode envolver políticos do Maranhão
Política

Empresário doou dinheiro para partidos da ex-governadora Roseana Sarney e do governador Flávio Dino

A possibilidade do empresário Eike Batista colaborar com a Operação Lava Jato pode trazer revelações envolvendo agentes políticos do Maranhão.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre 2006 e 2012, ele destinou R$ 12,6 milhões a políticos e diretórios regionais de 13 partidos em oito estados.

Até agora, já é sabido que os partidos que receberam recursos foram PT, PMDB, PSDB, PP, PSD, PSB, DEM, PR, PDT, PV, PCdoB, PTB e PTC. Os estados dos políticos também são conhecidos: Rio, Minas Gerais, Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amapá, Distrito Federal e, é claro, como sempre, o Maranhão.

Contudo, alguns dos nomes dos beneficiários desse dinheiro ou a motivação das doações milionárias ainda são um mistério. Se Eike Batista resolver abrir a boca, porém, o destino desses recursos e a motivação das doações podem se tornar públicas.

E, se isso acontecer, há a possibilidade real de alguns agentes políticos no Maranhão ficarem de fora, antecipadamente, da disputa de 2018 — inclusive por possibilidade de prisão pela PF.

Roseana Sarney

Em 2006 o PFL (atual DEM) do Maranhão, que tinha à frente a ex-governadora Roseana Sarney, foi beneficiado por Eike com R$ 1 milhão. Quatro anos depois, em 2010, o PMDB maranhense, onde Roseana já estava abrigada, recebeu R$ 500 mil do empresário.

Apesar de terem sido feitas de forma legal, há dúvidas, porém, das reais intenções por trás da vontade de Eike em fazer as doações para os partidos da ex-governadora.

PCdoB

Ainda em 2010, Eike Batista foi um dos mecenas do PCdoB, partido do governador Flávio Dino. Segundo TSE, naquele ano, ele repassou R$ 300 mil à direção nacional da legenda, à época já comandada por seu atual presidente, Renato Rabelo.

Como na época a legislação não obrigava a identificar para qual campanha foram destinados os recursos, os comunistas beneficiados com o dinheiro doado pelo empresário ainda permanecem ocultos.