Rocha Rocha
Rocha desmente que tenha identificado seis suspeitos de voto a mais na eleição do Senado
Política

Tucano diz que informou à imprensa apenas que haveria ainda de seis a dez senadores cujos momentos de votação não puderam ser captados com clareza pelas imagens

O corregedor do Senado Federal, Roberto Rocha (PSDB-MA), desmentiu a informação de que ele tenha dito, em entrevista à imprensa nessa quarta-feira 13, que identificou seis senadores como suspeitos de possível fraude na eleição que tornou Davi Alcolumbre (DEM-AP) presidente da Casa, no último dia 2.

“Em entrevista ontem disse a jornalistas que haveria ainda de 6 a 10 senadores que não tínhamos boas imagens da hora do voto, na eleição da presidência do Senado. Jamais falei em suspeitos, como foi publicado”, garantiu o tucano, no Twitter.

A investigação da Corregedoria do Senado diz respeito ao caso do voto duplicado que anulou a 1ª tentativa de votação do dia. Após todos os senadores irem à urna, foram computados 82 votos, sendo que há na Casa somente 81 senadores.

Além dos imagens da votação disponíveis na TV Senado e nas câmeras de segurança, também estão sob análise cerca de 11 mil fotografias.

Os nomes dos senadores cujos momentos de votação não puderam ser captados com clareza pelas imagens da transmissão oficial não foram divulgados.

Rocha Rocha contesta inclusão de seu nome no ‘Detector de Corrupção’
Política

Pré-candidato ao Palácio dos Leões, senador garante que não responde a processos ou inquéritos ligados à corrupção

O senador e pré-candidato ao Palácio dos Leões Roberto Rocha (PSDB-MA) vai impetrar representação judicial contra o aplicativo gratuito ‘Detector de Corrupção’, desenvolvido pelo instituto Reclame Aqui!, por entender que é indevida a inclusão de seu nome na ferramenta, em razão dele não responder, segundo ele, a qualquer processo ou inquérito na Justiça relacionados a atos de corrupção.

Segundo Rocha, o problema reside no fato do aplicativo não fazer distinção entre diferentes situações, como uma simples investigação, de ordem administrativa, de uma condenação em última instância. “Dou um crédito de boa-fé aos autores do aplicativo, mas informo que tomarei medidas judiciais caso mantenham meu nome, associado a suspeitas de corrupção”, afirmou o tucano.

De fato, conforme revelado pelo ATUAL7, o senador tucano é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele tem foro, a respeito unicamente de matéria de Direito Eleitoral, relativa a prestação de contas eleitorais de 2014.

Por meio de sua assessoria, ele afirma que essa prestação de contas já foi julgada e aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, inclusive com parecer favorável do Ministério Público. “Trata-se de um caso de jus esperneandi, como dizem no meio jurídico, de um adversário político inconformado com a derrota. Como pode isso, que nada tem a ver com corrupção, estar sendo usado para denegrir o meu nome?”, questionou.

O pedido de abertura das investigações foi feito Ministério Público Federal (MPF) do Maranhão, no ano passado. O caso aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República (PRG), seguindo seu curso normal no sistema judiciário.

Para o senador, “faz parte de um processo mais amplo de criminalização da política tentar jogar num mesmo cesto todos os políticos, como se uma simples investigação fosse igual a uma sentença. Dessa forma, esse aplicativo, que poderia ser uma boa ideia, acaba sendo um desserviço à pedagogia democrática da população”, concluiu.

O ATUAL7 entrou em contato com o Vigie Aqui!, site mantido na internet pelo instituto Reclame Aqui! para divulgação e download do App, e aguarda retorno sobre o assunto.

Rocha vira alvo da situação e oposição por contrapor dicotomia Sarney x antisarney
Política

Apesar dos ataques, tucano segue com sua plataforma eleitoral que insere na agenda política do Maranhão a questão das potencialidades econômicas do estado

A pouco menos de oito meses meses para o pleito de outubro próximo, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) virou o principal alvo de ataques disparados tanto por membros da base de sustentação ao governo Flávio Dino quanto por de grupos políticos de oposição a gestão comunista.

O motivo: o tucano é o único dos postulantes ao Palácio dos Leões a contrapor a eterna dicotomia Sarney x antisarney, e por isso único capaz de materializar a terceira via nas eleições de 2018.

Desde que foi traído pelo governador do Maranhão, quando teve tomada a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais, Rocha tem se tornado não somente uma ameaça, mas uma dupla ameaça à hegemonia política de décadas, que sequestrou mentalidade da classe política e da própria população, de que no Maranhão todo agente público ou faz parte da oligarquia ou faz parte da oposição apenas ao clã maranhense.

Como, apesar dos ataques, o tucano não entrou no jogo de discutir a política pela política, e segue com sua plataforma eleitoral que insere na agenda política do Maranhão a questão das potencialidades econômicas do estado, com obras estruturantes, proteção e revitalização dos rios, e geração de emprego e renda, a expectativa, portanto, é que a medida que a eleição se aproxime, novos petardos sejam disparados contra ele.

Em vez de derrubá-lo, porém, os disparos podem se estilhaçar antes de alcançá-lo ou fazer ricochete.

Segundo revelou o mais recente estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a famigerada dicotomia não resolveu o problema da extrema pobreza no Maranhão, que chegou a aumentar nos anos de 2015 e 2017. Já segundo o levantamento mais recente da Confederal Nacional de Transporte (CNT), mais da metade das estradas do Maranhão continuam classificadas como ruins ou péssimas.

Pré-candidato aos Leões por um partido que tem um dos maiores tempos na propaganda eleitoral e que pode ganhar a Presidência da República em 2018, Roberto Rocha pode usar de seu tirocínio político e de sua especialidade em dados, números e estatísticas para, por meio de estudos como o do IBGE e do CNT, e da ligação umbilical como o futuro chefe do País, se tornar o eixo da resistência crescente a Flávio Dino e ao mesmo tempo atrair as forças do eleitorado maranhenses que não deseja mais a volta de Roseana Sarney.