A comissão de delegados da Polícia Civil que apura a máfia da agiotagem no Maranhão deve convocar o vereador Roberto Rocha Júnior, filho do senador Roberto Rocha, ambos do PSB, para se explicar sobre um cheque encontrado dentro do cofre do agiota Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan, durante as operações “Morta Viva” e “Marajá”.
A informação foi confirmada ao Atual7 pelo delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros, que coordena os trabalhos da Comissão de Combate à Agiotagem no estado.
– Todos que tiveram documentos apreendidos com o agiota serão ouvidos a respeito – garantiu.
Além de Rocha Júnior, segundo o Blog do Neto Ferreira, folhas de cheques do advogado e ex-candidato a deputado federal Dalton Arruda; e das empresas Engenharia Incorporações e Empreendimentos Ltda, Lastro Engenharia e Incorporações Ltda, GPS Construções e Locação Ltda, N. E. Transporte e Locações Ltda, R2FC Engenharia e Arquitetura Ltda também foram encontrados em posse do agiota Pacovan.
No caso do filho do senador maranhense, homens da policia e do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) encontraram uma folha de cheque do Banco do Brasil, no valor de R$ 120 mil.
Vazamento da lista da agiotagem
O delegado Augusto Barros também respondeu ao Atual7 sobre a reação do senador Roberto Rocha em uma rede social, ao responder a um seguidor sobre o vazamento do envolvimento financeiro de seu filho vereador com o agiota Pacovan.
Barros rechaçou a acusação de que o vazamento de informações tenha partido de algum “agente público canalha”, como afirmou Rocha, e disse acreditar que o vazamento possa ter ocorrido a partir dos advogados dos investigados.
– Acreditamos que o vazamento de informações tem ocorrido a partir dos próprios advogados dos investigados. A Polícia Civil não tem qualquer interesse nessas divulgações, já que elas apenas atrapalham os trabalhos – declarou.
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