Roberto Rocha Júnior
Roberto Rocha Júnior garante valorização aos servidores de carreira
Política

Garantia foi dada durante evento no auditório do jornal O Imparcial. Participaram entidades representativas da CGU, CGM, CGE e dos tribunais de contas da União e do Estado

O vereador e candidato a vice-prefeito pela coligação “Por amor a São Luís”, Roberto Rocha Júnior (PSB), garantiu durante debate realizado na tarde dessa quarta-feira 28, que vai valorizar os profissionais da área de serviços e obras públicas e melhorar as estruturas do setor. O evento aconteceu no auditório do jornal O Imparcial, e teve como tema a “Transparência, Controle e Combate à Corrupção”, promovido pela União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon) no Maranhão.

Respondendo perguntas de entidades associativas que congregam servidores de carreira da Controladoria Geral da União (CGU), Controladoria Geral do Município (CGM), Controladoria Geral do Estado (CGE) e os tribunais de contas da União (TCU) e do Estado (TCE), Rocha Júnior afirmou que vai trabalhar para garantir a melhor qualidade de desenvolvimento na execução do trabalho aos servidores da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp).

“O que nós precisamos fazer para a fiscalização dessas obras? Primeiramente fazer a valorização dos profissionais de carreira da Semosp. Esses profissionais, infelizmente, não têm o reconhecimento e não têm qualquer tipo de valorização em relação a garantir a melhor qualidade de desenvolvimento da execução do trabalho. Esse é um dos pontos principais que nós gostaríamos de fazer a partir de 2017, na nova gestão”, declarou ele, ao comentar sobre o atraso na obra de construção da Maternidade da Cidade Operária.

Segundo o socialista, o atraso nas obras ocorre porque, em vez de utilizar os servidores da Semosp para a fiscalização de serviços e obras no município, a gestão municipal tem passado essa função para a própria terceirizada.

“Normalmente, as empresas é que fazem a própria fiscalização. Um exemplo: se uma empresa x está fazendo execução das obras, obras da maternidade, ela mesma vai fazer a fiscalização? Isso não existe!”, criticou.

SSP usa GTA, viaturas, motos e até Cavalaria para pegar assaltantes da casa de RR
Política

Senador maranhense teve residência assaltada na tarde de sexta-feira 23. Dois suspeitos foram presos minutos depois

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) do Maranhão, comandada pelo delegado Jefferson Portela, provou para a bandidagem que não está para brincadeira quando o crime envolve assalto à residência. Pelo menos quando a residência é de algum senador e, principalmente, se este senador é aliado do governador Flávio Dino (PCdoB) e do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

A constatação foi feita in loco por vizinhos do senador maranhense Roberto Rocha (PSB).

Localizado no bairro do Calhau, o imóvel foi alvo de pelo menos cinco assaltantes, na tarde dessa sexta-feira 23, que teriam se aproveitado da abertura de um portão pelo motorista do socialista para entrar no local, onde ocorria uma festa. O senador e sua esposa não estavam em casa, mas os ladrões fizeram o vereador e pré-candidato a vice-prefeito na chapa de Edivaldo Júnior, Roberto Rocha Júnior (PSB), e alguns parentes reféns. Os bandidos pegaram vários objetos pela casa, inclusive notas de euro e dólar, e depois saíram.

Ao tomar conhecimento do assalto à casa do senador da República, a SSP-MA disponibilizou um grande contingente da Polícia Militar na busca aos assaltantes. Quem presenciou e não sabia da caça aos assaltares, por não estar acostumado a ver ações desse tipo em defesa do cidadão comum, pensou se tratar de alguma operação de guerra contra possíveis seguidores do maranhense Marcos Mário Duarte, o Zaid Duarte, suspeito de planejar ataques terroristas nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro.

Segundo o próprio Rocha Júnior divulgou na rede social Facebook, foram deslocados helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA), várias viaturas e motos, e até mesmo homens da Cavalaria para a caça aos assaltantes. Pelo menos dois deles já foram presos pelo Esquadrão de Polícia Montada (1º EPMont).

“Eu e alguns parentes fomos mantidos sob a mira de armas durante toda a ação dos bandidos que, na oportunidade, levaram alguns bens materiais. Alguns deles já recuperados graças a eficiente ação da Polícia Militar que agiu rápido e se mobilizou por meio do GTA, cavalaria, viaturas e motos, na busca dos assaltantes. A captura, minutos depois, de dois dos cincos suspeitos, foi resultado da presteza desses policiais”, postou Rocha Júnior.

Todos estão bem.

Roberto Rocha diz que esposa vai questionar PF sobre inquérito da Sermão aos Peixes
Política

Ana Cristina Ayres Diniz teve seu nome relacionado em esquema de corrupção em Balsas. Descoberta foi feita em interceptação telefônica de acusados

O senador Roberto Rocha (PSB-MA) divulgou nota, no início da noite dessa quarta-feira 2, na qual rebate revelação feita pelo Atual7 sobre as suspeitas de que sua mulher, Ana Cristina Ayres Diniz, segundo relatório da Polícia Federal relacionado à Operação Sermão aos Peixes, tenha recebido propina e participado de um esquema de superfaturamento de licitação encabeçado por investigados pela PF.

Roberto Rocha divulgou nota em que acusa a Polícia Federal de fazer interpretações absurdas feitas sem qualquer fundamento na realidade dos fatos
Divulgação Sermão ao Peixes Roberto Rocha divulgou nota em que acusa a Polícia Federal de fazer interpretações absurdas feitas sem qualquer fundamento na realidade dos fatos

Na nota, que pode ser conferida na íntegra ao lado, Rocha nega as acusações contra a sua esposa, alegando que Ana Cristina Diniz nunca exerceu cargo público em qualquer esfera de governo e que ela não conhece as duas pessoas da gravação. “Diante da gravidade dos fatos maldosamente imputados a ela”, diz, um advogado foi constituído para questionar a legitimidade da escuta contida no inquérito da Polícia Federal.

Ele promete ainda acionar a imprensa na Justiça por ter divulgado o trecho do relatório em que sua mulher é apontada como participante do esquema de corrupção.

Procurada pelo Atual7 desde a deflagração da Operação Sermão aos Peixes, a Polícia Federal tem alegado não que omite declaração a respeito de operações que estão em andamento e revestidas em sigilo, no caso as interceptações telefônicas. Resta saber se agora seguirá com a mesma linha ou adotará outra, por ser tratar de respostas à mulher de um senador da República.

Pote

Em conversa telefônica com o sócio da Centro de Medicina Clínica Ltda, interceptada pela Polícia Federal com autorização da Justiça no início de dezembro do ano passado, o empresário Charles Miranda Lopes menciona, segundo a PF, a esposa do senador maranhense, cunhada do prefeito de Balsas, Luís Rocha Filho, o Rocinha (PSB), ao comentar que pagava propina para uma agente do município por conta da licitação fraudulenta e do esquema de superfaturamento de biópsias realizadas rede pública de saúde do município.

Para a Polícia Federal, essa pessoa seria a mulher do senador Roberto Rocha, que era tratada por Charles como “secretária de saúde de Balsas”, que “gosta de um pote”.

Família suspeita

Esta não é a primeira vez que um familiar de Roberto Rocha tem o nome envolvido em esquema de corrupção desbaratado pela polícia.

Em maio deste ano, durante as operações "Morta Viva" e "Maharaja", que investiga crimes de agiotagem nas prefeituras do Maranhão, homens da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e do Grupo de Atuação Especial no Combate a Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão encontraram um cheque de 120 mil reais, pertencente ao vereador Roberto Rocha Júnior (PSB), filho do senador maranhense, no cofre do agiota Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como Pacovan.

Até hoje o Rocha Júnior nunca se manifestou, mas o seu pai, provocado por um seguidor numa rede social, em ação semelhante a esta tomada contra a Polícia Federal, chegou a achacar o governo Flávio Dino e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), comandada pelo delegado Jefferson Portela, prometendo ir a SSP saber qual o "agente público canalha" que vazou a cópia do cheque de seu filho para setores da imprensa maranhense.

Após o achaque, de la pra cá, o achado no cofre de Pacovan foi aparentemente esquecido pela Polícia Civil - e provavelmente até devolvido.

Cheque de Roberto Rocha Júnior é abafado após reaproximação do pai com Dino
Política

Cheque de R$ 120 mil do vereador foi encontrado em posse do agiota Pacovan desde o dia 5 de maio

Roberto Rocha sendo recebido no último dia 6 pelo governador Flávio Dino em agenda no Palácio dos Leões
Divulgação Jogador Roberto Rocha sendo recebido no último dia 6 pelo governador Flávio Dino em agenda no Palácio dos Leões

A reaproximação do governador Flávio Dino (PCdoB) com o senador Roberto Rocha (PSB) trouxe alívio aos pulsos do vereador de São Luís, Roberto Rocha Júnior (PSB), filho do senador.

Pego desde o dia 5 de maio com cheque de 120 mil reais do Banco do Brasil em posse do agiota Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como Pacovan, durante as operações "Morta Viva" e "Maharaja", que investiga crimes de agiotagem nos dois municípios maranhenses, Rocha Júnior teve seu envolvimento com o agiota engavetado pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), comandada pelo delegado André Gossain.

Antes do engavetamento, o senador Roberto Rocha, pai do vereador, chegou a achacar o próprio governo Dino e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), comandada pelo delegado Jefferson Portela, prometendo ir a SSP saber qual o "agente público canalha" que vazou a cópia do cheque do filho para setores da imprensa maranhense.

Passados mais de cinco meses, o senador reatou os laços com o governador e visitou o Palácio dos Leões, movimentações -  somadas as de bastidores - suficientes para abafar o cheque do filho encontrado pela Polícia Civil no cofre de Pacovan.

No meio da celeuma, até a Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepol) do Maranhão, acostumada a soltar nota em defesa dos seus, também silenciou.

Rochas divergem sobre administração de Edivaldo Holanda Júnior
Política

Enquanto Roberto Rocha critica fortemente a gestão municipal, Rocha Júnior concede Moção de Aplausos

À primeira vista, os ditados populares "Tal pai, tal filho" e "Filhinho de peixe, peixinho é", parecem não servir para explicar as opiniões do senador Roberto Rocha e do seu filho e vereador Roberto Rocha Júnior, ambos do PSB, sobre a administração do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) na capital.

Ou o que é pior: servem.

Explica-se:

Enquanto Rocha pai, que foi companheiro de chapa de Holanda Júnior em 2012, critica fortemente a gestão do pedetista, afirmando que este não pode ancorar no governo [Flávio Dino] a sua reeleição e até mesmo lançando-se como candidato tapa-projeto, Rocha filho segue em via contrária, não somente aprovando e defendendo o comando de Edivaldo no Palácio de La Ravardière, como ainda usando a força de seu mandato parlamentar para fazer média ao prefeito, como ocorreu nessa segunda-feira 14, quando concedeu a Edivaldo Júnior, via Câmara Municipal, Moção de Aplausos pelas recentes obras de intervenções na mobilidade urbana de São Luís.

Pela movimentações públicas contrárias dos Rochas, ou os ditados populares realmente não se aplicam a eles, ou, a  julgar pelo autointitulamento de Rocha pai como "jogador", está explicada a estranheza do prefeito de São Luís ainda manter o controle do senador sobre as gordas pastas de Meio Ambiente e de Abastecimento; e a deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) que se cuide e abra os olhos, para não acabar sendo driblada.

Astro de Ogum repreende Rose Sales por denunciar gazetas de Roberto Rocha Júnior
Política

Filho do senador maranhense Roberto Rocha estaria recebendo os benefícios do mandato sem precisar ir à Câmara de São Luís

O clima foi quente e de muita discussão na Câmara Municipal de São Luís, durante a sessão da última segunda-feira (13).

Após pular o São João e virar unha e carne com o senador Roberto Rocha (PSB-MA), o presidente do Legislativo ludovicense, vereador Astro de Ogum (PMN), descatitou pra cima da combativa vereadora Rose Sales (PP). Motivo: a parlamentar denunciou as gazetas do seu colega de parlamento, o vereador Roberto Rocha Júnior (PSB), filho do senador maranhense.

A confusão ocorreu quando Sales denunciou o acocar da CMSL ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), classificando a Casa de "sucursal da prefeitura" e que a Câmara "se desrespeitou". Durante o discurso, a vereadora atirou também contra os colegas, chegando a revelar que Rocha Júnior "quase nunca aparecia na Casa", ou seja, vem recebendo dinheiro público sem trabalhar.

Chateado com a ação de Rose Sales contra o filho de seu novo par político, Astro de Ogum repreendeu a vereadora do PP, alegando que ao atingir Roberto Rocha Júnior com denúncias, ela estaria atingindo o próprio parlamento municipal. “Cada vereador tem que cuidar do seu mandato e deixar que cada um responda pelo seu mandato junto à população”, emendou.

A discussão foi ríspida.

Assessor de Márcio Jerry e dono de cheques encontrados com Pacovan são sócios em construtora fantasma
Política

Walter França Júnior é sócio de Uthan Avelino Carvalho na Construtora Ramos França Ltda, investigada pelo MP-MA por suspeita de participação em esquema fraudulento

É delicada e cada vez mais próxima a relação do secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry Barroso, com donos de cheques encontrados por homens da Polícia Civil e da Gaeco no cofre do agiota Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, no bojo das Operações “Maharaja” e “Morta-Viva”.

Além de José Wellington da Silva Leite, filho da ex-prefeita de Vargem Grande, Maria Aparecida da Silva Ribeiro, e superintendente da pasta comandada por Jerry, a nomeação de um outro assessor na Articulação Política também deve ser investigada pela comissão de delegados e de promotores que apura o envolvimento de políticos e empreiteiros na máfia da agiotagem - e que pode de forma independente investigar, inclusive, se o próprio governador Flávio Dino (PCdoB) não é, ou foi, um dos beneficiados no esquema criminoso.

Walter França Júnior, ao lado do senador Roberto Rocha, do governador Flávio Dino, e do sua esposa, a vice-prefeita de Godofredo Viana, Karinne Silva Andrade (de óculos)
Todos Pelo Maranhão Mais do que uma foto de campanha Walter França Júnior, ao lado do senador Roberto Rocha, do governador Flávio Dino, e do sua esposa, a vice-prefeita de Godofredo Viana, Karinne Silva Andrade (de óculos)

Trata-se de Walter França Silva Júnior, marido da vice-prefeita do município de Godofredo Viana, Karinne Silva Andrade (PDT), nomeado por Dino desde o dia 16 de janeiro de 2015, mas com efeitos retroativos ao 1º dia do mesmo mês, no cargo de Assessor Especial, simbologia DGA, uma das mais bem pagas pelo poder público estadual.

Conforme denunciado pelo Atual7, com exclusividade, desde o início do ano, Walter França Júnior é um dos donos da construtora fantasma Ramos França Ltda, registrada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) com endereço onde, na verdade, existem apenas residências. O outro sócio da Ramos França é Uthan Avelino de Jesus Carvalho, que teve três folhas de cheques em seu nome encontrados pela Polícia Civil e pela Gaeco no cofre do agiota Pacovan durante operação contra agiotagem no início de maio.

Por coincidência - ou não! -, é ex-secretário de Saúde do município de Santa Rita, administrado por Antonio Cândido Santos Ribeiro, o Tim (PRB), que poucos meses antes da nomeação do assessor especial de Márcio Jerry, fechou um contrato entre a prefeitura e a Construtora Ramos França para locação de máquinas pesadas - um dos escorredouros de verba desviada pela agiotagem -, no valor de R$ 1.228.680,00 (um milhão, duzentos e vinte e oito mil, seiscentos e oitenta reais).

Questionado pelo Atual7 sobre os critérios adotados para a nomeação de Walter França Júnior para o cargo, o secretário de Articulação Política negou informações que, pela Lei de Acesso à Informação, deveriam ser públicas, mas acabou deixando vazar que o cargo dado ao sócio do Uthan Avelino Carvalho teria sido por indicação de alguém, que não quis declinar o nome.

- Foi uma indicação que eu acolhi. Isso é um assunto particular. O critério adotado foi o que é adotado pra todo mundo que é cargo de comissão. Ele foi sugerido, foi apreciado o curriculum, e ele foi incorporado a uma equipe técnica da Secretaria. Eu não devo essa satisfação a você. Quem me indicou... Imagina só?! Eu não reforço ilações patrulheiras - respondeu Jerry.

Pela rede que envolve Uthan Avelino Carvalho, Walter França Júnior, a construtora fantasma e três folhas cheques encontrados em posse de Pacovan, há suspeitas agora de que a indicação para Jerry tenha partido do próprio agiota, o que deve ser investigado pela Polícia Civil e pela Gaeco.

Construtora fantasma

Suspeitas de irregularidades levaram o MP-MA a investigar  o contrato firmado entre a empresa de Walter França Júnior e a Prefeitura de Santa Rita
Diário Oficial do MA No flagra! Suspeitas de irregularidades levaram o MP-MA a investigar o contrato firmado entre a empresa de Walter França Júnior e a Prefeitura de Santa Rita

Apesar de declarar à Receita Federal, Junta Comercial do Estado do Maranhão (Jucema), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) do Maranhão e até à Prefeitura de Santa Rita que suas atividades funcionam na Rua Castelo Branco, S/N, Centro de Santa Rita, a empresa pertencente ao assessor especial de Márcio Jerry e ao dono de três folhas cheques encontrados no cofre do agiota Pacovan não existe no local informado em sua documentação.

Ao tentar encontrar a empreiteira, a reportagem constatou que no endereço existem apenas residências, e nenhum dos moradores na área soube informar sobre a existência da Construtora Ramos França, que é ainda acusada pelo Ministério Público - com mais outras três empresas - de participar de um esquema fraudulento que envolve a construção de estradas vicinais, construção de uma ponte, prestação de serviços de locação de máquinas pesadas e serviços de limpeza pública no município de Santa Rita.

Agiotagem e avião não declarado

A ligação de Walter França Júnior com o governo Flávio Dino não se iniciou apenas quando de sua nomeação.

Durante a campanha eleitoral de 2014, a presença do sócio de Uthan Avelino Carvalho - que teve dois cheques encontrados com Pacovan, pisa-se - e de sua mulher, Karinne Silva Andrade, com o então candidato comunista foi sempre bastante constante.

O perfil de Karinne Andrade em uma rede social, por exemplo, onde se identifica como advogada da Secretaria de Estado de Infraestrutura, contém dezenas de registros dela e de seu marido ao lado do governador do Maranhão, inclusive um de um avião utilizado na campanha rumo ao comando da caneta dos Leões, porém não declarado na prestação de contas à Justiça Eleitoral.

Curiosamente, o senador Roberto Rocha, do PSB, também aparece nessa foto. Ele é pai do vereador por São Luís Roberto Rocha Júnior, também do PSB, outro que teve cheque encontrado pela Polícia Civil e pela Gaeco dentro do cofre do agiota Pacovan.

Vaza a lista de cheques e cartões de políticos e empreiteiros encontrados no cofre de Pacovan
Política

Cunhado de deputado federal, irmão de prefeito e ex-presidente da Câmara Municipal de São Luís devem ser chamados para depor na Seic

O Blog do Neto Ferreira divulgou, nesta quinta-feira (21), com exclusividade, a lista completa dos talões e folhas de cheques; cartões de crédito e de débito; notas promissórias e pastas de documentos de compra e venda de imóveis de políticos, prefeituras, empresas e empreiteiros, encontradas por homens da Polícia Civil e da Gaeco no cofre do agiota Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, durante as Operações “Maharaja” e “Morta-Viva”.

Entre os nomes divulgados, destacam-se o do cunhado do deputado federal Zé Carlos do PT, Uthan Avelino de Jesus Carvalho; do irmão do prefeito de Pedro do Rosário e suplente de deputado estadual, Domingos Erinaldo Sousa Serra, o Toca Serra (PTC); do assessor de Márcio Jerry, José Wellington da Silva Leite; dos vereadores de São Luís, Roberto Rocha Júnior (PSB) e Isaías Pereirinha (PSL); e da Prefeitura de São Mateus, comandada pelo aliado e ex-sócio de Flávio Dino, Miltinho Aragão. Entre as empresas, há cheques da Agropol Agropecuária e Projetos; R2FC Engenharia e Arquitetura Ltda; Lastro Engenharia Incorporações Ltda; Premier Serviços Gerais Ltda; e Alcino Automóveis Comis de Veículos.

Segundo declarou ao Atual7 o delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros, "todos que tiveram documentos apreendidos com o agiota serão ouvidos a respeito". Ainda segundo Barros, todos devem depor na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) ainda este ano.

A lista completa dos cheques, cartões de crédito e de débito, notas promissórias e pastas de documentos de compra e venda de imóveis encontrados em poder do agiota Pacovan pode ser acessada diretamente no Blog do Neto Ferreira.

Agiotagem: Polícia encontra cheque de assessor de Márcio Jerry no cofre de Pacovan
Política

Filho da ex-prefeita de Vargem Grande, Maria Aparecida Ribeiro, Wellington Leite é superintendente da Secretaria de Estado de Articulação Política

José Wellington da Silva Leite, filho da ex-prefeita de Vargem Grande, Maria Aparecida da Silva Ribeiro, pode ser o próximo investigado pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) a ser levado à delegacia dentro de um camburão, a exemplo do que ocorreu, nessa segunda-feira (19), com o ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, também suspeito de envolvimento na Máfia da Agiotagem.

Wellington Leite e a mãe, Maria Aparecida, durante a campanha eleitoral de Flávio Dino e Roberto Rocha
Divulgação Governador e o ex-dono do cheque, agora de Pacovan Wellington Leite e a mãe, Maria Aparecida, durante a campanha eleitoral de Flávio Dino e Roberto Rocha

De acordo com publicação do Blog do Neto Ferreira, Wellington Leite teve um cheque, da Caixa Econômica Federal (CEF), encontrando pela polícia dentro do cofre do agiota Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido no mercado financeiro paralelo como "Pacovan". Apenas os campos do valor e da assinatura foram preenchido, levantando a suspeita de que a folha seria resgatada.

Aliado do governador Flávio Dino, do PCdoB, o filho da ex-prefeita de Vargem Grande foi sinecurado no Estado, desde o dia 19 de janeiro - mas com efeito retroativo ao 1º dia do mesmo mês - no pomposo cargo de superintendente da Secretaria de Estado de Articulação Política e Assuntos Federativos, pasta comandada pelo comunista Márcio Jerry Barroso. A mãe de Wellington Leite, curiosamente, é conhecida no estado como campeã de ações do Ministério Público por escamoteamento de dinheiro público.

Questionado pelo blogueiro Neto Ferreira sobre o investigado pela comissão de agiotagem estar nomeado na Articulação Política do governo, Jerry desconversou, mas acabou revelando que se manifestará após tomar conhecimento oficial do caso, isto é, após a Polícia Civil abrir para ele a lista dos investigados, o que é ilegal.

Agiotagem de Todos Nós

Wellington Leite não é o primeiro aliado do governador do Maranhão a ter folhas de cheque encontradas em posse do agiota Pacovan, porém é mais um que continua a solto.

No último dia 4, durante as Operações “Maharaja” e “Morta-Viva”, também foram encontrados duas folhas de cheques pertencentes à Prefeitura de São Mateus, comandada pelo ex-sócio de Flávio Dino, Miltinho Aragão; e uma folha de cheque pertencente ao vereador Roberto Rocha Júnior, filho do senador Roberto Rocha, todos do PSB.

Únicos datados, os cheques de Miltinho foram assinados no mês de abril deste ano, o que confirma que, no governo Flávio Dino, a agiotagem continua rolando solta e corroendo os cofres de prefeituras do Maranhão, a exemplo do que ocorria no governo anterior, da peemedebista Roseana Sarney.

Polícia vai convocar Roberto Rocha Júnior para depor sobre cheque encontrado com Pacovan
Política

Cheque de R$ 120 mil do filho do senador maranhense Roberto Rocha foi encontrado pela polícia e Gaeco dentro do cofre do agiota

A comissão de delegados da Polícia Civil que apura a máfia da agiotagem no Maranhão deve convocar o vereador Roberto Rocha Júnior, filho do senador Roberto Rocha, ambos do PSB, para se explicar sobre um cheque encontrado dentro do cofre do agiota Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan, durante as operações “Morta Viva” e “Marajá”.

A informação foi confirmada ao Atual7 pelo delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros, que coordena os trabalhos da Comissão de Combate à Agiotagem no estado.

- Todos que tiveram documentos apreendidos com o agiota serão ouvidos a respeito - garantiu.

Além de Rocha Júnior, segundo o Blog do Neto Ferreira, folhas de cheques do advogado e ex-candidato a deputado federal Dalton Arruda; e das empresas Engenharia Incorporações e Empreendimentos Ltda, Lastro Engenharia e Incorporações Ltda, GPS Construções e Locação Ltda,  N. E. Transporte e Locações Ltda, R2FC Engenharia e Arquitetura Ltda também foram encontrados em posse do agiota Pacovan.

No caso do filho do senador maranhense, homens da policia e do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) encontraram uma folha de cheque do Banco do Brasil, no valor de R$ 120 mil.

Vazamento da lista da agiotagem

O delegado Augusto Barros também respondeu ao Atual7 sobre a reação do senador Roberto Rocha em uma rede social, ao responder a um seguidor sobre o vazamento do envolvimento financeiro de seu filho vereador com o agiota Pacovan.

Barros rechaçou a acusação de que o vazamento de informações tenha partido de algum "agente público canalha", como afirmou Rocha, e disse acreditar que o vazamento possa ter ocorrido a partir dos advogados dos investigados.

- Acreditamos que o vazamento de informações tem ocorrido a partir dos próprios advogados dos investigados. A Polícia Civil não tem qualquer interesse nessas divulgações, já que elas apenas atrapalham os trabalhos - declarou.